Urso intoxicado com mel alucinogénio

Créditos: TCTarim, Reuters, Ministério da Agricultura e das Florestas da Turquia

Depois da história do urso que ingeriu enormes quantidades de cocaína, aqui, trago agora uma outra história inusitada com um outro urso.

Na floresta de Duzce, na Turquia, foi encontrada uma cria de urso em um estado visivelmente alterado.
A jovem ursa tinha ingerido uma enorme quantidade de um mel que tem propriedades alucinogénias.

Na Turquia, este “mel louco” é conhecido como deli bal.
Ele provém da flor de rododendro.
O mel é produzido, em pequenas quantidades, por apicultores nas Montanhas Kaçkar, nas margens do Mar Negro: além dos Himalaias, este é o único local do mundo onde espécies indígenas de rododendro produzem uma potente neurotoxina chamada graianotoxina.

O consumo excessivo deste mel leva a náuseas, alucinações, desmaios, e pode até levar à morte.
Todos os anos, dezenas de Turcos são hospitalizados devido a envenenamento com este “mel louco”.

As imagens mostram a jovem ursa emocionalmente instável, atordoada, a choramingar, como se estivesse bêbada, dentro de uma carrinha pick-up.
A pick-up levou-a a um veterinário local, de modo a receber tratamento.
Entretanto, ela já foi libertada na natureza: já anda novamente livre pela floresta.

O vídeo da ursa tornou-se viral: ela ficou conhecida mundialmente.
Assim, o Ministério da Agricultura e Florestas da Turquia, nas redes sociais, lançou um concurso para dar o nome a esta ursa famosa. O nome escolhido foi Balkız: este é agora o nome da ursa.

Entretanto, como podem ler aqui e aqui, o ator português Ângelo Rodrigues foi ao Nepal e experimentou o mel alucinogénio (Mad Honey). Segundo ele, ficou com febre, formigueiro na cara (como se estivesse a ser picado por agulhas), incapacidade para fechar os olhos, não conseguia sair do chão (deitado), entre outros efeitos. Ele diz que a sensação foi de como se tivesse sido envenenado.

No Nepal, o mel é produzido pela Apis Dorsata Laboriosa, ou “Abelha do Penhasco”. Podem ler sobre isto, aqui e aqui.

Realço que este mel existe apenas no Nepal e na Turquia, e tem sido utilizado nestes locais como arma de guerra.
Por exemplo, “durante reuniões contra os inimigos, os exércitos colocavam mel sobre a comida de quem queriam derrotar e passadas horas viam-nos “esticados no chão a passar dificuldades”.”
O conflito/guerra estava assim terminado…

Fontes: Reuters, The Guardian, Sky News, Público, Globo, UOL.

1 comentário

    • Jonathan Malavolta on 22/02/2023 at 21:43
    • Responder

    Uma forma inteligente de matar exércitos inimigos sem disparar tiros nem dar facadas a ninguém.

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