Lançamento 2 em 1

Crédito: JAXA

Após 3 adiamentos, no dia 6 de Setembro (UTC) o Japão conseguiu lançar o foguetão H2A que leva a sonda SLIM.

A SLIM – Smart Lander for Investigating Moon – inclui dois veículos lunares.

A missão SLIM é a primeira missão do Japão à superfície lunar.
Com dados da SELENE (Kaguya), que foi uma sonda Japonesa que ficou em órbita lunar, a agência espacial japonesa (JAXA) espera que na descida a SLIM reconheça algumas crateras lunares de modo a determinar melhor a sua posição.
O objetivo é pousar ao lado da cratera Shioli, perto do equador lunar.
O Japão espera assim ter uma alunagem incrivelmente precisa, de modo a melhorar a qualidade da exploração espacial.

Se conseguir pousar na Lua, o Japão será o quarto país a realizar uma alunagem com sucesso.

Depois, irão sair dois pequenos veículos lunares: um deles irá transformar-se e rastejar pela superfície lunar (chama-se SORA-Q e cabe numa mão), enquanto o outro irá ter um mecanismo de “salto/pulo” pela superfície lunar.

Crédito: JAXA

Devido à sua trajetória, esta missão só irá chegar à Lua em Janeiro de 2024, devendo pousar dentro de 6 meses.

animacao slim

No mesmo lançamento, foi enviado o telescópio espacial XRISM – X-Ray Imaging and Spectroscopy Mission -, desenvolvido em conjunto pela JAXA e pela NASA.
Este telescópio de Raios-X foi colocado em órbita da Terra 13 minutos após o lançamento.

Este observatório espacial irá observar os objetos e os eventos mais energéticos do Universo.

Ele irá recolher dados sobre os ventos de gases de plasma que sopram através das galáxias: este é um vestígio do nascimento e da morte de estrelas. O objetivo é que se compreenda melhor como esses gases se foram espalhando pelo Universo: lembro que esses elementos químicos expelidos pelas estrelas são os blocos de construção de novas estrelas, de planetas e até da vida na Terra – como diria Carl Sagan: “We are made of star-stuff“.
Um outro objetivo é medir a luz, em Raios-X, emitida por objetos bastante densos, como os buracos negros, de modo a que se compreenda melhor como estes objetos deformam o espaço-tempo.

Temperaturas pelo Universo, incluindo as estudadas pelo XRISM.
Crédito: NASA, Goddard Space Flight Center, Scott Wiessinger

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