fé num contexto astronómico

earth composite

Este é o planeta Terra.
Nele habitam uns descendentes de macacos, que se auto-intitulam humanos.

Este é um post sobre mentalidades, com algumas ideias por exemplo de Sagan, mas que sobretudo é um olhar para como anda o mundo, e especificamente, em termos de fé.
Poderá de alguma forma parecer um post ofensivo, mas não é esse o objectivo: o objectivo passa por “pensar alto”, e tentar compreender situações que literalmente não compreendo.

Este post é sobre a fé das pessoas.
Já escrevi sobre as semelhanças entre extraterrestres e Deus (e anjos). Leiam aqui.
Agora, vou escrever sobre Fátima, não sobre o que aconteceu lá e possíveis explicações, mas sim sobre a fé que move as pessoas.

fatima

Estava ontem a ver a RTP, à espera do jogo de Portugal, e fiquei a saber que hoje é 13 de Outubro, altura de peregrinações a Fátima, pagamento de promessas, compras de velas e tigelas por pessoas pobres, e demais comportamentos, a meu ver, irracionais.
Pessoalmente, não compreendo estes comportamentos.

Vêem o planeta Terra na imagem inicial em cima?
Vejam agora o planeta Terra, visto do nosso vizinho Marte:

(sim, é aquele pontinho branco a meio)

Imaginem agora que estão em Neptuno a olhar na direcção da Terra. Basicamente, não vêem nada!
E isto é só no nosso quintal!

Agora imaginem que vão para outros sistemas solares, ou outras galáxias.

Esta é uma pintura aproximada do que será a nossa galáxia.
Vêem a quantidade de estrelas? São aproximadamente 300 mil milhões de estrelas. Acham que o Sol, a nossa estrela, é especial? Obviamente que não!
Com tanta estrela, deve haver biliões de planetas! Conseguem ver o nosso? O nosso é especial para se estar com atenção a ele? Claro que não!

(isto já para não falar que o nosso Sol é tão grande que pode conter 1 milhão de Terras! E o Sol é uma estrela pequena! Ou seja, o nosso planeta é mesmo minúsculo em todo o Universo!)

E existem biliões de galáxias no Universo. Ou seja, esta galáxia onde estamos também não tem nada de especial.
A própria galáxia, com muitos milhões de estrelas, não passa de um pontinho no céu. E muitas vezes nem um pontinho é! À vista desarmada, só conseguimos ver Andrómeda. Ou seja, todos os outros biliões de galáxias nem sequer um pontinho conseguimos ver (e no entanto, todas elas terão muitos milhões de estrelas).

Ou seja, o Universo é Grande! Muito Grande! Enorme!
E nós somos NADA nele.
universe reference map
(cliquem sobre a imagem para a ampliarem)

Onde está Deus neste imenso Universo?

Quando se fala em Deus, convém perceber o que se entende por essa palavra.
Estamos a falar de Zeus? Mithra? Ra? Thor? … ?
Por toda a história da humanidade, diferentes culturas imaginaram milhares de deuses.
E todas essas culturas, como hoje, ofereciam coisas a deuses (por vezes, ofereciam pessoas e animais), de modo a tentar “controlar” esses deuses do tempo, da natureza, do vinho, etc.
Olhamos para essas culturas agora, e pensamos: “então eles atiravam pessoas para dentro de um vulcão para acalmarem os deuses? Que estúpidos que eram!” Mas será que somos diferentes hoje? Não me parece! Em vez de atirar pessoas para um vulcão, acende-se velas. O objectivo é o mesmo: tentar controlar deuses. O efeito é o mesmo: dentro de 1000 anos, vão olhar para nós e pensar no estúpidos que somos!

O leitor que me está a ler agora, é ateu.
É ateu para a maioria dos deuses que já foram “criados” pelos Humanos.
Provavelmente acredita num Deus, em vez de todos os outros, por razões irracionais, não porque as estórias desse Deus sejam diferentes dos outros (porque as estórias são muitas das vezes bastante semelhantes), mas sim simplesmente porque nasceu numa minúscula parte dum minúsculo pedaço de pó no universo, num certo ano (em vez de todos os outros 200,000 anos de humanos na Terra). Ou seja, é uma crença culturalmente imposta a um minúsculo ser no tempo e no espaço, e não racionalmente pensada.

Ora, a mim faz-me confusão de como as pessoas preferem seguir crenças (devido ao sítio onde nasceram, e quando nasceram), em vez da razão.

Vamos fazer um exercício de lógica racional sobre o tipo de pensamento que leva as pessoas a fazerem “promessas” em Fátima:

Se a pessoa não acredita em qualquer tipo de Deus, sobretudo no Deus publicitado em Fátima, então não vai a Fátima fazer promessas nem acender velas. Assunto arrumado.

Se a pessoa acredita em Deus, então poderá acreditar num ser grandioso criador do Universo. Esse ser não pode, por definição, ser humano ou humanóide. Esse ser também não deverá fazer micro-gestão: um ser criador de tudo, deverá ter em atenção toda a sua enorme criação, e não meter-se nos assuntos diários de minúsculos seres existentes em insignificantes pedaços de pó no Universo.

No entanto, as pessoas que vão a Fátima pertencem a um 3º grupo. Um grupo irracional ou paradoxal, e provavelmente devido a isso, muito mais interessante em termos psicológicos.

Em primeiro lugar porque continuam a assumir um geocentrismo psicológico: em biliões de planetas no Universo, continuam a imaginar que a Terra está no centro, que é o planeta mais importante de todo o Universo, e daí que uma enorme entidade criadora do Universo passe o tempo a olhar para o planeta. O geocentrismo foi derrotado pela ciência há 500 anos atrás, no entanto na mente de muitas pessoas, ele continua bem vivo, disfarçado de outras formas. Ou seja, muitas pessoas continuam paradas no tempo… no tempo de há milhares de anos atrás, com deuses para tudo o que era desconhecido na natureza.

Em segundo lugar, esta forma de pensar é rejeitada pelos próprios teólogos; não só alguns que conheço actualmente, mas se conhecerem a história, perceberiam que o próprio Papa há cerca de 800 anos assinou um decreto a dizer que esta forma de pensar é um insulto a um Deus criador de todo o Universo, porque é limitar o seu poder, é limitá-lo a um insignificante ponto no espaço, daí que na altura ele considerou que toda a gente que pensava assim (que Deus passava o tempo aqui, preocupado com humanos), era infiel, e deveria ser excomungado (claro que esta forma de pensar da Igreja na altura, levaria hoje a muitos menos fiéis, daí que a melhor forma de marketing, para a Igreja, é pensar assim, mas publicamente afirmar o contrário, para as pessoas continuarem em romarias sem sentido).

Ou seja, isto já é um paradoxo, porque as pessoas OU acreditam num ser fantástico criador de todo o Universo, OU acreditam num ser minúsculo preocupado em contabilizar as vezes em que um descendente de macaco diz asneiras (por exemplo), ou que um descendente de macaco acende uma vela, etc.

Mas o mais paradoxal são as “promessas”. Que é algo, como eu já disse, que existiram sempre, para todos os deuses, de forma a supostamente “controlá-los”.
Supondo que se acredita que Deus é omnipotente, então pode fazer tudo sempre que queira, e se é omnipresente, então sabe tudo o que se passa. E sabe tudo o que se passa no presente, no passado, e no futuro! Logo, nada do que as pessoas façam será “novidade”, será algo que mudará alguma coisa.
Sendo assim, se há uma crise económica, então Deus sabe certamente disso, e certamente que faz parte do seu plano – faz parte da sua estratégia, foi “ele” que assim o decidiu, porque é omnipotente! Se “ele” assim o decidiu que certa pessoa deveria sofrer, que outra deveria morrer, e que outra deveria viver, porque é que as pessoas querem ir contra a sua palavra ao esperar que aconteçam coisas diferentes? OU não acreditam que ele é omnipotente, OU querem ir contra a sua decisão (ou seja, estão a ir contra a vontade de Deus).
O que é que as pessoas esperam ao acender mais uma vela em Fátima? Estão a assumir que Deus se esqueceu delas (ou seja, que Deus é um esquecido!), e por isso é a forma das pessoas dizerem “estou aqui”? Neste caso, então assumem que Deus não é omni-coisíssima nenhuma. Ou será que por colocarem mais uma vela, assumem que Deus vai mudar as suas decisões sobre as consequências na vida dessa pessoa? Acham mesmo que é uma vela de um descendente de macaco que muda a decisão já tomada para todo o sempre (passado, presente, e futuro) de um ser que está acima disso tudo?
Imaginem um humano a andar e a ir calcar uma formiga, e a formiga lembrar-se de colocar a antena mais para cima, como forma de “dádiva” ao humano… não faz qualquer sentido! E, no entanto, os Humanos estão muito mais próximos das formigas, do que de um ser criador do Universo.
Imaginem um Maia a matar uma pessoa para oferecer esse sacrifício ao seu Deus, de modo a ter menos chuva amanhã. Acham que o Deus dele vai querer saber disso? É a mesma coisa em relação a velas, tigelas, e outras “promessas” sem qualquer sentido.

Por outro lado, em termos de experiência, pensemos: será que as pessoas indo a Fátima 3, 4 ou 10 vezes, e vendo que nada muda, será que não percebem que a estratégia para mudar algo na sua vida tem que ser outra? A estratégia para melhorar a sua vida não passa por acender velas a deuses…
Einstein afirmou: “Insanity: doing the same thing over and over again and expecting different results.” Ou seja, a definição de insanidade é fazer exactamente a mesma coisa uma, duas, três, e mais vezes, e esperar resultados diferentes.
Acho que se aplica perfeitamente a estes casos.

Ou seja, racionalmente, não faz sentido.
E se uma pessoa acredita em Deus, que criou o Universo, e é omnipotente, então tem obrigatoriamente de acreditar que Deus, no mínimo, concordou com que os Humanos tivessem um cérebro para o pensamento racional.
E se assim é, então Deus espera, obviamente, que utilizemos as ferramentas que ele nos deu.
Ou seja, ao não utilizarem a razão, ao não serem racionais, as pessoas que dizem seguir Deus, estão na verdade a rejeitá-lo, e a rejeitar aquilo que ele lhes deu para utilizarem.

Mas o pior de tudo isto, em termos racionais, e o mais triste, é que quem mais segue estas formas irracionais são as pessoas mais pobres.
Ou seja, com o dinheiro contado aos cêntimos, as pessoas tomam a decisão de comprar menos um pão para comerem (ou darem aos filhos) e preferem gastar esse dinheiro em velas.
Em vez de gastarem o dinheiro em bens de 1ª necessidade para a sua família, andam a comprar velas, tigelas, estátuas, e sabe-se lá mais o quê, para “oferecerem aos deuses” (como faziam os Maias, os Egípcios, e todos os povos antigos que detinham um conhecimento limitado do planeta e do Universo, e imaginavam deuses em todo o lado).

Eu percebo que as pessoas precisem de crenças sem sentido, de modo a enganadoramente sentirem que existe um sentido para a vida.
Mas o que é pena é que não se apercebam que estão a ser enganadas e manipuladas por pessoas e instituições que visam somente o controlo populacional (seja com imaginárias políticas económicas, seja com ameaças infundadas sobre o que vai acontecer após a morte).

E falo da política, porque nos últimos dias (talvez devido ao clima de eleições) recebi inúmeros e-mails, muitos deles repetidos, em que se fala dos salários mensais, por exemplo, do administrador da TAP (420.000 euros), do administrador da RTP (250.000 euros), de outros administradores de empresas públicas (pagas por todos os portugueses), de jornalistas, de deputados, etc, etc, etc.
Os valores por mês, como podem ver, são bastante altos. Não sei se são verdadeiros ou não (podem não ser correctos!), e não é esse o objectivo de falar deles.
O que me parece evidente é que uns “apertam mais o cinto” que os outros. Quem será que aperta mais o cinto? Os que controlam OU aqueles que criam controlos imaginários e vão a Fátima “pagar promessas”? Parece-me evidente que o povo, aquele que vai a Fátima, é que é “estúpido” ao ponto de se deixar enganar/controlar desta forma, e é sempre esse povo que “aperta o cinto”.

Ainda dentro da política, vejam mais estes exemplos que me enviaram:



Para este post, pouco me importa se os valores são os exactos ou não.
O que me parece evidente, é que as coisas continuarão sempre na mesma, e com o povo “todo contente”, sempre a acreditar nos mesmos políticos, sempre a acreditar que as coisas vão mudar, sempre a acreditar, basicamente, no Pai Natal.
O mesmo em relação às “dádivas” religiosas. São uma forma de a pessoa pensar que se fizer a mesma coisa pela 45ª vez, será desta vez que a vida vai mudar, que tudo vai ficar melhor.
Como diria Einstein, todas estas pessoas sofrem de insanidade.

Deixem-me dar agora um exemplo para outra forma de ver a vida.
Se uma pessoa cai ao chão, o que deve fazer?
1 – Continuar a apoiar quem a atirou ao chão? É o que a maioria das pessoas faz na política… sempre a votar nos mesmos, nas mesmas políticas, nos mesmos partidos, nas mesmas pessoas (podem mudar as caras, mas a substância é a mesma)
2 – Deixar-se estar no chão, e acender uma vela para que unicórnios invisíveis voadores a levantem? É o que se faz em religião, comprando velas, tigelas, estátuas, e demais acessórios que sirvam para gastar dinheiro inutilmente (para depois se queixarem que não têm dinheiro, e continuam no chão).
3 – Deve-se tentar levantar por si.

A 1ª e a 2ª hipóteses sugerem uma mentalidade de criança, que está sempre à espera que os pais lhe façam tudo, que lhe resolvam os problemas, que a protejam, que a salvem.
A 1ª e a 2ª hipóteses sugerem uma mentalidade irresponsável: arranja desculpas para não fazer, culpa o amigo imaginário pela sua vida, espera que amigos imaginários a salvem, ou seja, basicamente, sente que a responsabilidade da sua vida não é sua.

Pessoalmente acredito em mim, e na humanidade, e não em amigos imaginários (que se inventam em criança), no Pai Natal que me vai trazer presentes, ou na fada-madrinha que me vai trazer dinheiro.
Ou eu faço por ter o que quero, ou não será o pai natal ou a fada-madrinha que mo vai dar.
Da mesma forma, quando um jogador marca golo, não foi Deus, que decidiu gostar de futebol e apoiar uma equipa em detrimento de outra, que ajudou a marcar o golo. Da mesma forma que não é Deus que passa uma rasteira a um jogador e ele tropeça e falha um golo certo. Não! O mérito ou o demérito é do jogador e só dele. Assumam a responsabilidade por aquilo que vos acontece (bem ou mal).
Penso ser sempre melhor a pessoa acreditar em si própria, fazer por si própria (e pelos outros) do que ficar eternamente à espera que amigos imaginários a ajudem.
Penso assim que a 3ª hipótese é a atitude mais racional e mais responsável de se ter.
Digo eu…

Uma amiga minha, astrónoma, diz: “I prefer the hard truth, not a comforting fallacy”. Prefiro a verdade, seja ela qual fôr, em vez do conforto de uma falácia.
Um outro diz que prefere o conhecimento e seguir a curiosidade que lhe dará maior conhecimento, do que sucumbir aos medos do desconhecido (seja a morte, ou o tempo que fará amanhã).

Mas curiosamente este ano houve um aumento de pessoas em Fátima.
Em alturas de crise, as pessoas têm mais medo, acreditam mais em qualquer vendedor de banha de cobra que lhes diz que os vai salvar, compram mais mesinhas, compram mais pulseiras quânticas, votam em mais do mesmo, imaginam o fim do mundo ao virar da esquina, têm mais fé em “deuses humanos”, etc… ou seja, paradoxalmente, quando as pessoas deveriam tentar ter mais controlo sobre a sua vida, e tomar decisões mais racionais e inteligentes, é quando sucumbem ao medo, e se tornam ainda mais irresponsáveis sobre a sua vida.
É um ciclo que, obviamente, não terminará de forma feliz para essas pessoas.

Não estou a dizer que as pessoas não devem acreditar em Deus. Mas num universo gigantesco, podem imaginar um ser criador de todo o Universo que não esteja limitado nos seus poderes a um pequeno pedaço de pó no Universo. Não insultem o próprio Deus em que acreditam.
Eu próprio acredito em seres fantásticos que evoluíram tal como nós, e agora andam por todo o universo… MAS, o mais importante, é que não dou o controlo da minha vida a esses seres que nunca vi, não compro pulseiras para imaginar que eles me vêm dar o que quero, não acendo velas para que eles mudem de opinião sobre mim, etc.
Prefiro utilizar o dinheiro de forma inteligente. Prefiro tomar decisões racionais. Prefiro utilizar o pensamento racional. Prefiro assumir a responsabilidade da minha vida.

E a Humanidade no seu todo, e cada pessoa em particular tem que fazer conscientemente essa escolha: será preferível a irresponsabilidade, a emoção, a superstição, OU a responsabilidade, o conhecimento, e a razão?

Carl Sagan avisa: “If we capitulate to superstition or greed or stupidity we could plunge our world into a time of darkness”
Se sucumbirmos à superstição e à estupidez, iremos caminhar para as Trevas.

E Carl Sagan também nos diz isto: “Our posturings, our imagined self-importance, the delusion that we have some privileged position in the Universe, are challenged by this point of pale light. Our planet is a lonely speck in the great enveloping cosmic dark. In our obscurity, in all this vastness, there is no hint that help will come from elsewhere to save us from ourselves”.
A nossa imaginada importância (geocentrismo psicológico), a ilusão de que somos especiais no Universo, é destruída assim que percebemos que não somos mais do que um insignificante grão de areia em todo o Universo. E em todo o Universo, não existe qualquer evidência que iremos ter ajuda externa. Nós é que teremos de nos salvar de nós próprios (ou, no meu exemplo, nós é que temos que nos levantar do chão).

Ou seja, a luz ao fundo do túnel, a resposta para as dificuldades, está em nós próprios.
Seja o que fôr que decidam fazer na vossa vida, decidam em consciência, com responsabilidade, utilizando o pensamento racional, controlando a vossa vida, e sobretudo façam o melhor por vocês próprios (em vez de ficarem sentados à espera que o Pai Natal vos traga os presentes, que Deus mude a vossa vida, ou que os políticos partilhem os salários convosco, … ; ou seja, não esperem que alguém externo faça por vós, o que vocês não estão dispostos a fazer).

Ghandi disse: “You must be the change you wish to see in the world”. Se quiseres que o mundo se modifique, se queres que a tua vida mude para melhor, então és tu que tens que mudar, és tu que tens que fazer por essa mudança.

Busquem o conhecimento, procurem a razão, aumentem a vossa inteligência, e sobretudo actuem racionalmente.

21 comentários

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  1. Simplesmente lhe respondi na medida de sua arrogância… Mas, tudo bem…
    Não quero decepcionar os Grandes adoradores da Ciência, mas saiba que ela não pode responder e equacionar 20% das investigações existente. Provavelmente também deva saber que “é tão tolo aquele que acredita em tudo quanto aquele que não acredita em nada”.

    Sou um humilde curioso como qualquer outra pessoa, embora não me considero merecedor de reconhecimento e muito menos sonho receber algum troféu por destaque.
    Não vejo moderação a esse tratante à maioria de pesquisadores… Pois a questão é faturar o Nobel sem o mínimo de escrúpulo, se assim posso dizer.

    Sou técnico em eletrônica e estudo seus conceitos por mais de 22a.
    Falo de eletrônica com muito prazer e afirmo que seu campo é vasto e, sem ela; a ciência moderna estaria ainda na idade da pedra.

    Embora meus experimentos estejam limitados a campos eletromagnéticos, fiz vários experimentos e posso lhe adiantar que não espero ganhar nenhum Nobel e destaque. Espero somente que um dia possa contribuir com a humanidade de forma tão necessária.

    Já houve tempo que se dedicação científica era por prazer e tão somente.
    Deram suas vidas pela ciência e não se preocupavam com fama/dinheiro. Muitos pesquisadores pelo que parece, querem apresentar “verdades” quando na verdade (muitas vezes) rotulam aquilo que acham mais convenientes, principalmente quando tratando de teorias.
    Outro exemplo atual é a transição da massa/energia na forma primordial… Vemos essas e outras questões “desafiando a física clássica. O que podemos dizer sobre esses e outros fenômenos que acabam formando meras fantasias científicas?
    Acaso já equacionaram o quantum e tem domínio sobre ele?
    Falam de expansão-infinita e podem simplificar o que é Infinito. O que vemos são suposições e pouca coisa de concreto.
    Não que seja impossível ter respostas. Mas o momento atual é de trevas e pouca iluminação.
    Por não encontrar o Mentor de todos esses processos, podemos julgá-lo com inexistente?

    Por isso alguém disse há tempo:

    “Acho mesmo que “existem apenas duas maneiras de ver a vida: Uma é pensar que não existe milagre e a outra é que tudo seja um milagre” (Einstein)

    Hoje me parece que a ciência entra no mundo da filosofia como foi na Era Grega :
    O campo é 90% de especulações e 10 % de incertezas.

    Não acredito em tudo que ela diz… Quando posso; tiro minhas conclusões através de pesquisas, algumas vezes práticas com contribuições de idéias conjuntas. Acho que deveria tomar essa postura e sensatez. Certamente deve saber que os princípios básicos da ciência é não subestimar, limitar e nunca generalizar. Afinal, o que é absoluto nesse mundo?
    Aprendemos até quando ensinamos. Um bom sinal é que somos eternos aprendizes. Só mais uma coisa, antes de me retirar: Todos que ferem seu ego (pelo que parece) vc acaba atacando com rajadas de troll’ismo! Como dizendo – Fora daqui!!! Nesse caso, Carlos, devo sim imensa Desculpa. (sic)

    Quem foi mais troll nesse caso?
    Falo isso baseando em suas respostas à maioria dos participantes quando divergem de seu raciocínio.
    Postei e Misturei todas essas questões (num só tópico) para poder observar seus comentários em resposta alguns participantes… Mas, tive a tristeza de sentir sua “navalhada” prepotente.
    Vou me retirar pacificamente.Mas que saiba que valorizo quando merecido.
    Sua página é boa e pode melhorar ainda mais.
    …Faltando sim, uma pitadinha de humildade e consideração aos demais visitantes.

    No mesmo sentido que me chama de troll, deveria fazer idéia que também o vejo como um. Uso sua consideração ao dizer-lo : Não é por eu achar que vc me parece um “macaco de Darwin” que seja um deles e, concluo finalizando esse monólogo:

    “A verdade é como um cristal, ela tem mil faces” e
    Não subestime o roxo!
    Me retiro deixando algumas frases para reflexão:

    “A realidade é uma ilusão, embora persistente”.

    “Tornou-se tremendamente óbvio que a nossa tecnologia ultrapassou a nossa humanidade”.

    “Com a fama tornei-me cada vez mais estúpido, o que obviamente é um fenômeno freqüente”.

    (Grato por considerar digno de resposta minhas “baboseiras” e por ter perdido seu precioso tempo).

    Sem mais e sem mágoa!

    1. Este sítio é sobre ciência. A gravidade não depende de quem a diz.
      Logo, é escusado vir com relativismos de pontos de vista, porque as coisas estão objectivamente à vista.

      5 pontos:

      1 – Para não variar, enviou um comentário bastante confuso, com 30 mil coisas sem se perceber nenhuma.

      2 – Para não variar, não quiz saber do post. Se não quer saber do tema do post, para que comentou? O único objectivo é ser troll? Parece que sim.

      3 – O post não é sobre mim. É tipico dos trolls ignorarem os assuntos e simplesmente arranjarem problemas. Foi o seu caso.

      4 – Já que a sua área é electrónica, imagine que o sr. A entra por uma loja de electrónica, e do alto da sua arrogância começa a dizer coisas deste género: “transistors são uma crença”, “vocês acreditam nas literaturas científicas sobre os transistors”, “o objectivo das televisões é o amor e vida eterna”, “vocês crêem na radiação electromagnética”, “vocês não sabem nada porque não se sabe tudo”, etc, etc, etc. O sr. A não quer saber de aprender electrónica nem foi lá para saber nada… simplesmente lembrou-se de entrar por uma loja da especialidade e começou a proclamar disparates.
      Este foi o seu caso aqui.
      Numa loja, essa pessoa seria levada até lá fora, obviamente; no blog, foi convidado a parar de dizer disparates.
      Mas o Jorge continua a disparatar… vai ser preciso chamar a segurança?

      5 – Curioso falar de arrogância e humildade, quando demonstrou bastante arrogância e nenhuma humildade.

      a) Eu já tenho dito várias vezes que quando sei digo-o, e quando não sei também o digo. Onde está a arrogância? Para si, ser-se humilde é fazer-se de coitadinho e inventar que não se sabe para não ferir a sua susceptibilidade ignorante? São essas falsidades que defende? Enfim… que tristeza.

      b) Se o sr. A entra por um hospital dentro a afirmar que o sangue é verde e que o médico X não sabe do que fala (apesar desse assunto do sangue não ter sido discutido naquela altura)… e se o médico X diz ao sr. A que o sangue ser verde é mentira… quem é o arrogante? Será o médico X que sabe de medicina, ou o sr. A que nada percebendo do assunto acha que sabe tanto como os médicos? E a quem faltará humidade? Acho que é fácil de perceber que o sr. A é um arrogante e nada humilde.

      c) Um professor dá uma aula sobre trigonometria. Um aluno entra atrasado e começa a disparatar com o professor a perguntar se a crença de que 2 + 2 = 7 está certa (quando isso nem é o tema da aula). O aluno tem a mania que sabe tanto como o professor, e só sabe dizer disparates sobre temas que não estão em causa. O professor manda-o obviamente calar porque está a ser troll. Quem será o arrogante? Será o professor por saber mais que os alunos sobre os temas? Ou será o aluno que entra pela sala dentro a falar de crenças do professor e a atacar factos, sem fazer a mínima ideia do que fala, mas acha que os disparates dele estão ao nível do conhecimento do professor? E a quem será que falta humildade? Será que o professor deveria dizer que nada sabe, mesmo sabendo? Ou será que o aluno devia entrar com mais respeito pelas pessoas, e já que não sabe sobre os temas, devia era perguntar e não afirmar disparates?

      d) Um especialista em astronomia escreve um artigo sobre o assunto. Uma pessoa que nada entende do assunto, entra nesse espaço, e em vez de fazer perguntas astronómicas sobre o assunto em causa, resolve disparatar com o autor do texto. Quem será o arrogante? Aquele que percebe do assunto, ou aquele que nada percebendo, tem a mania que a sua ignorância vale tanto como o conhecimento dos outros? E a quem faltará humildade? Àquele que tendo conhecimento do assunto, o dissemina gratuitamente para quem quiser aprender, OU àquele que nada percebendo do assunto, nem quer aprender, tem a mania que sabe tanto como o especialista?
      Não é difícil perceber que a sua arrogância, a sua falta de humildade, e a sua falta de respeito por quem sabe mais do assunto, faz de si um troll.

  2. Vejo que atreve responder-me com arrogância e gostaria que ao invés de mi-mi-mi
    Provasse com evidências e não um amontoado de fosséis preenchido com gessos!
    Que explicasse as macros evoluções de forma conclusiva…
    Que mostrasse o link o qual fala… ou tenta explicar as origens do existencialismo. ….Certamente vc teria poupado tempo e energia.
    Espero que possamos deixar a arrogância de lado e partir para o pressuposto início do Antes big bang.

    Outra questão irrelevante é apontar-me como um anti-científico.
    O que tem a ver eletrônica/digital com uma ciência de faz de conta?
    Ou esqueceu que palpam no escuro, tentado explicar a massa sem explicar a origem da massa/energia.
    O que vc sabe que possa ser conclusivo para a história da ciência ao tocante a vida e o Universo?
    Se gosta e venera a mesma, saiba que tenho meus pés no chão e não acredito em alguns “mestrados” achando ser o último biscoito do pacote.

    Largue de bla-bla-bla e levante a questão tão determinativa para explicar as origens do existencialismo e com ela, às leis.

    Ou será que hoje confirma algo, para amanhã desmentir na maior cara de pau seus postulados? ( salvo algumas questões).

    Aprecio sim a boa ciência e não uns “bandos de macacos” de Darwin, achando que sabe … podendo fuder nosso planeta com experimentos de 10 bilhões entre outros experimentos bilionários!
    Mostre-me o link que responde àquelas indagações de forma absoluta e aquacionada, prontinha para experimento sem decepção que eu não o tenha visto.

    Vou esperar, caso queira declarar.

    1. Jorge,

      Se não quer aprender, não venha mais aqui.
      Este site é para quem quer aprender, e não para quem quer ser troll.

      “Vejo que atreve responder-me com arrogância e gostaria que ao invés de mi-mi-mi”
      Onde está a arrogância?
      Dizer-lhe para parar de dizer disparates é arrogância?
      Um sinal de inteligência seria o Jorge parar de dizer disparates. Mas já percebi que não tem inteligência para tal…

      “Provasse com evidências e não um amontoado de fosséis preenchido com gessos!”
      Evidências de quê?
      O Jorge diz disparates e eu é que tenho que provar alguma coisa?
      Nem sequer sabe onde está o ónus da prova?
      Que tristeza…

      “Que explicasse as macros evoluções de forma conclusiva…”
      As macro-evoluções estão explicadas noutro post.
      Não tem nada a ver com este post ou com o meu comentário. Ou seja, o Jorge está simplesmente a parvamente ligar a outros assuntos que não têm nada a ver com isto.

      “Que mostrasse o link o qual fala…”
      Está no blog. Procure. Não sabe fazer uma procura? É assim tão inculto?

      “ou tenta explicar as origens do existencialismo.”
      O que tem o existencialismo a ver com o seu comentário anterior?
      Mais uma vez, o Jorge mistura tudo sem saber do que fala. Eu aconselharia a deixar as drogas…

      “pressuposto início do Antes big bang.”
      Início do antes do Big Bang? Quê? Sabe ler o que escreve?
      De qualquer modo, sobre a possível existência do Antes do Big Bang também tem vários posts aqui no blog. Mais uma vez, não tem nada a ver com este.

      “Outra questão irrelevante é apontar-me como um anti-científico.”
      Eu não apontei. O Jorge apontou-se a si próprio com as coisas que escreveu e continua a escrever.
      A culpa não é minha se o Jorge escreve esses disparates pseudos.

      “O que tem a ver eletrônica/digital com uma ciência de faz de conta?”
      A ciência é toda a mesma.
      Claro que quem ignora o que é a ciência, faz perguntas ridículas destas…

      “Ou esqueceu que palpam no escuro, tentado explicar a massa sem explicar a origem da massa/energia.”
      A isso chama-se ciência. Algo que já se percebeu que o Jorge não faz a mínima ideia do que é.

      “O que vc sabe que possa ser conclusivo para a história da ciência ao tocante a vida e o Universo?”
      Eu estou vivo. Chega-lhe para a vida?

      “Se gosta e venera a mesma”
      Eu não venero coisíssima nenhuma. Eu baseio-me no conhecimento.
      Já o Jorge prefere a hipocrisia dos pseudos.

      “saiba que tenho meus pés no chão”
      Devido à gravidade, que é explicada pela ciência.

      “Largue de bla-bla-bla”
      O único bla-bla-bla é do Jorge que deve estar com problemas pessoais, e por isso resolve vir fazer de troll.

      “levante a questão tão determinativa para explicar as origens do existencialismo e com ela, às leis.”
      O que tem isso a ver com o seu comentário?

      “Ou será que hoje confirma algo, para amanhã desmentir na maior cara de pau seus postulados?”
      Isso nunca aconteceu.
      Como tenho dito já dezenas de vezes aqui pelo blog, essa crítica à ciência é comum em todos os pseudos, os hipócritas que nada percebem de ciência e por isso só dizem disparates.
      E já expliquei várias vezes este ponto. Não me vou repetir. Se quiser, procure.

      “Aprecio sim a boa ciência”
      E no entanto, fartou-se de cuspir no seu prato…

      “e não uns “bandos de macacos” de Darwin, achando que sabe”
      Mais valem alguns “macacos de Darwin” que sabem dos assuntos, do que uns arrogantes pseudos que acham que a sua ignorância vale tanto como o conhecimento dos outros.
      Os “macacos de Darwin” dão-lhe tudo o que utiliza diariamente. Já os seus amigos pseudo não lhe dão nada. Mas o Jorge quer continuar a ser hipócrita.

      “com experimentos de 10 bilhões entre outros experimentos bilionários!”
      Por acaso os fundos para a ciência são mínimos comparados com outras áreas humanas.
      Mas o Jorge não quer saber de factos. Basta-lhe proclamar disparates do alto da sua ignorância.

      “Mostre-me o link que responde àquelas indagações de forma absoluta e aquacionada”
      Procure.
      Este “macaco de Darwin” não lhe dá as coisas assim de mão beijada.
      Use o único neurónio de que dispõe, e procure.

      O seu IP irá para Spam, já que eu trabalho e não tenho tempo para aturar trolls.
      Quer ser troll? Tem outros sítios para isso.

  3. Só uma simples pergunta ao Carlos de Oliveira:
    Em quê acredita além de uma ciência que rotulam tudo?

    Como explicar o “infinito” , a massa primordia/energia e/ ou a origem do “nada”, além da inexplicada ordens vinda do “caos”? Imagino que seja suficientemente inteligente para tentar ao menos responder tais questões, sem conceitos enraizados como é nas religiosidades (comunidades) científicas ou não.
    Pode algo surgir do “nada”?
    Afinal o nada existe?
    Se o “nada” existe ele é o mais absoluto vazio dentro de uma dimensão…

    Mas, o que é dimensão quando se fala de espaço?
    Se para haver massa é preciso haver valores equivalentes de energia, como surgiu tal energial primordial?

    Gostaria de entender sua crença ou descrença ao tocante a vida e a origem do existencialismo.
    E não falo relativo à religiosidade. Mas sim, no conceito filo-científico.
    Ou vc é daqueles que aceita tudo que ler nas literaturas científicas?

    Adianto que não pratico nenhuma religião, mas tento os princípios do Cristianismo nato:
    Amor e vida Eterna… coisa essa que a ciência busca desde a alquimia.

    Grato.

    1. As minhas crenças são absolutamente irrelevantes.
      Eu posso acreditar que o Jorge é um pato. Isso faz de si um pato? Não.

      Eu prefiro o conhecimento das coisas, em vez das crenças irracionais.

      E tudo o que eu falei no post é fruto do conhecimento… independentemente das crenças de cada um.

      A ciência não rotula nada. A ciência compreende, explica, e prevê diariamente milhões de situações que acontecem em 100% das vezes.
      Por alguma razão, o Jorge deve ter casa, carro, e está num planeta que anda em volta do Sol. Tudo explicado pela ciência. Não cuspa no prato que lhe dá de comer.

      Não se trata de aceitar coisas nas “literaturas científicas”.
      Se o Jorge duvida da gravidade e acha que é “literatura científica”, faça a experiência do Dawkins e atire-se do topo de um edifício de 20 andares.
      Assim já percebe o que é a ciência e porque ela está certa.

      Por outro lado, é uma hipocrisia estar neste momento a usar os frutos da ciência (computadores e internet) para dizer que a ciência é coisas aceites nas “literaturas científicas”. Enfim…

      A ciência não busca o “amor e vida eterna”. Anda enganado quantos aos objectivos da ciência, e ainda mais quando a liga a alquimia.
      Já pensou em ler sobre ciência em vez de afirmar coisas sem sentido?

      O infinito está explicado noutro post aqui no blog. Tem que ler as coisas para ter conhecimento.

      O “nada” é um conceito que as pessoas não compreendem.
      O Universo não nasceu do “nada”, como decidiu imaginar.
      Logo, as suas questões caem logo à partida.

    • Elizabeth Esteves on 17/10/2010 at 15:56
    • Responder

    “a resposta para as dificuldades, está em nós próprios.” Adorei! You will not plunge into a time of darkness.Good for you and the people around you.

  4. Sobre as dádivas a deuses: animais e humanos em altares ou humanos a ser atirador para dentro de vulcões. Sim, hoje sacrificam-se pessoas, e como? Eu explico:

    Actualmente as pessoas religiosas praticam distanásia! Deixam uma pessoa em sofrimento continuar a viver. Aliás, obrigam-na a viver porque pode ocorrer algum milagre ou num caso em 10 milhões houve uma recuperação (no entanto nem todos os casos são iguais e nem toda a gente reage da mesma forma). Assim sendo, em vez de praticar eutanásia e deixar a pessoa partir em paz e com menos sofrimento, obrigam-na, em nome de um deus, que viva o mais possível em busca de algo que não ocorre. No fim, se nada acontecer encolhem os ombros e dizem que esta foi a vontade de deus ou que viveu mais tempo porque deus premitiu.

    Outra forma é a que os Joevás usam. Se uma pessoa necessitar de um transplante de sangue não o pode fazer pois o sangue (para eles) é a alma. Então morre-se, mais uma vez, em nome de um deus maravilhoso, bom, salvador, ajudante, …, assassino, cruel, ao sabor dos acontecimentos naturais – o que quer dizer que… não existe. Vejamos: se as coisas correrem bem e a pessoa em causa melhorar o estado de saúde – foi deus que o salvou. Se, pelo contrário, morrer – foi deus que premitiu e foi o melhor. Ou seja, tudo o que acontece é a vontade de deus, quer seja bom ou mau, quer o religioso tenha suplicado ou que aconteça o contrário do que ele pediu. Não há critérios. O critério é esse mesmo: NENHUM. Vai dar ao mesmo ter ou não um deus porque as ocorrências de situações boas e más são as mesmas. Uma pessoa crente em deus e uma pessoa não crente em deus tem as mesmas probabilidades de ocorrências boas e más na sua vida.

    A diferença é que um religioso atribui tudo ao seu deus: se for bom é porque o seu deus é bom e lhe deu essa dádiva que até nem merecia. Se for mau é porque o seu deus é bom e ele merece ou é para deus o experimentar (deus também é cientista? Espero bem que não).

    Uma pessoa não crente: correu bem? Fixe. Correu mal? Porra! Os erros e as vrtudes são nossas há que melhorar o que é necessário.

  5. southparkstudios.comflickr.com…

    Pois, concordava, e continuo a concordar 😉

    Só corrigi, porque quando li a 2ª vez, percebi que discordava somente na parte da “imagem”.

    South Park tem mostrado Deus de vez em quando
    😛 ehehehe 😀

    http://www.southparkstudios.com/full-episodes/s03e16-are-you-there-god-its-me-jesus
    http://en.wikipedia.org/wiki/Are_You_There_God%3F_It%27s_Me,_Jesus
    http://www.flickr.com/photos/jaevus/78908121/

    http://en.wikipedia.org/wiki/Red_Hot_Catholic_Love
    (interessante a conclusão final)

    🙂

  6. Bom, quando falo “à imagem e semelhança” é uma coisa bem vaga, uma vez que ninguém viu a Deus. Acho que ele é adepto da virtualidade. 😀
    E, sinceramente, falar sobre fé, religião, eu, particularmente, adoro. É uma área em que podemos divagar à vontade, porque é um terreno entre o etéreo e o pantanoso, e ninguém chega a parte alguma. 😀

    Agora, quando voce deu sua resposta ao meu primeiro comentário, eu até fiquei admirada: ele concorda?! 😀 Depois você “corrigiu”… Puxa… 😀

    Quanto a eu ser bactérias… Hum… Acho que é uma coisa chatésima ser racional demais, principalmente se existe uma possibilidade de ter razão. 😉

  7. Sim, a Igreja Universal do Reino de Deus, foi muito falada, e muito mal, em Portugal, devido aos seus métodos… materialistas.
    Penso que é semelhante ao que ouço falar aqui da Cientologia, que até tem uma Igreja no nosso campus (como existe Igreja Católica, Protestante, etc, aqui no campus).

    Quanto à energia, fez lembrar o filme Cocoon 🙂

    Mas mais a sério, fez-me lembrar do problema da Consciência.
    Sinceramente, não tenho opinião quanto a isso. Não sei mesmo o que pensar.
    Se é certo que a minha mente científica tende mais a pensar como a Lynn Margulis (uma das mais importantes biólogas de sempre, e 1ª mulher de Carl Sagan): que os humanos são somente um conjunto de bactérias, e a consciência é algo que inventamos para nos sentirmos bem (não passa de estímulos eléctricos entre neurónios, sem nada “supernatural”).
    Por outro lado… não sei não.

    Com isto, não estou a dizer que a “consciência” (seja lá o que fôr, porque também pode ter várias definições) sobrevive à “morte física”. Porque isso sim, acho “wishful thinking”.

    Mas parece-me que, em vida, temos uma maior “self-awareness” (estamos mais conscientes) de nós e do ambiente à nossa volta, e das consequências dos nossos actos, do que todos os outros seres à face da Terra.

    Daí que depende do que se entende por “energia”… 😉

  8. Com certeza você já ouviu falar (e mal) da Igreja Universal do Reino de Deus. Bom, eu conheci alguns desse pequeninos fiéis que dão ofertas para a Igreja, principalmente quando eles próprios passam por grandes necessidades. O interessante, nos casos que eu conheci, é a fé inabalável que eles tem de que algo realmente bom vai acontecer. Mais ainda, é que o próprio comportamento deles, de desempregados derrotados, ou gravemente enfermos, começa a modificar, na certeza de que Deus iria fazer maravilhas, já que tudo o que eles podiam fazer já fizeram. Nessa altura eu já tinha até encaminhado curriculos dessas pessoas. O caso é que, tempos depois eu os vi trabalhando e com dinheiro para comprar uma casa, que não é barata.
    Não sou da Universal, deploro seus “métodos”, mas fiquei realmente chocada com a “eficiência divina”! 😀
    Claro que, como você mesmo disse, o “efeito placebo” por vezes é mais eficiente do que uma intervenção cirúrgica.
    Por outro lado, se pensarmos que nós mesmos somos energia, nada impede deduzir que energia canalizada em torno de um objetivo este acabe por se tornar realidade. E se somos energia, e se somos à imagem e semelhança de Deus, ele próprio é energia. E se a energia está por todo o Universo, Deus está em toda parte! 😉 Assim, podemos dizer que somos parte dEle, ou, que somos um. E isso ficou muito bonitinho! 😀

  9. publico.ptMirian,

    Quase totalmente de acordo. 😀

    Note que sou a favor da pessoa fazer as suas próprias escolhas, mesmo escolhendo a “emoção” em vez da razão, mas ser racional ao ponto de saber que está a fazer isso, e isso não atingir negativamente ninguém.

    Porque se é, como tantos milhares hoje em Fátima, comprarem velas e estátuas, em vez de comprarem pão para os filhos (sendo as famílias bastante pobres), isso para mim é uma total irracionalidade, não fruto de uma escolha consciente, e que afecta negativamente as pessoas mais próximas.

    Eu próprio escolho a emoção muitas vezes, sobretudo quando vejo Futebol (a minha equipa jogar), mas percebo isso, sei conscientemente o que estou a fazer, e não tou a afectar negativamente ninguém.
    😉

    E reconheço o poder do conforto, claro, que psicologicamente é importante.

    Por outro lado, eu reconheço o poder da prece… em termos de placebo.
    Há estudos que demonstram que o efeito placebo é real.
    Ou seja, independentemente do que as pessoas acreditam, se acreditam mesmo que algo vai acontecer, então isso tem muito maior probabilidade de acontecer (tem a ver com o poder positivo da mente… que se vê sobretudo em estudos de medicina, pessoas doentes).
    O que penso é que as pessoas podiam conseguir os mesmos resultados se tivessem uma mente optimista.
    Ou seja, se acredita em deus, em unicórnios voadores, ou no Pai Natal, é indiferente em que acredita. Logo, se a pessoa fôr optimista, com mentalidade positiva, irá ter mais probabilidade de ter resultados positivos.

    Ou seja, pessoalmente preferia que as pessoas fossem optimistas por natureza, em vez de pensarem que há alguém de fora a fazer por elas.
    Porque ficar à espera de alguém de fora, pode levar ao optimismo, com preces, placebo, OU à resignação, que é negativo.
    E a pessoa se não fizer por si para se levantar, vai continuar no chão… 🙁

    A única parte em que discordo, é que Deus fez os Humanos à sua “imagem e semelhança”, em termos de “imagem” mesmo (no resto, concordo que pense assim, com um cérebro criativo, responsável, etc).
    Isso é virtualmente impossível. Deus, Criador do Universo, nunca seria um simples Humanóide. E pior, até é homem (e não mulher).
    Essa parte foi acrescentada posteriormente nos Concílios, em que homens (e não mulheres) decidiram o que haviam de dizer em consenso (e foi aí que começou o sexismo na Igreja, que até aí nunca existiu… Jesus, gnóstico, que procurava o conhecimento, nunca pregou a descriminação sexual).
    A Terra tem seres de todos os modos e feitios. É também uma falta de imaginação pensar que deuses (ou ETs) têm que ser como humanos.
    Foram os Humanos que criaram esses deuses à sua imagem e semelhança.
    Sabe que isto que estou a dizer, já foi dito há 2500 anos atrás, por Xenophanes, que criticou o facto dos deuses gregos serem como humanos em tudo (corpo e atitudes). Ele até disse satiricamente que se as vacas e os cavalos pudessem desenhar, os deuses deles também seriam feitos à sua imagem – ou seja, os deuses seriam desenhados como sendo vacas e cavalos.
    Como eu disse, na discussão de ETs, também se vê muito este antropocentrismo, no meu entender, sem sentido.

    abraço!

  10. Eu sou uma que crê em Deus, mas sou daquelas que acredita, principalmente, que Ele me fez à sua imagem e semelhança, ou seja, me fez criativa, com responsabilidade, com capacidade para resolver meus problemas, muitos dos quais eu mesma criei, integridade para assumir as consequencias dos meus atos, sem empurrar isso para ninguém, muito menos para Ele. É claro que, quando vejo que a coisa está indo de mal para pior, eu apelo, sem dúvida. 😀 E é justamente nessa hora do apelo, quando entrego o problemaço a Deus, que eu relaxo e acabo vendo a solução. 😉 Irracional? Claro. Quem disse que fé é racional? Mas, mesmo irracional, às vezes é muito bom. 😉 É mais ou menos aquele sentimento que temos, vez ou outra, quando desejamos voltar ao colo materno. É coisa boa, reconfortante, mesmo sabendo que dificilmente vamos conseguir aquele colo novamente.
    Mas… concordo com o que você disse, principalmente no que se refere da exploração pela fé. Isso realmente dói. Porque são os pequeninos os explorados.

  11. google.comlatimes.com…

    Adoro o Sheldon. Adoro Ficção Científica.
    Realmente o Sheldon tem razão… mas com esse cinismo (do Sheldon), não haveria filmes
    🙂
    Não só na Ficção científica, mas até nos filmes de terror, por exemplo
    🙂

    Ainda sobre “seguir as regras”, note-se que houve estudos recentes que mostraram que ateus e agnósticos sabem mais de religião, do que os próprios religiosos da sua própria religião.
    Ou seja, muitas vezes não seguem os Mandamentos (em qualquer religião), porque os desconhecem.
    http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5gqeHLJ2wso-HOtIXSJTEiPbG910Q?docId=CNG.a4c3b99480a708a06cbe5eb71099c366.101
    http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4705733-EI294,00.html
    http://religion.blogs.cnn.com/2010/09/28/dont-know-much-about-religion-youre-not-alone-study-finds/
    http://www.latimes.com/news/nationworld/nation/la-na-religion-survey-20100928,0,3225238.story

    Outras vezes, é mesmo por hipocrisia, e falta de racionalidade.
    Eu passei 14 anos num Colégio Católico. Irritava-me profundamente as pessoas que iam à missa, como eu, e mal punham o pé fora da Igreja, logo a seguir começavam a fazer precisamente o contrário do que o sacerdote tinha acabado de dizer.

    De facto, Isaac Asimov escreveu numa carta a 22 de Fevereiro de 1966:
    “Properly read, the Bible is the most potent force for atheism ever conceived”
    Ou seja, se lida sem fundamentalismos, a Bíblia é a fonte mais potente de ateísmo alguma vez publicada.
    Ou seja, se as pessoas lessem realmente a Bíblia, perceberiam que foi escrita por homens, e não por um Deus criador do Universo, omni-inteligente, e que esteja acima das estúpidas quezílias humanas.
    Novamente, tal como eu disse no post, a Bíblia trata Deus como ser um ser pequeno, com atitudes de raiva, de inveja, de vingança, de juiz, de egocentrismo, própria de uma mentalidade pequena, insignificante… humana.
    Como eu disse, Deus, potencial ser criador do Universo, não deveria ter esses comportamentos que só o diminuem. Ou seja, quem escreveu a Bíblia, estava a diminuir Deus. E quem interpreta a Bíblia literalmente, também o diminui.

    Por fim, eu não tou a dizer que tenho razão.
    Simplesmente parecem-me coisas que, em face de um universo gigantesco, devem fazer as pessoas pensarem.

    E acabo com uma pergunta do Carl Sagan, na entrevista com o Charlie Rose, em 1996:
    http://www.astropt.org/2010/08/23/a-ultima-entrevista-de-carl-sagan/
    “Who is more humble? The scientist who looks at the universe with an open mind and accepts whatever the universe has to teach us, or somebody who says everything in this book must be considered the literal truth and never mind the fallibility of all the human beings involved?”
    “Quem é mais humilde? Quem é o arrogante?
    O cientista que olha para o Universo com uma mente aberta e aceita aquilo que o Universo tem para nos ensinar (os resultados observados), OU alguém que diz que toda a verdade está num livro independentemente das pessoas que o escreveram e re-escreveram?”

    • Rogério Gonçalves on 13/10/2010 at 17:42
    • Responder

    Bom artigo.

    Apesar de claro, e certamente para muitos dos chamados peregrinos de Fátima já conhecerão alguns dos argumentos citados. A meu ver, a desmontagem destes comportamentos será infelizmente algo difícil.
    As mentalidades e em particular a mente humana individual na grande maioria guia-se
    por padrões culturais “impostos com uma força quase hipnótica”, que não lhes sobra conhecimento de alternativa para outra estratégia de vida: Não acontece apenas em Fátima, como é sabido. São estas, as maiorias que definem os interesses instalados e sancionados “democraticamente” cujos resultados é esta sociedade irresponsável da qual temos de saber também coexistir.
    Haja lucidez e racionalidade em alguns humanos, senão vendem-nos o “Fim do Mundo”, e quase nos obrigam a comprá-lo.
    Cumps.

  12. Excelente artigo!
    Parabéns!

  13. youtube.comÊxodo 20
    3-4:Não haverá para ti outros deuses na minha presença.
    Não farás para ti imagem esculpida nem representação alguma do que está em cima, nos céus, do que está em baixo, na terra, e do que está debaixo da terra, nas águas.

    Quando se fala de religião nem 10 simples mandamentos se conseguem seguir.

    Isto faz lembrar(the big bang theory: sheldon and the gremlins): http://www.youtube.com/watch?v=9VdrSb5eQ7c

  14. Sim, tens razão!

    Eu próprio fiz essa crítica, aqui:
    http://www.astropt.org/2010/09/29/macaca-odonnell/

    Neste caso, eu não estava a ser cientificamente correcto, mas somente a usar um termo popularmente aceite para definir humanos… e de forma satírica (no sentido de que era só para demonstrar que somos bastante primitivos)…

    … mas sim, tens toda a razão! Em termos científicos, é incorrecto 😉

  15. Olá:

    Muito bom artigo, sigo essa linha defensora da razão. Só uma achega: O homem não descende do macaco, eu percebo a intenção mas nós (humanos e macacos) descendemos de um ancestral comum a ambos, ancestral esse que era muito mais parecido com um macaco (mas não era um macaco) do que com os Humanos… enfim … pormenores mas às vezes temos de ouvir os creacionistas a dizerem barbaridades por causa destes tipos de pormenores.

  1. […] Nave da Imaginação. Detector de Mentiras. 4ª Dimensão espacial. Superstição. Espiritualidade. Fé. Entrevista. Dia (falta). Contacto. Mundo Infestado de Demónios. Série Sagan. Richard Feynman. […]

  2. […] que outros ditassem o que ela devia fazer e pensar. Eva decidiu se levantar sozinha (no exemplo que dei aqui). Eva decidiu tomar as decisões por si, em vez de concordar com as restrições que lhe impuseram. […]

  3. […] do Universo, ainda há quem continue a acreditar num deus pessoal. Já dissertei sobre isso, neste post. É verdade que outros estudiosos do Universo como Einstein, Michio Kaku, Neil deGrasse Tyson, […]

  4. […] Pode-se classificar isto como uma espiritualidade num contexto universal/cósmico. […]

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