Os penhascos de gelo de Dione


O terreno fracturado de Dione num mosaico de duas imagens captadas pela sonda Cassini a 20 de Dezembro de 2010. O norte está à direita.
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute/Sérgio Paulino.

Faltavam pouco mais de oito horas para o encontro de anteontem com Encélado quando a Cassini sobrevoou a superfície acidentada de Dione, a cerca de 100 mil quilómetros de distância. Como a aproximação foi realizada pelo lado nocturno da lua, a equipa de imagem da missão aproveitou a oportunidade para procurar possíveis jactos difusos de vapor de água e de partículas de gelo que pudessem denunciar a presença de fissuras activas semelhantes às encontradas em Encélado. Existem fortes suspeitas de que Dione é uma importante fonte de plasma na magnetosfera de Saturno, pelo que a Cassini tem sido instruída a realizar estas observações sempre que as passagens pela lua se mostrem favoráveis.
No entanto, o encontro não terminou sem antes a Cassini obter mais uma série de imagens, desta vez, cobrindo parte do complexo sistema de brilhantes desfiladeiros e penhascos que adorna um dos hemisférios de Dione. Formadas por falhas e fracturas, estas estruturas são a recordação dos múltiplos eventos tectónicos que moldaram a superfície desta lua de Saturno. Na imagem em cima são visíveis: Palatine Chasmata, rasgando a superfície de sul para norte em direcção ao terminador; Eurotas Chasmata, partindo da cratera Silvius em direcção a norte, até Clusium Fossae; e Chartage Fossae, estendendo-se para oeste através da grande cratera Turnus (visível a meio, quase de perfil).

1 comentário

  1. Quando li todos esses nomes, fiquei a pensar: na série Star Trek também davam nomes a todas as crateras, pequenas elevações, e fissuras, por todos os sítios onde passassem?
    🙂

    Por enquanto, para o nosso Sistema Solar, parece haver ainda muitos nomes disponíveis.
    Mas a partir do momento em que formos para outros, acho que vai haver uma “shortage” de nomes para os cientistas aplicarem
    😀

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