Lucy

Luc Besson, que realizou o filme 5º Elemento, traz agora um novo filme futurista, em que a atriz principal tem obviamente fantásticos dotes corporais…

Lucy-Movie-Trailer

Lucy é um filme futurista num mundo onde as ruas são lideradas por gangues.
Lucy é uma mulher que vive em Taipei, Taiwan, e é obrigada a contrabandear droga. A droga é escondida dentro do seu corpo. Numa das vezes em que faz o seu trabalho de contrabando, a droga, sem querer, entra no seu sistema. Ela torna-se numa super-mulher. Alguns dos efeitos/poderes são: ela passa a absorver conhecimento instantaneamente, consegue mover objetos só com o poder da mente (telecinésia) e deixa de sentir dor.

Supostamente, o filme é de ficção científica…
No entanto, gostava de saber onde está a ciência nisto…
Os mais desatentos, até podem pensar que o filme promove o consumo de drogas…

5 comentários

Passar directamente para o formulário dos comentários,

    • Dinis Ribeiro on 23/01/2015 at 21:51
    • Responder

    Existe já muita bibliografia sobre o modo como a Internet está a alterar (gradualmente) a neuro-fisiologia das pessoas…

    A quantidade “astronómica” de informação a que estamos expostos… haverão efeitos secundários?

    A primeira imagem nesta página, em que ela está a “ver simultâneamente” todas as chamadas telefónicas… lembra-me uma pequena notícia que li:

    1) One Small Experiment In Learning And Memory, One Giant Leap For Mankind
    http://www.forbes.com/sites/stevenkotler/2014/12/19/one-small-experiment-in-learning-and-memory-one-giant-leap-for-mankind/

    Citação:

    A little bizarre, right—that simply the act of clicking a mouse (i.e. “saving a file”) boosted our ability to recall the information later.

    2) http://www.kurzweilai.net/saving-information-on-a-computer-boosts-human-memory-resources-for-new-information
    Saving information on a computer boosts human memory resources for new information… but only when the storage medium is trusted

    3) Ask Ray | Potential for elitization of the singularity
    http://www.kurzweilai.net/ask-ray-potential-for-elitization-of-the-singularity

    Se por um lado, realmente a questão de ser (obviamente?) uma afirmação pseudo-científica a ideia que “usamos apenas 10% do nosso cérebro”, por outro lado, as questões subjacentes são talvez um pouco mais complicadas.

    A maneira como os morcegos “vêem” o mundo (quantos mosquitos vemos nós de noite?), e a visão “acústica” dos golfinhos, é mais detalhada do que a nossa, que está limitada á luz visível, se e só se não usarmos a tecnologia.

    Para tentar promover uma reflexão mais aprofundada e que me parece relativamente útil, vou então fazer de advogado de defesa da Lucy… (advogado do diabo ou melhor da “diabinha”).

    Nota: O sorrisinho mefistófélico da protagonista do filme Lucy, e os seus poderes “ilimitados” lembrou-me bastante uma comédia muito irónica com a Elizabeth Hurley como heroína: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bedazzled / http://en.wikipedia.org/wiki/Bedazzled_(2000_film)

    “A” Internet, e “a” tecnologia, são palavras “femininas”… 😉

    Uma primeira sugestão: http://www.amazon.com/The-User-Illusion-Cutting-Consciousness/dp/0140230122

    O que pensam do tema?

    Este texto “We are all Junkies” é deliberadamente provocador, mas levanta questões que talvez valha a pena considerar:

    Link: http://www.forbes.com/sites/stevenkotler/2015/01/23/the-truth-about-addiction-were-all-junkies-now/

    Citação:

    What is that truth? That we are all addicts and all the time.

    For this to make sense, it helps to first understand that our ideas about addiction are built atop a deeper fallacy—the idea of normalcy—the notion that there is an unadulterated state of consciousness, a “normal” state where our interpretation of reality is accurate.

    There are a number of huge problems with this idea.

    First, we know that ‘consciousness’ is a vast reduction in information. No one is exactly sure how vast.

    Estimates for how much information the senses gather on a moment–to-moment basis range from 11 million bits all the way up to 400 billion bits.

    This is a huge amount of data. <<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<

    Yet estimates for how much of this information actually makes it to our conscious mind ranges from 140 bits per second to around 2000 bits per second.

    (for way more info on this check out Tor Norretranders’ amazing The User Illusion).

    Whatever the actual number, the important point is that the reduction is massive. <<<<<<<<<<<<<<<<<<<<

    While we may think we live in the real world, what we’re calling reality is actually less than one percent of the information that’s out there.

    Saliento esta ideia: "what we’re calling reality is actually less than one percent of the information that’s out there"…

    The next problem with normalcy comes out of the so-called “special needs” world. The old idea is that sufferers of diseases like ADHD, Asperger’s and Autism were not normal.

    But I know plenty of folks in Silicon Valley who love the fact that they “suffer” from Asperger’s—meaning they’re more than willing to accept a difficulty in processing social cues for the boost in analytic and math skills that comes with the condition.

    To them, it’s a superpower, not a handicap.

    Similarly, I know dozens of seriously ADHD professional athletes who believe they owe their careers to the “disease”—arguing that the only time they can focus is in a game (or on a mountain or whatever) and what others see as a condition to be cured, they see as a doorway into another universe—a universe where the impossible becomes possible.

    Finally, the most obvious problem with normalcy is the simple fact that it’s a total fiction. In the world of addiction, normal means not on drugs, not chemically-altered. But we are—all of us and all the time—chemically altered.

    Food alters our neurochemistry. Powerful emotions alter our neurochemistry. The chemicals in the air we breath (and the quality and style of our breathing) alters our neurochemistry.

    From a biological perspective, there is no such thing as not chemically altered. There is no baseline. There is no normal.

    E já agora, num plano menos abstracto e mais concreto:

    Há este (conhecido?) caso: http://en.wikipedia.org/wiki/Lisa_Nowak / http://pt.wikipedia.org/wiki/Lisa_Nowak

    Esta astronauta tinha "nervos sólidos" mas teve um "comportamento anormal" e foi despedida pela NASA.

    Na sua defesa, inicialmente, os advogados argumentaram assim:

    Her lawyer stated that she suffered from major depression, obsessive-compulsive disorder, insomnia, and "brief psychotic disorder with marked stressors" at the time of the incident.

    She was also suffering from Asperger Syndrome. <<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<

    On April 1, 2009, the judge ordered Nowak to undergo two psychiatric evaluations.

    On October 7, 2009, a judge in Orlando ruled in favor of allowing Nowak's attorneys to take a second deposition from Shipman to inquire whether Nowak actually pepper-sprayed Shipman. A medical report by paramedics raised some questions according to Nowak's attorneys as to the factual basis for it. If it was found not to have occurred, Nowak's attorneys wanted the criminal charges related to the assault and battery to be dropped before trial begins.

    Para mim, toda esta história desta astronauta que se terá "descompensado" e tido uma "crise de nervos" tem algumas áreas da narrativa que me levantam certas dúvidas, pois houve muitos rumores e polémica sobre a fiabilidade da "vítima" e sobre o que realmente aconteceu, e sobre "complicados" conflitos políticos sobre o financiamento da NASA por parte dum "astronauta 100% político" oriundo da Florida…

    "In January 1986, Nelson became the second sitting member of the United States Congress to fly in space. He flew as a Payload Specialist on the Space Shuttle Columbia. In March 2010 Nelson complained that Obama had made a mistake in canceling NASA's Constellation program." http://en.wikipedia.org/wiki/Bill_Nelson#Space_exploration

    Neste link: http://en.wikipedia.org/wiki/Asperger_syndrome

    Saliento este aspecto:

    Some researchers have argued that AS can be viewed as a different cognitive style, not a disorder or a disability,and that it should be removed from the standard Diagnostic and Statistical Manual, much as homosexuality was removed.

    Voltando então á Lucy que no filme, "deixa de sentir dor"…

    Até existe um livro sobre (mais ou menos) este tema em Português:
    http://www.fnac.pt/O-que-Podemos-Aprender-com-os-Psicopatas-Kevin-Dutton/a791951

    Autor: http://en.wikipedia.org/wiki/Kevin_Dutton

    Sobre o livro:

    Imaginem que disparam uma pistola junto ao ouvido de alguém. Mesmo que a “vítima” tenha sido avisada, apanhará um susto, certo? Depende. Pelo menos dois grupos de pessoas, perante a experiência laboratorial, nem pestanejaram: monges budistas e… psicopatas.

    Ambos têm em comum uma extraordinária capacidade de se manterem calmos em situações de stress.

    O que os diferencia é o uso que dão à frieza absoluta. Kevin Dutton, psicólogo investigador da Universidade de Oxford, demonstra que todos nós partilhamos algumas características associadas à psicopatia.

    O que varia é o grau onde nos posicionamos na escala. Um psicopata é por definição destemido, charmoso, egocêntrico, confiante, implacável e focado – características não apenas úteis numa série de profissões, como cada vez mais procuradas pelo mercado de trabalho.

    Através de medições levadas a cabo em laboratório, o autor prova até que ponto os melhores gestores, cirurgiões, advogados, espiões e jornalistas têm classificações altas na escala da psicopatia.

    Esses “psicopatas funcionais” são cada vez em maior número na nossa sociedade e partilham sete características principais que podemos desenvolver e utilizar em proveito próprio.

    Obra irreverente, onde a ciência se cruza sempre com histórias reais, "O Que Podemos Aprender com os Psicopatas" leva-nos das celas de prisões de alta segurança aos escritórios de advogados de sucesso, sempre em busca da verdade escondida atrás dos mitos da psicopatia.

    Enfim…

    Toda esta problemática, lembra-se uma personagem (Napoleon Wilson) do meu filme preferido do realizador John Carpenter: Assault on Precinct 13 (no Brasil, Assalto à 13º DP1 e em Portugal, Assalto à 13ª Esquadra) http://en.wikipedia.org/wiki/Assault_on_Precinct_13_(1976_film)

  1. O que nos leva a pergunta; onde tem boas ficções científicas?

    Eu só consigo lembrar de três:
    Jornada nas Estrelas (tirando os ETs muito humanóides);
    Uma Odisseia no Espaço (a fantasia com aliens-deuses da pra relevar);
    Gattaca (essa eu não teria nada a tirar fora, gostei muito).

    🙂

    1. Contacto! 😀

      1. Verdade, tinha esquecido. Ah, e o Relatório de Europa ficou bom também. 🙂

      2. ahhh Sim!! Também adorei esse 🙂

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Verified by MonsterInsights