A vista para o exterior do gabinete de um astrónomo

Crédito: ESO/Y. Beletsky (LCO)

Crédito: ESO/Y. Beletsky (LCO)

Saia da sala de controlo do Very Large Telescope (VLT) durante a noite e será agraciado com um espetáculo de fazer cair o queixo. Milhares de estrelas cobrem o céu e a Via Láctea estende-se de horizonte a horizonte.

Nesta imagem podemos ver as zonas escuras da Via Láctea, correspondentes a nuvens densas de gás e poeira que bloqueiam a radiação emitida por estrelas que se encontram por trás. As diversas cores das estrelas visíveis devem-se à diferentes idades e temperaturas destes objetos – as estrelas quentes e jovens são azuis/brancas, enquanto a geração mais velha se apresenta mais laranja ou vermelha.

Para os astrónomos uma vista como esta significa que dados de boa qualidade estão a caminho, uma vez que não há poluição luminosa devido ao luar. De modo a manter o céu tão escuro quanto possível, as luzes que não estão a ser utilizadas no interior do edifício de controlo são desligadas, utilizando-se ainda nas janelas persianas que bloqueiam completamente a luz. Os astrónomos que se deslocam ao exterior usam apenas lanternas, preferencialmente com filtro vermelho de modo a manterem a visão noturna – o que é importante se quiserem apreciar o espetáculo altaneiro sem a ajuda de telescópios.

O gabinete que se vê nesta imagem situa-se mesmo ao lado da sala de controlo do VLT e o objeto estranho que aparece fora da janela faz parte do edifício de controlo, o qual está instalado numa “prateleira” por baixo da plataforma principal de observação, no topo da montanha do Paranal.

Esta fotografia foi tirada pelo Embaixador Fotográfico do ESO e membro da Expedição Ultra HD, Yuri Beletsky.

Este é um artigo do ESO, que originalmente se encontra aqui.

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