Os Blazars mais extremos do Universo

As galáxias alimentadas por buracos negros, chamadas blazares, são detectadas pelo Fermi. À medida que a matéria cai na direção do buraco negro supermassivo no centro da galáxia, parte da matéria é acelerada para fora quase à velocidade da luz ao longo de jatos apontados em direções opostas. Quando um jato está orientado na direção da Terra, aparece muito brilhante e é classificado como blazar.
Crédito: M. Weiss / CfA

A maior parte das galáxias possuem no seu centro um buraco negro supermassivo.
Esse buraco negro costuma ter de milhões a bilhões de vezes a massa do nosso Sol.

Em muitas galáxias, esses buracos negros se alimentando, consumindo matéria ao redor. Quando isso acontece, isto é quando se encontra um núcleo de uma galáxia com um buraco negro que está se alimentando ferozmente, é dado o nome de Núcleo Galáctico Ativo.

Uma das características principais é que à medida que a matéria cai em direção ao buraco negro central, essa matéria é super aquecida, e parte dessa matéria é expelida na forma de jatos que brilham em todo o espectro eletromagnético, mas de forma característica nos raios-gama.

Esse Núcleo Galáctico Ativo, ou AGN, pode ser classificado como sendo um quasar, uma galáxia Seyfert ou um blazar.

Essa variação na classificação está ligada principalmente às diferentes orientações em que os jatos são observados.

A NASA possui um satélite especializado em registar fenômenos de altas energias no universo, chamado Fermi.

E a grande vantagem de estudar os blazars é que eles podem ajudar a responder a uma pergunta crucial na astrofísica: como se deu a evolução de galáxias e de buracos negros supermassivos no universo primordial?

Para isso os astrônomos precisam encontrar objetos distantes e energéticos, o que não é uma tarefa fácil.

Uma equipa de astrônomos desenvolveu recentemente uma metodologia de buscar na extensa base de dados do Fermi, uma base de dados que conta com 1.4 milhões de quasares, objetos parecidos com os blazares, aqueles mais distantes e mais energéticos, reduzindo a amostra para 1100 objetos.

Na rodada final de busca os astrônomos descobriram então 5 novos blazares localizados quando o universo tinha entre 1.9 e 1.4 bilhão de anos.
2 desses blazares são buracos negros com um bilhão de vezes a massa do Sol, ou mais.

Todos eles possuem discos luminosos de acreção que emitem mais de 2 trilhões de vezes a energia do Sol.

Os astrônomos precisam agora continuar estudando esses objetos e tentar descobrir outros, para que tenham uma estatística significativa e tentem responder como num universo primordial podemos ter galáxias abrigando buracos negros tão grandes assim.

Fonte: NASA

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