O duo de Nuvens de Magalhães já foi um trio

A Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães.
Crédito: Andrew Lockwood

A Grande Nuvem de Magalhães e a Pequena Nuvem de Magalhães são as maiores galáxias-satélite da Via Láctea, mesmo sendo galáxias-anãs.

Grande parte das estrelas na Grande Nuvem de Magalhães orbitam no sentido dos ponteiros dos relógios. Mas algumas delas, surpreendentemente, orbitam de forma oposta.
Um novo estudo às estrelas que orbitam no sentido contrário aos ponteiros do relógio sugere que essas estrelas vieram de uma galáxia-anã antiga, que entretanto colidiu com a Grande Nuvem de Magalhães.
A colisão dessa antiga companheira deu-se há cerca de 4 mil milhões (bilhões, no Brasil) de anos atrás. Na colisão, a Grande Nuvem de Magalhães “engoliu” essa antiga galáxia-anã.

Esta hipótese (colisão com outra galáxia no passado) permite também explicar outro problema na Grande Nuvem de Magalhães: ela tem aglomerados estelares com estrelas velhas e estrelas novas, mas sem estrelas de idade intermédia. As estrelas velhas seriam as originais desta galáxia-anã, enquanto as estrelas novas foram geradas pela colisão. Aliás, na Grande Nuvem de Magalhães existe ainda alguma formação estelar, o que pode indicar uma colisão de galáxias no passado.

Fontes: comunicado de imprensa, artigo científico.

LMC and Companion Galaxy Merger from ICRAR on Vimeo.

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