Shazam!

Billy Batson é um miúdo de 14 anos problemático. Ele anda sempre a mudar de família de acolhimento.

Por ser puro de coração, ele é escolhido como campeão por um Feiticeiro que guarda os 7 pecados capitais.
Sempre que diz a palavra Shazam!, ele passa a ser um super-herói aparentemente adulto. Para voltar a transformar-se em adolescente de 14 anos, ele grita Shazam! novamente.

Os seus super-poderes incluem: voar, velocidade bastante rápida, muita força, invulnerabilidade, manipulação da eletricidade, etc.

Como super-herói, ele combate o super-vilão Thaddeus Sivana, que queria ter sido ele o campeão, mas não conseguiu.
Quando Billy partilha os seus super-poderes com os irmãos adotivos, consegue derrotar o vilão.

Shazam! é um filme divertido que proporciona um bom entretenimento.

Este filme tem muitas semelhanças com o filme Big: um adolescente que não se sente integrado, transforma-se magicamente num adulto – aparentemente/fisicamente é um adulto, mas mentalmente ainda continua a ser uma criança.
A diferença neste caso é que o adolescente, além de se transformar fisicamente em adulto (mentalmente, continua adolescente), também se transforma em super-herói.
Gostei bastante da cena das teclas de piano no chão: que celebra a cena no filme Big.

Adorei as cenas iniciais com Billy Batson: são cenas divertidas dele com os polícias.

Também adorei as cenas em que ele testa os seus super-poderes, ou melhor tenta descobrir que super-poderes tem. Estas cenas são bastante divertidas.

O filme tem, assim, muito humor.

Também gostei da cena final do filme, com o amigo Super-Homem.

As músicas são excelentes: desde o “I Don’t want to grow up” no final do filme, com o “Eye of the Tiger” e o “Don’t stop me now”, durante o filme.

As mensagens sociais no filme são meritórias, sobretudo as mensagens a relevar a importância da família.

Também vi no filme a célebre mensagem dos super-heróis (sobretudo no Homem-Aranha): “with great power comes great responsibility”.
Aliás, esta mensagem até pode também ter sido dada de forma simbólica no filme: não só com o super-herói, mas também no adolescente a transformar-se em adulto.

A meio dos créditos, percebemos que vai haver uma sequela.
E após os créditos, existe mais uma cena deliciosa: o super-herói Shazam testa se tem o poder de falar com os peixes (como o Aquaman). Mas ele considera estúpido esse super-poder.

Não gostei nada do início do filme. Percebe-se o porquê desse começo mais à-frente. Mas na altura, não gostei nada do começo: pareceu-me desajustado.

Supostamente existe um templo mágico escondido do nosso mundo. Provavelmente, está “noutra dimensão”. Isto é claramente um pensamento pseudo.

Existir um feiticeiro que guarda os 7 pecados capitais, não só é pseudo como desresponsabiliza as pessoas pelos seus atos: afinal a culpa não é das pessoas, mas desses monstros que nos fazem pecar. Esta é uma desresponsabilização perigosa.

Os 3 homens (pai, filho e irmão mais novo) deviam ter morrido no acidente de viação. Era mais realista.

Billy Batson não é digno, não é puro de coração, já que roubou a pedra do super-homem ao seu irmão adotivo. No entanto, é considerado puro pelo feiticeiro. É uma contradição.

Quase no final, o super-vilão Thaddeus Sivana sabe o nome que deve dizer (Shazam) quando está a empurrar Billy para dentro da água gelada. E posteriormente, coloca a sua mão no ceptro. Não entendo porque, nesta altura, ele não grita Shazam para ficar com os super-poderes do super-herói. Não faz sentido ele ter tido a oportunidade e não a ter aproveitado.

A capa não faz qualquer sentido: super-heróis inteligentes não usam capas.
A capa ser branca é mais uma má escolha.

Gostei da crítica à histeria coletiva.
E adorei a ligação desta histeria coletiva aos testemunhos sobre OVNIs.
No entanto, neste caso, não entendo porque o Feiticeiro precisa raptar as pessoas (e tantas pessoas). Para quê? Ele já não sabe quem é puro e quem não é puro, pelas suas ações do dia-a-dia?
E se tem tanto poder mágico para os levar por outras dimensões, como é que não lhes apaga a memória dessa experiência? Devia ter esse poder e usá-lo, evidentemente.

De resto, esta é uma história perfeitamente típica do Bem contra o Mal.
E, previsivelmente, no final ganha o Bem (o super-herói).

Curiosamente, Shazam é o Capitão Marvel, mas por problemas de copyrights e de créditos (diferentes editoras), a Capitã Marvel não tem, nos filmes, a ver com o Shazam.
Os irmãos adotivos de Billy, juntamente com Shazam, deviam ser a Família Marvel. Mas, afinal, não são.

Shazam! Shazam! Shazam! Shazam!
Estou farto de gritar e ainda não me transformei em super-herói. 🙁

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