Derrame Tóxico pelas ruas

deadly toxic

Público:
“O derrame de lamas industriais tóxicas no oeste da Hungria chegou esta madrugada ao local onde se misturam as águas do rio Raba com as do Danúbio, o segundo maior da Europa. E o ecossistema de outro rio, o Marcal, está destruído, disse o chefe regional dos serviços de emergência, Tibor Dobson.
(…)
Pelo menos sete aldeias e cidades foram afectadas pela lama – resultante de desperdícios da refinação de bauxite usada parar obter alumínio e que contém uma substância com alguma radioactividade.”

Ionline:
“Maré vermelha. “Se tivesse acontecido durante a noite, toda a gente estaria morta”.
Acidente em fábrica de alumínio na Hungria já fez 4 mortos e 150 feridos. Lama tóxica atingiu ontem o Danúbio, mas os especialistas estão optimistas. Mas há água potável em risco.
Um dos efeitos imediatos de um desastre ambiental é o jogo de culpas. E o derrame na fábrica de alumínio Ajkai Timfoldgyar, na Hungria – que já matou quatro pessoas e fez mais de 150 feridos, ameaçando alastrar-se a outros seis países da Europa Central – não é excepção. Ontem, sob duras críticas e acusações de erro humano, Mal Zrt, dono da fábrica, veio garantir que não era possível ter previsto o incidente. O primeiro-ministro húngaro discorda: “É difícil encontrar palavras para descrever isto”, lamentou Viktor Orban em visita à cidade de Kolontar. “Se isto tivesse acontecido durante a noite, toda a gente estaria morta. Este é um desastre ambiental sem precedentes na Hungria e um erro humano é mais do que provável. A parede [do reservatório] não se desintegrou num minuto, isto devia ter sido detectado”.”

O Dia:
“Lama tóxica na Hungria chega a afluente do Danúbio.
Tudo começou com a ruptura do dique de uma fábrica de alumínio, que despejou um material conhecido como “lama vermelha”, uma substância química muito tóxica, corrosiva e alcalina. (…)”

Guardian:
“Hungarian emergency crews are working to dilute a toxic red sludge that has reached part of the Danube after it breached an industrial reservoir, killing at least four people.
The Hungarian national disaster unit said there had been no reports of dead fish in the Raba and Mosoni-Danube rivers reached by the spill, but all fish had died in the smaller Marcal river, which was contaminated first.
“Life in the Marcal river has been extinguished,” said Tibor Dobson, a spokesman for the unit. “The main effort is now being concentrated on the Raba and the Danube. That’s what has to be saved.” (…)”

Vejam algumas imagens, aqui.

5 comentários

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  1. Desde q vi um documentário (não me lembro o nome) sobre um grupo que fazia palestras dirigidas a empresas; lembro-me de eles “inventarem” um programa informático que calculava os prejuízos de uma empresa em caso de calamidade ou desastre, isto é, calcular o preço das indemnizações a pagar, etc., como foi o caso da Índia, do Katrina, e por aí fora, e haver opiniões como “Grande ideia!”, “Fenomenal!”; deixei de ter esperança na evolução positiva do ser humano. Quando há pessoas que preferem continuar no erro mas de forma a que este dê menos prejuízo do que pelo menos tentar corrigi-lo… Estamos condenados à auto-destruição.

  2. Totalmente de acordo.
    Há uma irresponsabilidade, e uma avaliação não baseada no mérito e competência.

    E depois há um “deixar andar”.

    A sociedade, qualquer sociedade, é feita pelos seus cidadãos.
    Por isso, em última análise, é devido a eles que as coisas estão como estão, não só por aqueles que fazem mal, mas também por aqueles que resolvem nada fazer para mudar as coisas.

    quando eu fôr Presidente do Universo, as coisas serão diferentes
    😉 ehehehehehe 😀

    • Rogério Gonçalves on 08/10/2010 at 23:01
    • Responder

    De facto assim é e totalmente de acordo.
    Clarificando; a ignorância, a estupidez e a ganância atributos nada consentâneos com a inteligência e consequentemente os factos em notícia provam isso mesmo.
    O sentido do meu comentário anterior é de indignação pelo conjunto de motivos instalados na sociedade que conduzem a essa irresponsabilidade consciente ou inconsciente.
    É suposto que os órgãos legislativos e executivos que regem as relações humanas e de produção quer localmente , quer internacionalmente não serão nem ignorantes, nem estúpidos nem gananciosos, sendo que é espectável não acontecerem demasiadas tragédias semelhantes. Todavia acontecem.
    Como exemplo de erros legislativos de organização orgânica da sociedade é o facto de se por um lado para o exercício de uma profissão tecnicamnete responsável são necessárias habilitações académicas e profissionais adequadas, o mesmo já não é exigido com rigor para se formar uma empresa, ou adquirir acções de uma outra. Isto conduz a um paradoxo de os mais habilitados deverem obediência aos menos habilitados.
    Não possuo dados estatísticos desta situação mas seria interessante equacioná-los para concluir da inaptidão de muitos poderes legislativos à altura de uma sociedade civilizada, livre, progressiva e inteligente.
    Cumps.

  3. “O caminho do espaço também passa por um olhar pela “casa” humana, a Terra”
    <--- Totalmente de acordo 🙂 "Se a sociedade fosse apenas composta de crianças e adolescentes" <--- 50% de acordo. Por um lado, acho que é. Os humanos por ignorância (crianças) ou por estupidez (os chamados anos adolescentes em que nos pensamos detentores da verdade), afectam tudo sem quererem saber das consequências. Por outro lado, acho que não é. É que sobretudo em crianças, quando se faz mal não é por mal, é simplesmente para aprender. Já em adulto, sabe-se precisamente qual é a finalidade, sabe-se que haverá grande probabilidade de dar errado e afectar negativamente a população e o ecossistema, e mesmo assim, por ganância, faz-se na mesma. É a tal irresponsabilidade de que fala feita conscientemente porque fala mais alto a ganância e outros atributos nada consistentes com uma espécie que se diz inteligente... 🙁

    • Rogério Gonçalves on 08/10/2010 at 16:47
    • Responder

    Constata-se com regularidade acidentes que pela sua gravidade afectam tragicamente a vida de grandes camadas de populações, não só mortalmente como também nos circuitos económicos e da vida em geral.
    Trajédias com origem em erros humanos, ou naturais não previsíveis no cômputo colectivo mas que as suas consequências transcendem para toda ou parte da colectividade.
    Entre essas tragédias, o recente desastre ambiental no golfo do México, ou o vulcão da Islândia e agora este derrame tóxico pelas ruas, entre muitas que se poderiam citar.
    Se a sociedade fosse apenas composta de crianças e adolescentes, ainda se entendia
    a falta de sentido de responsabilidade, ou de imprudência perante todos os riscos que nos cerca.
    Não é aceitável a meu ver, que os meios de produção institucionalizados em empresas, unidades fabris ou até mesmo de entidades estatais, não configurem instrumentos de laboração e fiscalização que garantam confiança a toda a comunidade que não correrá riscos de má vizinhança.
    Um acidente pode acontecer, mas estes devem estar previstos, equacionados e sempre fiscalizados por instrumentos de autoridade local.
    Não é esta infelizmente a nossa organização social, um pouco por todo o lado e em quase todos os ramos de actividade.
    O caminho do espaço também passa por um olhar pela “casa” humana, a Terra, sendo que a legislação anda distraída, e precisa de ouvir mais os protagonistas da ciência de todas as áreas.

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