Apelo do Presente para o Futuro: Ética e Moral nestes Dias

A retribuição é algo que aprendemos a fazer quando descobrimos que precisamos de ajudar para um dia termos essa ajuda de volta ou uma recompensa. Contudo, o simples facto de ajudar já é um prazer. É também uma característica da moral, que diz “faz isto e não aquilo”, que escolhe o que de melhor se deve fazer.

É bom que a comunidade estudantil não seja sufocada pois eles são o futuro… aliás, são já o presente com as suas investigações fantásticas. Devemos muito a quem sabemos que luta pelo melhor do nosso mundo, pela qualidade de vida e pelo planeta. O presente está em risco, as universidades estão em risco e todos nós estamos, porque há especulação.

Na ciência a especulação dá origem a novas hipóteses que abrem novos caminhos, novas promessas. Na política e na economia a especulação tem a tendência de baixar ou elevar o preço de um bem ou serviço para poder ser transaccionado a preços que os especuladores pretendem. Poderá não ser o preço real mas é o que dá jeito, por isso se especula. O problema é que o povo, que compõe o estado, é alvo de especulação. O problema é que os políticos decidem os caminhos a seguir por todo o povo. O problema é que o povo é formado por pessoas ricas que conseguem fugir a impostos e pessoas que não têm grande poder financeiro nem de escape a impostos e imposições que não compreendem. Todos estes problemas juntos dão uma grande dor de cabeça. Quando pensamos que já pagamos as multas impostas por diversos motivos, ou que não devemos nada, lá vem um desdizer de um serviço público “afinal tem de pagar isto que tinhamos informado que não precisava de pagar… naquela altura”. O que pensamos que não é justo fazermos aos outros, o Estado acha obrigação fazer ao povo, que é o Estado…

Felizmente os problemas são oportunidades de nos ajudar. Dar algo de nós a quem necessita e se esforça (não me refiro àquela gente que pede sem fazer nada ).

O que acho mais triste são dois pontos:

             1 – A especulação desmesurada que nos afunda e as escolhas que não são feitas por nós, até certa medida. Sei que há votos numa democracia e que a abstenção tem mais votos mas não tem um senhor a governar. Mas é chato promover uma calma e, quando o cargo está firme dizer que vai ser pior.

             2 – Tantas pessoas que escapam aos cortes. Pessoas que recebem subsídios sem os merecer. São pessoas sem ética nem moral. São pessoas que ficam caladinhas antes que lhes roubem o docinho. Acho isso triste, muito mesmo. Acho triste os professores que pertencem, também, à função pública ganharem menos que outros e não terem ajudas de custo. Além disso, fazem mais pelo país do que os que ganham mais do que eles!

Não estou a apelar a uma violência ou prender as pessoas que se andam a escapar e a roubar €2000, para além do salário (e a morarem perto do emprego), ao Estado enquanto vêem caladinhos e encolhidinhos os velhotes a ficarem sem medicamentos ou os professores a percorrerem 200 Km para dar aulas e a pagar do bolso deles (!), mas apetecia-me.

A ética deveria estar implantada em cada um de nós, mas vemos que muita gente não a tem e dificilmente a terá. Mas nós temos! Temos ética, moral e capacidade de poder ajudar da forma que conseguirmos. Podemos demonstrar que a moral e a ética são o caminho da evolução.

Tenho visto nas notícias coisas fantásticas. Voluntariado para ajudar quem precisa

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O futuro está aqui, ao nosso lado! Começamos a ter exemplos e devemos dar-lhes força ao promovê-los e ao seguir o mesmo caminho.

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Precisamos de cuidar do nosso Presente para um dia não estarmos sem Futuro.

1 comentário

  1. O post começou com uma coisa que não gostei muito.. A retribuição não é uma coisa que se faça com o interesse de termos algo em troca no futuro… Eu acho que a retribuição já é o “dar algo em troca” de alguma contribuição que houve no passado; já é a resposta a algo que nos foi feito antes. No antigamente, podiamos contribuir a contar que na reforma depois tivéssemos alguma retribuição.. Mas se algum chico-esperto mudar as regras em menos tempo que nós demoramos a reformarmo-nos, lá se vai essa assumpção..

    Com o resto do posto, não discordo muito..
    ..Mas.. Um alemão há uns dias comparou o ajudar (emprestando dinheiro) um país em dificuldades financeiras (cujo próprio sistema de governo dá prejuizo) a dar uma garrafa de vinho a um alcoólico. De certa forma, o alcoólico tem que deixar de ser alcoólico antes (ou durante) o consumo daquilo que se lhe der (para que esse contributo seja útil). O que é certo é que se um alcoólico não recebe álcool morre, e se recebe em demasia só piora a situação.
    Nisto, o que se faz? Como se trata um alcoólico destes? (se houver várias respostas para isto, não é boa ideia andar a mudar sempre entre as alternativas)
    Há um incêndio; não temos água para apagar o fogo; o que se faz? pede-se água emprestada e a cada copo de água que nos dão nós usamo-lo para tentar apagar o incêndio?.. Será que resulta? Ou só se apaga um fogo quando já se tem água em quantidade certa?
    Se a minha solidariedade para com outros não for aproveitada devidamente, deverei continuar a fornecer o meu donativo? Uns dirão que “sim”, com a desculpa que estarei a fazer o meu melhor, mas alguém que tenha um sentido de estratégia mais elaborado irá querer garantir que está realmente a ajudar com alguma eficácia. Por isto há quem prefira contribuir com objectos ou trabalho, em vez de contribuir com dinheiro. Por causa disto é que veio uma troika cá impôr algumas regras..
    Agora espero que se com as regras impostas isto não for ao sítio, a troika seja responsabilizada por não sugerir as coisas adequadas (A menos que eles não nos quisessem ajudar aa nós, e só quisessem ter garantias que iam fazer negócio). Mas pronto, isso de responsabilizar políticos e respectivas políticas é uma coisa “complicada”…

    Gerir a “abundância” é uma coisa complicada. Quando não é feita, nunca mais será feita a essa mesma “abundância”, porque essa “abundância” vira “carência”, e até que venha mais abundância a seguir, leva tempo, muito tempo. A abundância é difícil de gerir, porque a certa altura parece tanto que se pode tirar um pouco de luxo de lá (em proveito próprio ou do país) sem que ninguém note.. Ou então a quantidade é tanta, que outros vão querer um bocadinho dela…
    Penso que o tempo dos governantes que ficam com um pouco de proveito próprio, está em declínio… Mas infelizmente, penso que o novo problema que está a surgir, são estes “outros”, que vêem uma oportunidade de negócio num estado que já foi consumido por dentro pelos governantes ou por má gestão.. Eles é que são capazes de criar toda esta especulação.. Querem lá saber que neste produto de negócio existem pessoas e nações lá dentro?
    Mas há quem tenha opinião que se um estado paga as dívidas todas e depois começa a dar lucro, é mau, porque isso significa que já não vai voltar a pedir emprestado, e consequentemente, lá se vai a oportunidade de fazer dinheiro com os juros.. Oh, que chatice!..

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