Olhos não Lêem, Cérebro não Aprende – Parte II

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Nos tratamentos pseudo há coisas muito bonitas que se podem dizer e que é maravilhoso ouvir. Eu acho de grande perigo. Vejamos: “doem-me as costas e o chinês vai à causa e trata-me, enquanto o médico dá-me químicos”. Que perigo!  Esses medicamentos também são químicos e o chinês, ou lá o que for, não vai à causa, ele diz coisas bonitas mas que cientificamente é o mesmo que dizer “o 9 azul é feliz porque a nuvem faz sol”. Quanto à cura, como é um tratamento milenar, toda a gente sabe como é, esquece-se facilmente quando nada acontece.

Já se escreveu, e muito bem, sobre o que é químico e o que é natural. A água é quimica ou natural? Muitos medicamentos naturais são sujeitos aos mesmos processos que os produtos farmacêuticos mas ninguém se apercebe. Como se chega, então, à composição e à forma de alguns comprimidos? Certamente não são esmigalhados à mão, ninguém dá a forma de comprimidos apertando-os com os dedos.

O que mais admiro nos leigos é a capacidade de transformarem uma informação noutra que mais interessa. É uma capacidade de transformismo admirável. É gente que é contra a toma de comprimidos das farmácias, designados por químicos, mas quando estão doentes tentam tratamentos de acupuntura e, de seguida, lá vai um brufen e um actifed.

Recentemente ouvi que há um produto caseiro muito bom para matar os bichos que estragam as plantas. É um detergente, um químico. Nesta segunda parte venho mostrar como é fácil encontrar pessoas que querem tratamentos “naturais” mas logo tomam os “químicos” dos bandidos. Se eu disser que um detergente de roupa é bom para as plantas porque temos em casa e é natural, há gente, acreditem que é verdade, que vão acenar positivamente e confirmar que sim, que “esses produtos naturais é que são bons. Agora aqueles químcos que se põem nas plantas… esses é que não!”

Para justificar a imagem deste post é fácil. Torna-se relativamente fáciil dizer que 1+1=3, também é fácil fazer alguém acreditar. Eu cá não acredito no 1+1=3 matemático, embora acredite que 1+1 pode, de facto ser igual a 3 noutros contextos. Quando vejo a solução, eu não a aceito sem fazer o raciocínio até lá chegar.

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