Dia da Independência

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A 4 de Julho de 1996 estreou o filme Independence Day (apelidado de ID4).

Em 1996, a internet estava na sua infância.
Lembro-me que a internet tinha chegado em larga escala à minha universidade no ano anterior ou dois anos antes.
Em 1996, praticamente todos os screen savers nas salas de computadores passaram dias a publicitar este filme. Do género: “Faltam 3 dias para a invasão extraterrestre”, “Faltam 2 dias para a invasão extraterrestre”, etc.

Foi uma brilhante estratégia de marketing que teve um sucesso extraordinário: bateu todos os recordes de audiência.

O filme tem uma boa ação.
Teve excelentes efeitos especiais e visuais (a cena da Casa Branca a ser destruída é fenomenal e icónica).
Tem também um sentido de humor muito bom. Sobretudo em cenas de Jeff Goldblum e cenas de Will Smith. Gostei especialmente da cena com os “maluquinhos” com cartazes no topo do edifício a abençoarem a chegada dos OVNIs alienígenas e a serem destruídos pelos ETs. Também gostei do dono da estação de televisão a dizer que era o fim do mundo, por isso tinha que tentar salvar as pessoas mais próximas, como o irmão, a mulher da limpeza, etc, mas não o advogado 😀
É um “feel good movie”. Um filme para a pessoa se sentir bem no final.

No entanto, a história é demasiado simplista.
E o filme promove os valores americanos e o seu dia da independência (independência dos EUA = independência dos humanos). O discurso do Presidente é para enaltecer os EUA. É um filme demasiado nacionalista.

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De resto, o filme resume-se a estes erros de pensamento racional:

– enormes naves alienígenas aparecem nos céus da Terra. É dito que a nave-mãe tem 1/4 da massa da Lua! Essas naves têm um enorme poder tecnológico e de armamento, claro. Os alienígenas são, obviamente, muito mais avançados que os terrestres. Mas não conseguem ganhar em poucos minutos… e no final, como sempre, até perdem!

– por vezes, os ETs entram em combates de corpo-a-corpo com os humanos. A racionalidade é similar aos humanos estarem em guerra com as formigas, e em vez de matarem logo imensas formigas com calcadelas e fazendo explodir os locais onde vivem, os humanos preferirem diminuir de tamanho para lutarem com os punhos contra elas.

– por incrível que pareça, um humano com 2 braços consegue dar um murro num alienígena com vários tentáculos.

– os alienígenas têm o poder da telepatia e conseguem entrar na mente dos humanos (conseguem atacar a mente humana). Curiosamente, não usam isso para ganharem facilmente. “Preferem” ser capturados e torturados.

– um humano bêbado que nem num campo com quilómetros acerta, consegue acertar num buraco de uma nave extraterrestre.

– o presidente dos EUA é um dos pilotos de combate. Alguém se esqueceu de lhe explicar o protocolo.

– um piloto humano consegue em 10 segundos (após errar na mudança e colocar marcha-atrás em vez de “para a frente”) conduzir uma nave que deveria ser completamente alienígena para si.

– na civilização humana, conseguir conciliar MACs e PCs é problemático. Mas conciliar computadores terrestres com computadores totalmente alienígenas já não é problemático. São perfeitamente compatíveis… Pois…

– em Star Wars, o Império constrói Death Stars com erros básicos de design. Basta um disparozito no sítio certo e tudo se desmorona. Neste filme é a mesma coisa, já que a nave-mãe consegue suportar bombas nucleares mas deixa um buraco aberto para o caso de alguém querer entrar por lá para a destruir.

– além disso, toda a frota está tão mal concebida que supostamente basta deitar uma nave-mãe abaixo, que cai tudo. E essa nave-mãe é tão importante que é deixada bastante desprotegida e acessível aos humanos.

– é promovida a conspiração ao redor da Área 51. Não podem ter uma “zona 45” da próxima vez? Só para ser diferente…

– os ETs são insectóides, ou seja, a sua aparência promove o medo nos humanos, mas por outro lado são familiares (parecem insectos, com olhos, boca, etc, no “sítio normal onde deveriam estar caso fossem terrestres”).

– os humanos ganham sempre, apesar de serem primitivos (em relação aos invasores extraterrestres).

Isto é o que me lembra do filme de 1996, sem o ter visto entretanto.
Se o vir novamente, provavelmente lembrar-me-ei de mais alguns aspetos ridículos.
Se se lembrarem de mais algumas irracionalidades, deixem-nas aqui nos comentários 😉

Eu resumiria o filme como: dumb fun.

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Independence Day: Resurgence é a sequela que saiu este ano.

Esperamos 20 anos por uma sequela e saiu isto: uma desilusão.

O filme desta vez saiu a 24 de Junho e não a 4 de Julho, que é o Dia da Independência. Não se entende.

O filme teve uma campanha de marketing que deixou muito a desejar: a anos-luz da campanha de há 20 anos.

Algumas personagens são as mesmas de há 20 anos. No entanto, para quem não viu o primeiro filme ou já não se lembra de algumas personagens de há 20 anos (!!), torna-se confuso saber como “elas apareceram”.

Sem Will Smith, e com um bastante tímido Jeff Goldblum, o filme não teve graça.

A versão em 3D é um completo desperdício de dinheiro. Não traz qualquer vantagem ao filme.

Deixou de ser um “feel good movie”. Não nos sentimos bem, sentimo-nos enganados.

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Ou seja, sem os pontos positivos do filme de há 20 anos atrás, o que resta são as falhas ao nível do pensamento racional:

– mais uma vez, enormes naves alienígenas (ainda maiores) aparecem nos céus da Terra. Essas naves têm um enorme poder tecnológico e de armamento, claro. Os alienígenas são, obviamente, muito mais avançados que os terrestres. Mas não conseguem ganhar em poucos minutos… e no final, como sempre, até perdem!

– note-se que só a passagem das naves, devido à sua enorme massa e, consequente, poder gravitacional próprio, faz com que cidades inteiras sejam destruídas. Nem é preciso mais nada, só a gravidade. No entanto, os alienígenas, mesmo assim, perdem. Quando lhes bastaria passearem pelo céu…

– mais uma vez, pilotos humanos conseguem rapidamente pilotar naves extraterrestres!

– mais uma vez, basta uma bombazita numa nave, que tudo se desmorona!

– por vezes, como dentro da nave alienígena, os ETs entram em combates de corpo-a-corpo com os humanos, sem qualquer necessidade. Podiam ter morto os humanos num instante.

– desta vez, até a Raínha decide combater “corpo-a-corpo” com os Humanos. Ridículo.

– e sendo a Raínha, como é que ela está tão desprotegida? Ela não sabe que se deveria proteger em 3D, em vez de deixar que a ataquem de cima? Pelos vistos, não. São alienígenas tão avançados, mas com pouca inteligência…

– mais uma vez, toda a frota está tão mal concebida que supostamente basta deitar uma nave-mãe abaixo, que tudo o resto decide ir-se embora. Sim, além da nave-mãe e da Raínha estarem bastante desprotegidas e acessíveis aos humanos, também acontece que apesar de ainda existirem inúmeras naves enormes ao redor da Terra que poderiam facilmente exterminar os humanos, quando os alienígenas veem que perderam uma nave importante, decidem todas ir-se embora.

– desta vez existe uma outra raça alienígena que é… virtual e supostamente vem nos ajudar, apesar deles próprios terem praticamente sido exterminados. Sinceramente, esta parte (que é nova, em relação ao primeiro filme) é tão absurda que nem sei bem o que dizer. Todo o conceito é tão estúpido que nem merece grande análise.

– continua a ser promovida a conspiração ao redor da Área 51.

– os ETs continuam insectóides demasiado terrestres.

– os humanos ganham sempre, apesar de serem primitivos (em relação aos invasores extraterrestres).

Eu resumiria o filme como: just dumb.

Infelizmente, no final do filme fica-se a saber que irá existir mais uma sequela: uma viagem interplanetária, em que os Humanos vão ao planeta dos alienígenas para os derrotarem.
Eu vou torcer pelos alienígenas…

É que os alienígenas ainda não nos fizeram qualquer mal.
Já os Humanos fartam-se de nos torturar com este tipo de filmes…

16 comentários

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    • Dinis Ribeiro on 12/10/2016 at 10:19
    • Responder

    Quanto a este comentário:

    “desta vez existe uma outra raça alienígena que é… virtual e supostamente vem nos ajudar, apesar deles próprios terem praticamente sido exterminados. Sinceramente, esta parte (que é nova, em relação ao primeiro filme) é tão absurda que nem sei bem o que dizer. Todo o conceito é tão estúpido que nem merece grande análise.”

    Devo dizer que não partilho essa opinião.

    Não penso que o conceito dessa outra “raça alienígena” seja nada estúpido, pelo contrário…

    O seu avanço técnico, pode ter sido o seu pomto fraco…

    Sugestão:

    “Superiority” is a science fiction short story by Arthur C. Clarke, first published in 1951. It depicts an arms race, and shows how the side which is more technologically advanced can be defeated, despite its apparent superiority, because of its own organizational flaws and its willingness to discard old technology without having fully perfected the new.

    Meanwhile, the enemy steadily built up a far larger arsenal of weapons that while more primitive were also more reliable.
    The story was at one point required reading for an industrial design course at the Massachusetts Institute of Technology

    https://en.wikipedia.org/wiki/Superiority_(short_story)

    Quem quiser pode ler neste link: http://www.mayofamily.com/RLM/txt_Clarke_Superiority.html

    Arthur C Clarke Warned Us About The F-35 And Its Damning Costs
    http://foxtrotalpha.jalopnik.com/arthur-c-clarke-warned-us-about-the-f-35-and-its-damnin-1585237830

    The fantastic and haunting short story “Superiority,” written by the science fiction visionary Arthur C. Clarke in 1951, warns us about the opportunity cost of getting into a cycle of developing ever more complex and costly weaponry while sacrificing more numerous and proven systems in the process.

    It is an essay on numerical advantage, over-optimistic design goals, wanting to believe manufacturer excuses and the internal threat posed relying solely on exceedingly complex systems.

    The Air Force’s Rationale For Retiring The A-10 Warthog Is Bullshit
    The fact that the USAF is so willing to throw away 300 of the finest close air support platforms…

    1. Dinis,

      Note que disse que não concordava, mas não explicou porquê.

      Em vez de dar argumentos para a sua opinião, fez copy-paste da wikipedia de uma raça que aparentemente nada tem a ver com a descrita aqui…

      A raça descrita no filme é virtual e foi exterminada.

      abraços

        • Dinis Ribeiro on 13/10/2016 at 19:37

        Carlos,

        Olá e obrigado pela pergunta. 🙂

        Do modo como é descrita no filme, pelos comentários do cientista (quando toca na esfera e esta emite vários diagramas coloridos), parece-me óbvio que é uma raça tecnologicamente e cientificamente mais avançada do que a raça que invade a terra.

        Só que isso não lhes serviu de nada, justamente como acontece no conto “Superiority” a uma outra “raça” que também era mais avançada. É esse o paralelo que eu vejo entre as duas obras.

        “A raça descrita no filme é virtual e foi exterminada.”

        O que é uma “raça virtual”? No filme, a nave e a esfera que vai lá dentro têm realidade física, não são “virtuais”.

        A nave “esférica” é atingida pelas defesas dos humanos na base lunar (o tal canhão com uma espécie de “laser” verde)quando sai dum “worm-hole” e os humanos assustados pensam que é um ataque… (aliás, ignorando a opinião do Jeff Goldblume que é o mais científico e que não consegue evitar que disparem) e os seus destroços são visitados pelos humanos que removem do “debris field” a tal esfera que trazem para a terra.

        Dá-me a impressão que é uma forma de vida cibernética, uma fusão entre os seres que a criaram e computadores muito avançados.

        Este conto de 1951 é tão famoso na bibliografia sobre estratégia que o texto integral até está online.

        ” Quem quiser pode ler neste link: http://www.mayofamily.com/RLM/txt_Clarke_Superiority.html

        Como parti do princípio que a maioria das pessoas nem sequer iria ter paciência de ler o pequeno conto, pensei que era melhor deixar o link da wikipedia para quem se quiser familiarizar, só para dar um pouco mais de contexto á questão,

        Evidentemente que é apenas um ponto de partida para uma eventual pesquisa aprofundada sobre esse (conhecido?) conto do autor do 2001 Uma Odisseia no Espaço, que além de ter feito parte do currículo de cadeiras de design do MIT também é estudado e citado profissionalmente a nível de paradigmas de estratégia militar, e da importância dos “pontos fracos” e de como isso é perigoso ao se tentar resolver “todos os problemas” com avanços tecnológicos, num campo de batalha.

        A inferioridade numérica é um problema muito sério que nem sempre se consegue resolver com o uso de tecnologias mais avançadas.

        Realmente o filme mostra um cenário de grande militarização do espaço, e mesmo que uma pessoa esteja contra essa opção, isso não implica necessariamente que neste filme seja tudo 100% pseudo-científico”.

        O filme está exagerado? Sim. Isso é evidente. Mas se virmos todos os planos de militarização do espaço da administração Reagan, e todo o dinheiro que foi investido desde 1983 até hoje na “Guerra das Estrelas” (Não estou a falar do filme de George Lucas) este filme, limita-se a ilustrar alguns desses “sonhos”.

        Este filme é dos poucos que ousa mostrar uma base lunar militar internacional usada para defender a terra de invasores. E ainda por cima, usando cópias das armas deles, com o que ficou da primeira invasão sem lhes pagar direitos de autor… 😉

        É um cenário de “Reverse Engineering” em escala industrial, misturado também com a ideia da “Operação Paperclip” que trouxe o Von Braun para os Estados Unidos.

        Há muito conteúdo “militar” neste filme, por exemplo, numa sequência de combate aéreo que é copiada sem vergonha nenhuma do filme “Pearl Harbour”, quando as duas naves terrestres fingem que voam uma contra a outra e se desviam no último momento…

        Nesse sentido a história não é lá muito “correta politicamente” pois existe um enorme e genuíno consenso a nível mundial para que as atividades espaciais sejam pacíficas.

        A tal “raça avançada” que vem pedir ajuda aos humanos, provavelmente também tinha um programa espacial sobretudo pacífico, e talvez por isso não se conseguiram defender.

        Na realidade, no filme julgo lembrar-me de que essa “raça” não foi totalmente exterminada, pois está a organizar a resistência contra aquela “raça” que invade a terra pela segunda vez.

        E (justamente) convida os humanos “agressivos” para liderar a resistência, por serem capazes de fazer frente e enfrentar com sucesso, mesmo que seja “aos murros” (eu vejo isso a nível simbólico, e não dum modo literal) a tal raça com a nave enorme que anda a causar problemas.

        Sobre esta problemática toda, a minha opinião é a de que é possível um ponto de equilíbrio entre os dois extremos.

        Entre uma militarização feroz das atividades espaciais, deixando os civis de fora ou excessivamente subalternizados, e a proibição total da presença de militares no espaço, com atividades exclusivamente pacíficas, eu gostaria que fosse possível encontrar um compromisso razoável…

        Nesse sentido, há um conceito que é usado pela NASA, pela ESA, e por muitas outras agências espaciais, que é o de “Dual-use technology”… isso até foi referido na sondagem de 10 de Setembro, em que a ESA pediu a opinião de pessoas em 22 países.

        https://en.wikipedia.org/wiki/Dual-use_technology

        In politics and diplomacy, dual-use is technology that can be used for both peaceful and military aims.

        More generally speaking, dual-use can also refer to any technology which can satisfy more than one goal at any given time.

        Thus, expensive technologies which would otherwise only serve military purposes can also be used to benefit civilian commercial interests when not otherwise engaged such as the Global Positioning System.

      1. Compreendido! 😉

        “O que é uma “raça virtual”?”
        — Boa Pergunta! Não sei. Mas é o que a “esfera” diz. Que pertence a uma espécie que abandonou os corpos biológicos há alguns milénios atrás e passou a ter uma existência virtual… 😉

        abraços!

    • Dinis Ribeiro on 07/10/2016 at 17:18
    • Responder

    Não há nada que se aproveite no filme?

    1. Talvez algum entretenimento. Mesmo assim, muito menor que o primeiro 😉

    2. Tem sim! O filme demonstra que apesar de todo o avanço tecnológico dos alienígenas, eles têm sérias desvantagens: eles não lutarão em casa, mas sim no campo inimigo; enfrentarão uma raça inteligente hostil (nós) e estarão em busca de recursos, pois se não precisassem e se não fossem dependentes de matéria prima, não se dariam ao trabalho de cruzarem dezenas, centenas ou mesmo milhares (o filme não nos permite falar em escalas) de anos luz atrás de um núcleo planetário como o nosso.

      Lutar no próprio campo de batalha é sempre uma vantagem, no caso para os humanos, e cada invasão interestelar, ou intergalática, para os extraterrestres, é um caso individual, uma leve alteração do campo gravitacional ou da atmosfera pode alterar toda a forma de invasão. Não dá para generalizar e achar que sempre o mais avançado irá vencer, sem qualquer dificuldade, principalmente quando a luta não é em um campo neutro. Os EUA apanharam do Vietnã, mas eram incomparavelmente mais avançados tecnologicamente! Acredito que por mais desenvolvida que seja uma espécie alienígena qualquer viagem entre as estrelas será difícil e causará uma série de transtornos e aqui lanço mais um exemplo individual, que embora não se refira a invasões espaciais e espécies alienígenas, porque até hoje não tivemos nada semelhante, demonstra bem as dificuldades técnicas pelas quais passa qualquer espécie inteligente. Com efeito, aviões, que utilizam uma tecnologia antiga, ainda provocam acidentes nos dias de hoje e sempre vão provocar. De fato, por mais avançada que seja uma civilização agressora, haverá falhas, porque ela não é perfeita e isso (a imperfeição) é uma característica primária do nosso universo. Logo, não dá para reduzir nossas chances, nem dá para ser tão derrotista e pessimista como algumas pessoas por aí que aceitariam passivamente a destruição da raça humana.

      Também há tecnologias diversas em diversos estágios. Às vezes a tecnologia militar não era grande coisa, 1 na escala KArdashev, mas a de voo entre as estrelas era de uma civilização 3 na escala kardashev. Outros casos individuais: doenças de países ricos sempre têm cura ou tratamento, doenças de países pobres não; a tecnologia militar humana é avançada, mas a de retirada de carbono da atmosfera não é, nem a de energia solar.

      E de toda forma, há a soberba, que é diferente de burrice, mas que às vezes leva ao mesmo resultado prático. Os alienígenas foram arrogantes, por isso perderam. Nestes pontos, não vejo nada de errado no filme.

      Abraços! 😉

  1. – por vezes, como dentro da nave alienígena, os ETs entram em combates de corpo-a-corpo com os humanos, sem qualquer necessidade. Podiam ter morto os humanos num instante.

    Resposta: não podemos superestimar os invasores
    —————

    – os ETs continuam insectóides demasiado terrestres.

    Resposta: é preciso manter a coerência com o primeiro filme

    1. “somos tecnologicamente mais avançados que as pragas urbanas e mesmo assim nunca conseguimos acabar com elas”

      – não faz sentido essa resposta se considerarmos as escalas e o número.
      É comparar o incomparável.

      “não dá para envenenar todo o planeta e explodir tudo e também não dá para esperar a total ausência de reação.”

      – É óbvio que dá.

      “eles são criaturas orgânicas e frágeis e naquele caso o alienígena havia acabado de cair com sua nave.”

      – os humanos também são frágeis e o humano também havia acabado de cair com sua nave.
      Estavam assim exatamente ao mesmo nível.

      “nem todos os alienígenas são bons telepatas, assim como nem todos jogadores de futebol são o Messi”

      – uma coisa é o talento individual, outra coisa é uma característica sensorial de uma espécie.
      O filme afirma que a telepatia para os ETs será o mesmo que a visão para nós.

      “o buraco era grande”

      – o campo também.

      “os alienígenas sabiam que não tínhamos tecnologia para atacar a nave-mãe”

      – ou seja, afinal eram tecnologicamente avançados mas burros…

      “Portugal ganhou a Eurocopa sem o CR7, até o começo da competição isso era impossível acontecer”

      – mais uma vez, estou a falar de uma espécie, e o Cezar argumenta com casos individuais…

      “não podemos superestimar os invasores”

      – não só podemos como devemos: essa é a premissa do filme. Sem isso, não há filme nem drama.

      “é preciso manter a coerência com o primeiro filme”

      – concordo que o filme seja coerente, mas continua limitado de pensamento nessa ideia.

      abraços!

  2. – enormes naves alienígenas aparecem nos céus da Terra. É dito que a nave-mãe tem 1/4 da massa da Lua! Essas naves têm um enorme poder tecnológico e de armamento, claro. Os alienígenas são, obviamente, muito mais avançados que os terrestres. Mas não conseguem ganhar em poucos minutos… e no final, como sempre, até perdem!

    Resposta: somos tecnologicamente mais avançados que as pragas urbanas e mesmo assim nunca conseguimos acabar com elas
    —————–
    – por vezes, os ETs entram em combates de corpo-a-corpo com os humanos. A racionalidade é similar aos humanos estarem em guerra com as formigas, e em vez de matarem logo imensas formigas com calcadelas e fazendo explodir os locais onde vivem, os humanos preferirem diminuir de tamanho para lutarem com os punhos contra elas.

    Resposta: uma hora o combate teria que ser corpo a corpo, para acabar com os sobreviventes, não dá para envenenar todo o planeta e explodir tudo e também não dá para esperar a total ausência de reação.
    ————–
    – por incrível que pareça, um humano com 2 braços consegue dar um murro num alienígena com vários tentáculos.

    Resposta: eles são criaturas orgânicas e frágeis e naquele caso o alienígena havia acabado de cair com sua nave.
    ———–
    – os alienígenas têm o poder da telepatia e conseguem entrar na mente dos humanos (conseguem atacar a mente humana). Curiosamente, não usam isso para ganharem facilmente. “Preferem” ser capturados e torturados.

    Resposta: nem todos os alienígenas são bons telepatas, assim como nem todos jogadores de futebol são o Messi
    ————–
    – um humano bêbado que nem num campo com quilómetros acerta, consegue acertar num buraco de uma nave extraterrestre.

    Resposta: o buraco era grande
    ———-–

    E essa nave-mãe é tão importante que é deixada bastante desprotegida e acessível aos humanos.

    Resposta: os alienígenas sabiam que não tínhamos tecnologia para atacar a nave-mãe
    —————
    – os humanos ganham sempre, apesar de serem primitivos (em relação aos invasores extraterrestres).

    Resposta: Portugal ganhou a Eurocopa sem o CR7, até o começo da competição isso era impossível acontecer

  3. Como seria o seu filme de ação de invasão alienígena?

  4. Vi ontem ofilme.como me arrependi.
    para além de todas as falhas que apontou,refiro mais uma:
    O dr. Chanfrado (n me recorda o nome), esteve 20 anos em coma. Acorda e consegue logo andar normalmente,e melhor, consegue saber (apesar de ter estado em coma 20 anos,e a tecnologia ter evoluido muito nesse tempo) que,tablets,telemóveis,etc,deixam um “rasto” identificativo. Ele sabetia o que são tablets? Em 1996 não existiam… ☺

    1. 😀 bem visto! 😀

    • António Castanheira on 05/07/2016 at 15:31
    • Responder

    Carlos, posso dar-lhe um conselho?

    Não volte a rever o filme, não estrague as suas memórias!…O filme é mau demais e, provavelmente, você só gostou do filme porque o viu ainda em idade (demasiado) jovem…

    Além do nacionalismo bacoco e dos efeitos especiais catástrofe que enjoam até à medula e de que já falou, se o vir actualmente não irá encontrar nada que, pelo menos, o divirta plenamente…

    Deste filme retive a cena logo do início em que um humano dispara contra uma nave/caça de um ET, faz com que a nave se despenhe, retira o piloto/ET da nave através da carlinga e enfia-lhe depois duas “pêras”, comemorando alarvemente o feito. Pareceu-me simplesmente demasiado bacoco e apenas consegui assistir mais duas dezenas de minutos para confirmar que era demasiado mau.

    E o pior é que este foi o filme-modelo para uma infinidade de aberrações que passaram a povoar os nossos cinemas, já para não falar da própria sequela!…

    1. 😀

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