Rezar pelas vacinas

Toda a gente espera pelas investigações ao vírus, sobretudo às vacinas.
Toda a gente assume que é esse produto da ciência que nos vai salvar.
É curioso ver que, ultimamente, os investigadores e os médicos são vistos como os novos “deuses”.
Não são seres sobrenaturais ou mágicos.
Exemplo disto é, por exemplo: toda a gente se interessar, na televisão e na internet, pelas notícias sobre vacinas. Mal ou bem, a parabenizar ou a criticar, o facto é que toda a gente dá atenção a essas notícias.
Finalmente, começa-se a dar a devida importância ao estudo e à investigação científica.
Eu espero é que esta lição de humildade, em face do conhecimento científico, se mantenha após a pandemia.
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
2 comentários
“Eu espero é que esta lição de humildade, em face do conhecimento científico, se mantenha após a pandemia.”
Lamento, não se manterá. Primeiro, porque as pessoas são oportunistas, só aceitam o cientista em situações muito específicas; depois disso, tornam novamente a enxergar o cientista como o nerdão sem vida social e o jogam para escanteio. Segundo, porque as pessoas também padecem da crônica memória curta, passado um tempo após o término da pandemia, ninguém mais se lembrará desses “heróis”, simplesmente se esqueceram que já os endeusaram.
Há esperança , mas a realidade da mentalidade brasileira me faz acreditar que ela é ilusória. Visto os constantes cortes, desde 2015, na CNPq, Capes e FNDCT. Depois que essa crise deixar de ser majoritariamente sanitária e se tornar mais financeira esses cortes voltarão. Vejo que os governos vão continuar a contratar caciques para fazer chover, homeopatia continuará no SUS, os pastores venderão suas relíquias sagradas e etc.