Casos Raros
Nos EUA, atualmente os grandes argumentos do movimento anti-vacinação dizem respeito aos chamados “breakthrough cases“: os casos raros, as exceções à lei, de infetados e mortes de pessoas vacinadas.
Como a denominação adoptada (“breakthrough“) não foi a melhor, os anti-vacinas assumem que estes casos são os “mais especiais”, aqueles casos que “deitam abaixo a eficácia das vacinas”.
Mas não.
Os raros “breakthrough cases” provam, precisamente, a grande eficácia das vacinas.
O facto das vacinas não serem 100% eficazes (não é suposto serem), não quer dizer que não sejam 99% eficazes.
Por exemplo, olhando para o estado da Califórnia, em Julho, em cada 1000 casos de pessoas infetadas, 986 eram não-vacinadas, e somente 14 eram vacinadas.

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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
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Cartoon a retratar esta lógica anti-vacinas:
https://www.astropt.org/2021/08/18/vacinas-e-armaduras/