Imagens de Mercúrio pela BepiColombo

Crédito: ESA

A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou as primeiras imagens do planeta Mercúrio, enviadas pela sonda BepiColombo.

A missão BepiColombo irá fazer 6 sobrevôos sobre o planeta Mercúrio (um já foi feito), antes de entrar na órbita do planeta em 2025.

Na sua primeira aproximação (sobrevôo) ao planeta Mercúrio, a sonda esteve a cerca de 199 quilómetros de distância da superfície do menor planeta do sistema solar.

Nesta imagem feita pela sonda, conseguimos ver “o hemisfério norte de Mercúrio, incluindo a Planície de Sihtu, inundada por lavas. Uma área arredondada, mais suave e brilhante do que os seus arredores, caracteriza as planícies que circundam a cratera Calvino, chamada Planície de Rudaki”.
A imagem também mostra a cratera Lermontov de 166 quilómetros de largura, “que parece brilhante porque contém características únicas de Mercúrio chamadas de “cavidades”, onde elementos voláteis escapam para o espaço”, revelando “uma abertura onde ocorreram explosões vulcânicas”.

Crédito: ESA

A missão BepiColombo é uma homenagem ao cientista Giuseppe (Bepi) Colombo, conhecido pelos seus trabalhos sobre o planeta Mercúrio.

A sonda BepiColombo é composta, na verdade, por duas sondas acopladas.
O Mercury Planetary Orbiter (MPO), da Agência Espacial Europeia (ESA), vai mapear a superfície do planeta (topografia), estudar a sua estrutura e recolher dados sobre a sua composição interna. Os dados recolhidos por esta sonda poderão ajudar a explicar a elevada densidade do planeta (que detém um enorme núcleo bastante rico em ferro). A sonda também poderá esclarecer se o manto de Mercúrio é sólido ou líquido. Por fim, poderá desvendar se existem vestígios de água em crateras nas regiões polares.
O Mercury Magnetospheric Orbiter (MMO), da Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa (JAXA), irá investigar a magnetosfera de Mercúrio. É estranho Mercúrio ter um campo magnético (tal como a Terra, mas muito mais fraco que o terrestre), quando a Lua, Vénus e Marte não o têm atualmente.

Crédito: BBC

Parece fácil enviar sondas para planetas no sistema solar.
Assumimos que a matemática é fácil de modo a que a sonda chegue ao planeta, não onde ele está agora, mas sim onde estará dentro de alguns anos, após a sonda receber acelerações gravitacionais (manobras de assistência gravitacional) ao passar por outros planetas no sistema solar, como aconteceu com a BepiColombo.

Tal como no caso das vacinas, também no caso do envio das sondas espaciais, o sucesso científico é tanto, que dá a entender erradamente às pessoas que as coisas “nem dão trabalho nem são necessárias”.

Neste caso do envio da sonda para Mercúrio ainda existe um problema adicional: a enorme força gravitacional exercida por aquela “estrelita” perto do planeta, chamada Sol.

Crédito: ESA

Mercúrio tem algumas características orbitais interessantes.
O dia (rotação sobre o seu eixo) em Mercúrio dura quase 59 dias terrestres (quase 2 meses terrestres).
O ano (órbita ao redor do Sol) em Mercúrio demora cerca de 88 dias terrestres (quase 3 meses terrestres).
Ou seja, se estivéssemos na superfície de Mercúrio, em cada 2 anos, teríamos 3 dias – o que é o mesmo que dizer que Mercúrio completa três rotações em torno do seu eixo a cada duas órbitas ao redor do Sol.

Fonte: ESA

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