Caçar seres inexistentes

Faz-me sempre confusão ver programas na televisão, em que caçadores de seres inexistentes fazem diversas suposições (assumptions) sobre esses mesmos não-seres.

Fantasmas não existem.
Mas nos programas, os caçadores de fantasmas sabem sempre como os “apanhar” e que instrumentos utilizarem para os caçarem… sem nunca o fazerem.

O Pé-Grande também não existe.
Mas nos programas, os seus caçadores sabem sempre onde os apanharem e como os chamarem… apesar de nunca se ver um desses seres.

O Monstro de Loch Ness também não existe.
Mas há sempre caçadores do Nessie que sabem como o chamarem, apesar de nunca o verem no lago em causa.

O mesmo se passa para Fadas, Dragões, Sereias, Vampiros, Lobisomens, Anjos, etc.

Como esses auto-proclamados caçadores sabem o que quer que seja sobre esses seres?
Simples: não sabem.
Nem sequer sabem se um determinado som que dizem que o ser inexistente faz, quer dizer que gosta da pessoa ou que a quer matar.

A verdade é que como os seres não existem, todo esse suposto conhecimento dos auto-proclamados caçadores é mentira.

2 comentários

  1. Boa noite, Carlos!

    Tenho dúvidas sobre se fantasmas realmente não existem por dois casos. Um, o que eu vi quando tinha 15 anos, sem nenhuma explicação ou predisposição para isso. Simplesmente aconteceu. O vulto estava lá e parado ficou até o amanhecer no corredor da casa dos meus pais.
    E, mais verdadeiro ainda, quando minha filha de 18 anos, quando nos hospedamos num hotel no centro de Londres, e ela me contou que tinha visto um homem que cruzou com ela no corredor do hotel a caminho de nosso quarto. Ela estranhou a roupa do gajo que parecia muito clássica para 2012. Ao olhar para trás, para o observar, ele simplesmente desapareceu e ela chegou pálida no quarto. Ela nunca teve nenhuma predisposição para acreditar nisso ou nada que pudesse influenciá-la para essas coisas pois ela, como eu, somos bem racionais de maneira geral,
    Então, ficam esses mistérios que ocorreram de maneira inadvertida e esporádica mas que ocorreram realmente. Até hoje pensamos o que pode ser, sem uma explicação lógica, fria e racional.

    Só conto pois são duas experiências tomadas de forma real mas esporádica e inusitadas em locais , tempos e pessoas totalmente diferentes.

    É fato que tem muitos picaretas falando sobre esses assuntos e a maior parte não tem credibilidade nenhuma como narroui mas…

    Seria outra dimensão? Não sei…abraços.

    1. Ademir,

      Não coloco em causa as experiências.

      Coloco em causa que a “explicação” sejam fantasmas no sentido clássico do termo: ou seja, seres imateriais de pessoas que morreram, e que ficaram pela Terra e que só são vistos algumas vezes não se sabe porquê.

      Vamos supôr que eu morro. E que até fico com uma “nuvem” de mim para trás, no Universo clássico compreendido pelos vivos. O eu-fantasma supostamente pode andar por todo o Universo, mas decido ficar aqui preso em vez de explorar todo o Universo. Pior do que isso é eu-fantasma ser imaterial, e assim poder passar por paredes, chão, etc, mas incrivelmente quando me vêem é sempre ao nível do chão, como se eu estivesse de pé e só conseguisse andar pelo chão.

      O local onde nós andamos vivos, na superfície da Terra, é muito fino na totalidade do planeta. Se um fantasma pudesse atravessar tudo (incluindo todo o planeta), não faria sentido andar sobre a mesma superfície que os vivos 😉

      Mas note, o post nem era sobre isto.
      O post é sobre o pseudo-conhecimento que alguns auto-proclamados caçadores ou especialistas em fantasmas dizem ter.
      O Ademir e a sua filha tiveram essas experiências. Tudo bem. Mas nem o Ademir nem a sua filha advogam ser especialistas em fantasmas, não advogam saber muita coisa sobre fantasmas: como os ver, como os chamar, os hábitos dos fantasmas, etc. São esse tipo de suposições que não fazem sentido.
      O Ademir e a sua filha só afirmam que tiveram essas experiências e que não as sabem explicar. Isso é o correto. É a resposta racional. Aliás, é o primeiro passo na procura do conhecimento a que se chama ciência: é dizer “não sei”, e com essa resposta tentar ir depois saber mais.

      abraço!

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