A doença do Nobel é uma “maldição” que se abate sobre vencedores do Prémio Nobel.
Algumas dessas pessoas, muitos anos depois de serem enormes investigadores-cientistas, após já serem idosos, por ego exacerbado (por ganharem o Prémio Nobel, pensam que qualquer ideia que defendam, mesmo de uma área que desconhecem, tem de ser brilhante), por estarem predispostos a seguir ideias não-convencionais ou por sofrerem de alguma doença do foro psicológico, passam a ser defensores de ideias pseudo-científicas absolutamente idiotas.
Não são só os vencedores de Prémios Nobel. Existem exemplos de pessoas muito inteligentes, que perto do final da vida, mudam completamente as suas ideias sobre assuntos pseudo-científicos.
Veja-se o caso do astronauta Edgar Mitchell, que aos 78 anos, passou a acreditar nos extraterrestres cinzentos de Spielberg: para ele, o filme Encontros Imediatos de 3º Grau era um documentário…
Este também foi o caso de Luc Montagnier.
Montagnier foi um reputado virologista e médico francês.
Em 1983, Montagnier e a sua equipa descobriu o vírus do HIV (que provoca a SIDA).
Em 2008, recebeu o Prémio Nobel da Fisiologia/ Medicina, por essa descoberta.
Depois, sofreu da doença/maldição do Nobel.
Em 2009, passou a defender a homeopatia, sem quaisquer estudos credíveis.
Em 2011, afirmou que tinha feito o teletransporte de DNA.
Em 2012, passou a promover a fraude de que as vacinas provocam autismo.
Em Abril de 2020, disse, sem quaisquer evidências, que a sua crença era de que o vírus SARS-CoV-2 (que provoca a COVID-19) foi criado artificialmente para combater a SIDA.
Durante a pandemia, foi um negacionista, chegando mesmo a afirmar que: “os não-vacinados salvarão a Humanidade”. A minha pergunta é: essa salvação será como Cristo? Ao morrerem (por não se vacinarem), salvam a Humanidade?
Em Maio de 2021, numa entrevista, Luc Montagnier disse que as vacinas contra a COVID-19 criavam as variantes que iam matar as pessoas, não entendendo que já existiam variantes do vírus antes de existirem vacinas.
Nas redes sociais, andou a ser fortemente partilhada a mensagem de que Luc Montagnier tinha afirmado que as pessoas vacinadas iriam morrer no espaço de 2 anos (ou seja, antes do Verão de 2023). Era mentira.
Na verdade, quem faleceu foi ele.
Luc Montagnier morreu a 8 de Fevereiro de 2022, com 89 anos de idade.
A família não revelou a causa da morte.
Crédito: PIB Fact Check
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