Vulcões em Plutão podem ter vida?

Créditos: NASA / Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory / Southwest Research Institute / Isaac Herrera / Kelsi Singer

A imagem mostra uma região vulcânica de Plutão, com as erupções recentes marcadas a azul.
Esta região localiza-se a sudoeste da região de Sputnik Planitia, e encontra-se coberta de cúpulas vulcânicas. As duas maiores são Wright Mons e Piccard Mons.
Wright Mons é similar a Mauna Loa, no Hawaii.

Os grandes vulcões de Plutão são de gelo.
Estes crio-vulcões não expelem lava bastante quente, mas sim uma mistura de gelo de água, amónia e metano a temperaturas baixas.
Depois, o material gelado flui/escoa pela superfície deste planeta-anão, como se fosse “pasta de dentes a sair”.

Por isso, é que esta região não tem crateras de impacto. Porque estes crio-vulcões ainda estavam ativos há cerca de 100 a 200 milhões de anos. E o seu material cobriu a paisagem ao redor.

Em termos geológicos, 200 milhões de anos não é muito tempo.
Se estes vulcões tiveram atividades semelhantes aos vulcões (de lava) terrestres, isso pode querer dizer que neste momento estão dormentes durante alguns milhares de anos, mas podem entrar em erupção nos próximos milhares de anos.

Se os crio-vulcões ainda estiverem ativos (ainda que estejam temporariamente dormentes), isso evidencia um potencial oceano interior. Na verdade, os crio-vulcões na superfície parecem fazer parte de uma rede de vulcões que se alimenta de uma fonte líquida interior. A ser verdade, então o interior de Plutão é potencialmente mais quente do que se pensa.

Se existir esse oceano interior, o próximo pensamento vai para: será que esse potencial oceano de água líquida no interior de Plutão terá vida microbiana?

Não se sabe. A probabilidade é bastante baixa, mas não nula.

Fontes: artigo científico, Space.com, Smithsonian Magazine, CNN, The New York Times, The Guardian.

1 comentário

    • Jonathan Malavolta on 03/04/2022 at 23:36
    • Responder

    Eu espero que essa possibilidade se confirme, assim os cientistas poderão estudar essa suposta vida microbiana e entender melhor a vida microbiana da própria Terra.

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