Astrónomos detectam um laser galático

Créditos: IDIA / LADUMA, com dados de NASA / StSci / SKAO / MolView

O telescópio MeerKAT, na África do Sul, observou um megamaser: um poderoso laser de ondas-rádio.
Ele foi denominado Nkalakatha (na linguagem Zulu), o que quer dizer Big Boss – Grande Chefe.

Este megamaser encontra-se a 5 bilhões (mil milhões, em Portugal) de anos-luz de distância da Terra, sendo assim o mais distante megamaser descoberto até agora.
A luz deste megamaser viajou 58 mil bilhões de bilhões (58, seguido de 21 zeros) de quilómetros até chegar à Terra.

Os megamaser são normalmente criados quando duas galáxias colidem violentamente.
Quando as galáxias colidem, o gás que elas contêm fica extremamente denso, o que pode resultar na emissão de feixes de luz.

Numa colisão de galáxias, existem moléculas de hidroxila, compostas por um átomo de hidrogénio e um átomo de oxigénio. Quando uma molécula absorve um fotão no comprimento de onda de 18cm, emite 2 fotões no mesmo comprimento de onda. Quando o gás molecular é bastante denso – o que acontece na colisão/junção de galáxias – esta emissão torna-se bastante brilhante e pode ser detectada por rádio-telescópios como o MeerKAT.

Ao estudarem o hidrogénio no Universo e os masers de hidroxila, os astrónomos esperam compreender melhor como o Universo foi evoluindo com o tempo.

Fontes: International Centre for Radio Astronomy Research, EurekAlert.

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