Uma história alegre?

Roz Chast (website, instagram) é uma extraordinária cartoonista, que é bastante conhecida por publicar ilustrações fantásticas na revista The New Yorker.

Adorei este cartoon, porque relativiza bastante o que é a vida, mostrando-nos a evolução/futuro do Universo.
Apesar de alguns números não estarem exatamente corretos, o que se deve realçar é a história verdadeira subjacente.

“Uma rapariga/menina está sentada no sofá a ver vídeos do YouTube no computador.
Ela vê um vídeo sobre a evolução e o final do Universo.

O Universo tem somente cerca de 14 bilhões (no Brasil) de anos de idade.
Ainda está na sua infância.

Dentro de 5 bilhões de anos, o Sol vai expandir-se, tornando-se numa monstruosa gigante vermelha.
Nessa altura, talvez o planeta Terra seja destruído: a não ser que consiga ser expelido do sistema solar, tornando-se num escuro planeta-órfão, sem estrela.

Após mais algumas centenas de milhares de anos, o núcleo estelar irá colapsar, e o Sol vai-se tornar numa patética anã branca.

Mas não se preocupem com o Sol: dentro de 100 triliões de anos, todas as estrelas no Universo irão morrer.

Assim, entramos na Era Degenerativa, em que tudo tem de morrer: só existem anãs brancas, pulsares e buracos negros.

Após um trilião de triliões de anos, já toda a matéria caiu para dentro de buracos negros. Mesmo alguns buracos negros vão engolir outros.
Os próprios protões decaem.

Dentro de um trilião de triliões de triliões de anos, toda a matéria desapareceu do Universo.

Entramos na Era dos Buracos Negros, em que os próprios buracos negros começam a morrer, “evaporando”.

Enquanto isso, a energia negra continua a expandir o Universo…

Dentro de 1 trilião de triliões de triliões de triliões de triliões de triliões de triliões de anos, o último buraco negro deixa de existir.

O tempo deixa de existir, porque nada pode mudar, e nenhuma coisa vai alguma vez mudar. A mudança é impossível porque nada existe. Assim, o tempo deixa de ter significado.

Após saber tudo isto, de que a sua vida não terá qualquer significado, porque o futuro do Universo é a Era Negra, em que só existe o Vazio, a rapariga/menina comenta apavorada: talvez os cientistas estejam enganados…”


Esta realidade deixa as pessoas deprimidas…
Mas eu não vejo dessa forma: o conhecimento é sempre positivo, e estes factos permitem-nos relativizar a importância da nossa vida: não nos levarmos tão a sério.

Esta mentalidade de sermos insignificantes/irrelevantes no Universo, fez-me lembrar a famosa Canção da Galáxia, dos Monty Python (podem colocar as legendas em português):

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