Descoberta pode ter implicações no processo de envelhecimento

Crédito: National Human Genome Research Institute, NIH

Um esforço colaborativo entre biólogos e físicos levou à descoberta de uma nova estrutura de ADN nos telómeros.

Os telómeros são vistos pelos cientistas como a chave para podermos viver muito mais tempo. Eles protegem os genes, mas à medida que vamos ficando mais velhos, eles vão encurtando. Quando ficam demasiado curtos, a célula acaba por morrer.

Cada célula no nosso corpo contém cromossomas, com genes que determinam as nossas características.
Na extremidade dos cromossomas estão os telómeros (são como as aguilhas de plástico na ponta dos atacadores).
Como o ADN entre os telómeros tem 2 metros de comprimento, tem que ser dobrado, para caber numa célula. Assim, o ADN é envolvido à volta de grupos de proteínas. Juntos, ADN e proteínas, são chamados de nucleossoma.
São estruturados como um cordão de pérolas: um nucleossoma (pérola), um pedaço de ADN livre (fio), um nucleossoma, um pedaço de ADN livre, e assim sucessivamente.
Depois, esta estrutura ainda se dobra mais: quanto mais se vai dobrar, depende da quantidade de ADN (fio) entre os nucleossomas (pérolas).
Duas estruturas finais (A e B, na imagem em baixo) já eram conhecidas. Na A, existem pérolas que se juntam e existe fio (ADN) entre elas. Se o fio de ADN é menor, as pérolas não se juntam, mas formam duas “colunas” paralelas (B).

Neste estudo, os cientistas descobriram uma nova estrutura (C): os nucleossomas estão tão juntos, que não existe ADN entre as “pérolas”. Forma-se a célebre estrutura em espiral (hélice) de ADN.

Esta descoberta vai permitir entendermos melhor o processo de envelhecimento.

Leiam os detalhes desta interessante descoberta no SciTech Daily, no Phys.org, e no artigo científico.

As 3 estruturas de ADN nos telómeros. A estrutura C foi agora descoberta.
Crédito: Fien Leeflang / Leiden University