Como sobreviver ao movimento retrógrado

Vistos da Terra, por vezes os planetas têm movimentos retrógrados.

Estes movimentos são aparentes, e não absolutos.
Ou seja, os planetas não estão realmente a “andar para trás”.
Simplesmente, vistos da Terra, parece que o seu movimento é de recuo. Mas não é.

Não é só a partir da Terra.
Se estivéssemos noutros planetas, também veríamos movimentos retrógrados (diferentes) nos outros planetas.

Se estivéssemos em certos locais de Mercúrio, até veríamos um aparente movimento retrógrado no Sol. Em certos dias de certos locais, poderíamos ver o Sol a nascer, a reverter o seu nascimento, e a nascer novamente, durante o mesmo dia. Ou seja, num só dia, poderíamos ter dois nascer-do-Sol.

Assim, isto é acontecimento normal, que depende da perspetiva do observador.

Todos os planetas sofrem movimentos retrógrados aparentes: a partir de um observador terrestre.

Isto é astronomia!
São os astrónomos que registam estes movimentos dos astros, mesmo os movimentos aparentes.

Fala-se mais do movimento de Mercúrio, porque o seu ano é de somente 88 dias, o que faz com que mais vezes se tenha essa percepção de movimento “para trás”.
Em 2022, Mercúrio parece ter movimento retrógrado por 4 vezes: de 14 de Janeiro a 3 de Fevereiro, de 10 de Maio a 3 de Junho, de 10 de Setembro a 2 de Outubro, e de 29 de Dezembro a 18 de Janeiro de 2023.
Quem prevê estas datas é a astronomia!

Assim, atualmente, a 30 de Setembro, temos visto Mercúrio com um movimento aparente retrógrado.

Aliás, neste momento, estão 5 planetas com movimentos aparentes retrógrados (vistos da Terra): Mercúrio, Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno. Até Plutão está com movimento retrógrado!

Crédito: Frog23, wikipedia

Infelizmente, os astrólogos aproveitam-se deste conhecimento astronómico para inventarem tretas.

Não se deixem enganar: o movimento retrógrado é um movimento aparente, ilusório, e não tem qualquer influência na nossa vida!

Como sobreviver ao movimento retrógrado?
Simples: párem de acreditar na vigarice da astrologia.
via Brian D. Earp

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