Muitas pessoas usam óculos. Os óculos servem normalmente para corrigir problemas refrativos nos nossos olhos. Com os óculos, corrigimos temporariamente esses erros de refração, e passamos a ver melhor.
Vários animais também têm estes problemas, como gorilas, chimpanzés, rinocerontes, etc. Alguns predadores selvagens, como leões, tigres, etc, podem sofrer destes problemas, apesar de tipicamente nem se pensar nessa hipótese.
Até os nossos animais domésticos, como os cães e gatos, podem ter estes problemas.
A grande questão para os Humanos é: quais os animais que precisam de óculos? Não sabemos… eles não se queixam nem dizem que estão a ver mal…
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica. Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
Rapaz, isso dá uma boa discussão: Como imaginar que um animal pode estar apresentando problemas de visão e levá-lo ao médico veterinário afim de se tratar, se não conseguimos nos comunicar com os animais a ponto de saber quais são as sensações (“não enxergo”, “não ouço”, “estou com frio”, etc) que os mesmos sentem? Nós fomos educados a imaginar que os animais sentem o mesmo que nós QUANDO NÓS temos as referidas sensações, porém nunca paramos para pensar que eles podem estar sentindo determinadas sensações em momentos do tempo que nós não as estamos sentindo. Me baseio em meu próprio histórico de vida para elaborar essa pergunta pois cresci com minha mãe teimando – e até hoje ela teima – “veste uma blusa que tá frio”, “põe um cobertor nessa cama, moleque, tá frio” quando as minhas sensações, justamente em decorrência de meu desenvolvimento genético, são um pouco diferentes das dela. Meu corpo só vai começar a sentir frio coisa de uns 10, 15 graus a menos do que o corpo da minha mãe sente; entretanto, eu consigo me comunicar com ela e responder: “Desculpa, mas na temperatura atual eu ainda não estou sentindo frio.” E minhas cachorras? Como saber a diferença quanto à sensação térmica não só entre uma e outra mas também comigo? E minha gata? Vale a mesma dúvida. Por isso percebo que isso suscita uma boa discussão acerca da diferenciação de sensações. Às vezes posso estar sentindo fome e minha gata não, por exemplo, mas tenho a tendência a imaginar que ela sente fome no mesmo horário que eu e acabar alimentando-a só quando estou indo comer (deixando-a sem alimento nos outros horários, por exemplo). E se não sentir, se vir a ter fome antes de que eu sinta (ou depois)?
Penso que posso declarar o nome disso: antropomorfização dos animais.
Fiquei curioso: você sabe porque sua sensação térmica é diferente das outras pessoas? Tem a ver com a pele (a forma como ela recebe o ar à sua volta), por exemplo?
Privacidade e Cookies: Este site usa cookies. Para saber mais, incluindo como controlar cookies, veja a nossa política de privacidade:
Política de Privacidade
4 comentários
Passar directamente para o formulário dos comentários,
Rapaz, isso dá uma boa discussão: Como imaginar que um animal pode estar apresentando problemas de visão e levá-lo ao médico veterinário afim de se tratar, se não conseguimos nos comunicar com os animais a ponto de saber quais são as sensações (“não enxergo”, “não ouço”, “estou com frio”, etc) que os mesmos sentem? Nós fomos educados a imaginar que os animais sentem o mesmo que nós QUANDO NÓS temos as referidas sensações, porém nunca paramos para pensar que eles podem estar sentindo determinadas sensações em momentos do tempo que nós não as estamos sentindo. Me baseio em meu próprio histórico de vida para elaborar essa pergunta pois cresci com minha mãe teimando – e até hoje ela teima – “veste uma blusa que tá frio”, “põe um cobertor nessa cama, moleque, tá frio” quando as minhas sensações, justamente em decorrência de meu desenvolvimento genético, são um pouco diferentes das dela. Meu corpo só vai começar a sentir frio coisa de uns 10, 15 graus a menos do que o corpo da minha mãe sente; entretanto, eu consigo me comunicar com ela e responder: “Desculpa, mas na temperatura atual eu ainda não estou sentindo frio.” E minhas cachorras? Como saber a diferença quanto à sensação térmica não só entre uma e outra mas também comigo? E minha gata? Vale a mesma dúvida. Por isso percebo que isso suscita uma boa discussão acerca da diferenciação de sensações. Às vezes posso estar sentindo fome e minha gata não, por exemplo, mas tenho a tendência a imaginar que ela sente fome no mesmo horário que eu e acabar alimentando-a só quando estou indo comer (deixando-a sem alimento nos outros horários, por exemplo). E se não sentir, se vir a ter fome antes de que eu sinta (ou depois)?
Penso que posso declarar o nome disso: antropomorfização dos animais.
Author
Fiquei curioso: você sabe porque sua sensação térmica é diferente das outras pessoas? Tem a ver com a pele (a forma como ela recebe o ar à sua volta), por exemplo?
Infelizmente não sei. Será que um exame médico poderia indicar o motivo?
Author
Não sei 🙂
Mas seria interessante 😉