Líridas 2023

Esta “chuva de estrelas” acontece entre os dias 16 e 25 de abril. Ou seja, durante estas noites, já se vê um aumento de estrelas cadentes.
No entanto, o pico das Líridas é esta madrugada: na noite de 21 para 22 de Abril.

As Líridas são uma razoável chuva de estrelas, que podem produzir cerca de 15 meteoros por hora, em locais com céus escuros.

Crédito: OASA

Os meteoros (estrelas cadentes) parecem irradiar da constelação Lira. Daí o nome: Liridas.

A fonte desta chuva de meteoros é o cometa C/1861 G1 Thatcher.

Crédito: Sky & Telescope de Abril de 2001.

Como em qualquer “chuva de meteoros”, não precisam de telescópios para observarem as estrelas cadentes.
Basta estarem num local escuro, longe da poluição luminosa.

Tal como outras “chuvas de estrelas”, também as Líridas são por vezes imprevisíveis: podem ter muitos mais meteoros do que se pensava.
Notem, no entanto, que não devem acreditar em títulos de jornais a anunciar previsões de grandes quantidades de estrelas cadentes a cair: é praticamente impossível fazer essas previsões: não se consegue, ainda, saber onde a Terra vai passar pelo enxame de poeiras deixadas pelo cometa em causa. Ou seja, não se consegue saber se a Terra irá passar pela parte mais densa, com mais poeiras a entrar na atmosfera terrestre, ou não. Daí que as previsões demasiado otimistas nunca (ou raramente) se concretizam.

Também não acreditem nas imagens de dezenas de estrelas cadentes a cair ao mesmo tempo. Essas imagens influenciam erradamente as pessoas, enganando-as com expetativas irrealistas.
Essas imagens são tratadas em computador: elas combinam várias imagens simultaneamente.
Na verdade, não se vêem muitas estrelas cadentes ao mesmo tempo.

Crédito: Prokhor Minin, Unsplash.

2 comentários

    • Jonathan Malavolta on 22/04/2023 at 12:48
    • Responder

    Essa noite, mesmo com a parreira parcialmente coberta (foi podada há cerca de um mês e meio), não consegui ver nenhuma. Saí pro jardim por volta de 01:30 h (horário de Brasília) e o céu estava limpo, sem nuvens, pouco estrelado e bastante escuro. Descrevi o que penso ser o cenário ideal. Será que dessa vez não se veria a chuva do hemisfério sul? Ou a pouco cobertura da parreira pode ter me impedido de ver? Já presenciei esse belo fenômeno algumas dezenas de vezes, pelo menos (desde que sei da existência dessa chuva), mas não vejo muitos riscos no céu não, geralmente me deparo com um risco só, às vezes dois ( o recorde foram 4 riscos no céu, há mais ou menos 5 anos atrás, até onde me lembro).

    Já sobre cometas: Me lembro de ter avistado o Hale Bopp, já adulto, quando era bastante jovem ainda. Durante minha infância (1985, 8 anos de idade), foi noticiado nos jornais a hora prevista que o famoso Halley iria passar. Vejo um monte de gente usar a internet para dizer que viu o Halley, “foi lindo, coisa e tal, um desbunde”, só que não! Lorota dessas pessoas. Morava a apenas 96 km da capital paulista e mesmo assim não consegui ver absolutamente nada, mesmo usando binóculos e luneta (os instrumentos de que dispunha na época e ainda hoje). O único internauta que vi falar a verdade sobre o assunto, e era alguém que morava na capital paulista, declarou que também não se conseguia ver nada mas que ela conseguiu ver porque seu pai a levou no Observatório Municipal (não sei se esse serviço ainda existe em São Paulo). Quem estava de binóculos, luneta, etc se ferrou pois assim como eu, não conseguiu ver nada. Fiquei só vontade de ver o Halley mesmo.

    1. Adorei o Hale-Bopp 😉

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