Todos os anos temos notícias deste género: uma seita religiosa num local qualquer no mundo, com um líder carismático, levou todos os seus membros a cometerem suicídio coletivo, através de alegadas promessas de uma vida melhor posterior.
Não existe um padrão de formação escolar nos membros (muitos deles, têm formação universitária), ou de estatuto social, de empregabilidade, de tendências políticas, etc.
O que parece é que muitos deles não têm pensamento crítico: eles assumem que o “pensar pela sua cabeça” é serem anti-sistema (seguirem quem lhes diz para serem assim).
Créditos: Stringer / Reuters
O mais recente massacre deste género deu-se no Quénia, em que os membros de uma seita Cristã jejuaram até à morte.
O “iluminado”, que alegava ser um enviado de Deus, chama-se Paul Nthenge Mackenzie.
Paul era um taxista que considerava a sua vida muito aborrecida. Assim, decidiu fundar a Igreja Internacional da Boa Nova, para guiar pessoas que são propensas a serem enganadas.
Paul Mackenzie disse aos seus seguidores que o mundo ia acabar a 15 de Abril de 2023.
Se eles jejuassem, iriam para o Paraíso, onde se encontrariam com Jesus Cristo.
Apesar da grande maioria dos membros ter morrido de fome, foram também encontradas vítimas estranguladas, espancadas e sufocadas… incluindo crianças.
Paul Mackenzie tirava as crianças da escola, porque afirmava que a escola formal era uma coisa do diabo.
Esta crença irracional levou à morte de 226 pessoas, sendo que mais de 110 são menores de idade.
Curiosamente, Paul Nthenge Mackenzie, o antigo taxista, é um dos sobreviventes. Ele não passou fome.
2 comentários
“Curiosamente, Paul Nthenge Mackenzie, o antigo taxista, é um dos sobreviventes. Ele não passou fome.”
Porque será, não? Mais um charlatão querendo se dar bem às custas alheias.
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Este foi um dos argumentos dele à polícia: “Eu não passei fome. Eu comi bem e bebi. Se eles não quiseram comer, foi escolha deles.”