Não vou colocar aqui links para divulgar esse blog completamente aparvalhado, mas como temos recebido várias questões relativas a ele é porque tem sido bastante divulgado nas redes sociais (os leitores caem nas mentiras dela).
O grande objectivo deste post é assim esclarecer sobre esse blog sobre o qual temos recebido várias perguntas em comentários. Por outro lado, este post tem também por objectivo recomendar caução na avaliação daquilo que vão lendo pela internet.
O blog chama-se Evoluindo Sempre e quem escreve no blog é alguém que se apresenta como Ravena, nada mais dizendo sobre si.
Só isto já deveria levantar suspeitas de quem tem sentido crítico: alguém anonimamente, ou utilizando falsas identidades, escrever artigos sobre os quais nada sabe, deveria obviamente levantar as mais elementares dúvidas. Acreditar cegamente em informações dadas por alguém que nem sequer se apresenta devidamente, é uma parvoíce. Pelo que sabemos, pode até ser alguém num hospital psiquiátrico que tem acesso a um computador e que resolveu criar um blog só para dizer disparates.
Mas indo ao perfil da Ravena, várias outras “red flags” são levantadas, ao utilizarmos o famoso detector de disparates de Carl Sagan.
Por exemplo, os blogues que ela segue são: “Transcomunicação Instrumental”, “Ufologia”, “Profecias de Uma Nova Era”, “2012 – fim dos tempos”, “Illuminati”, “Nibiru”, “Astrology”, “Consciência em Expansão”, “Contactos Extraterrestres”, “Exopolitics”, “Universo Holístico”, “Verdade Oculta”, “Zeta Talk”, e muitos outros sites pseudo.
Se dúvidas houvesse que a autora do blog é uma crente em disparates, os blogs que ela segue desfazem qualquer dúvida.
O blog dela é uma carrada de mentiras.
Parece-me que ela denota paranóias entre outros transtornos mentais. Mas há quem acredita cegamente em qualquer disparate que ela diz, e assim entram nas fantasias dela, fomentando ainda mais a sua loucura.
Uma das coisas que mais me chateia é a hipocrisia que demonstram.
Em pleno século XXI, em que diariamente utilizam milhares de aplicações baseadas no conhecimento científico, em que utilizam o pensamento científico milhares de vezes ao dia, há quem venha para a internet (que só existe devido ao conhecimento científico!), dizer mal desse mesmo conhecimento científico!
E a hipocrisia toma proporções de ódio ignorante quando as pessoas atacam a NASA, quando essas mesmas pessoas utilizam milhares de coisas desenvolvidas pela NASA.
Enfim… a hipocrisia não tem limites. Nem notam que estão a cuspir no prato que lhes dá de comer!
A forma como a Ravena fala dos assuntos também é de bradar aos céus sobre como é possível existir este tipo de pessoas.
Ter conhecimento dos assuntos é diferente de ter meras opiniões. Por outro lado, opiniões informadas são diferentes de “bitaites” – opiniões baseadas na ignorância sobre os temas.
Toda a gente percebe que a única credibilidade está no conhecimento dos assuntos, e que os bitaites nada valem.
A Ravena tem escrito várias vezes que não sabe dos assuntos sobre que escreve. Mas tem a arrogância e a presunção de dar opiniões baseadas na ignorância. Ela assume que a ignorância dela está ao mesmo nível e vale tanto como o conhecimento dos assuntos. Para ela, ignorância é tão credível como conhecimento.
Segundo ela, ela diz que segue “uma linha de pensamento e intuição”.
A realidade, os factos, a verdade sobre os temas é completamente irrelevante para ela. O que lhe interessa é seguir a “intuição” por mais disparatada que seja.
Enquanto os cientistas investigam os assuntos; os vigaristas não querem saber da realidade, da verdade, da observação, da experimentação, …, simplesmente sentam-se à frente do computador e resolvem escrever disparates sem qualquer nexo.
Faz-me lembrar esta história, em que uma das personagens, sem estudar o que quer que seja, resolve dizer que os elefantes têm asas quânticas.
A parte mais disparatada dos seus textos é que após ela escrever diversos posts sobre um assunto, e após nada acontecer como ela tinha dito, ela continua a dizer que tinha razão, e os crentes fanáticos continuam a cair nas parvoíces dela.
Tudo o que ela diz nunca se concretiza, porque é sempre mentira, porque é sempre baseado na ignorância dos temas. Ela é que tem que provar que está certa, e no entanto só prova que é ignorante, que se contradiz constantemente, e que está sempre errada.
Basta ler um historial dos seus posts para perceber isso.
Não é só ela não saber sobre os assuntos, e por isso pôr-se a dizer que é um disparate qualquer…
Nem é só ela não saber explicar, e por isso inventa…
No caso dela, é muito pior. A demência chega ao ponto de, para coisas que se sabe e estão perfeitamente explicadas, mesmo assim ela inventa mentiras! Tudo devido a não querer procurar conhecimento sobre o assunto em causa.
O exemplo perfeito é o cometa Elenin: ela, como muitos outros vigaristas, escreveu diversos posts sobre este cometa dizendo que era um buraco negro, o Nibiru, uma anã castanha, que tinha campos electromagnéticos, que causava terramotos, que tinha alinhamentos com a Terra com efeitos nocivos, que levaria a dias de escuridão, que o Obama ia se esconder em Denver, que é uma nave extraterrestre, etc, etc, etc. Tudo que é parvoíce foi referido por ela.
Como sempre dissemos, tudo isso era mentira.
O resultado é simples: nós transmitimos a verdade, o conhecimento… enquanto o blog dela anda somente a divulgar puros disparates baseados na ignorância e paranóias da autora.
Eu posso criar um blog a dizer que as couves crescem em árvores, ou que o meu sangue é verde. Mas isto são óbvias opiniões disparatadas de quem nitidamente terá problemas mentais.
O mesmo se passa para as paranóias ao redor do cometa Elenin.
A estupidez mais recente dela baseia-se nesta notícia da NASA.
Segundo ela, a própria NASA está a mostrar o cometa Elenin e a provar que ele não se desintegrou.
No entanto, a NASA não diz nada disso, e basta olhar para a imagem para se perceber que a NASA tem razão.
Na imagem vê-se perfeitamente o cometa Honda, o asteróide Vesta, e o local onde deveria estar o cometa Elenin… e não está.
Vê-se perfeitamente na imagem que o cometa se desintegrou, e o que a NASA aponta é o “path” do Elenin, ou seja, o caminho que ele teria caso não se tivesse desintegrado.
Mas que se há-de fazer? Ela prefere ter “intuição”, dizer disparates, e divulgar mentiras… em vez de procurar conhecimento, olhar para a imagem, e ler o que é dito pela NASA.
Ao cometa Elenin aconteceu o que sempre foi dito pelos cientistas, e que já aconteceu a dezenas de cometas no passado. O cometa Elenin nem na morte foi especial! Desintegrou-se. Está em bocados de poucas centenas de metros. E esses bocados seguiram a órbita do cometa original… e já estão a caminho dos confins do sistema solar, muito longe da Terra!
A idiotice dela é ainda pior quando ela ataca a NASA por dizer que o cometa se desintegrou, quando, como se pode ler nos nossos artigos baseados em conhecimento, quem descobriu o cometa foi um Russo, quem estimou o tamanho do cometa foi um Russo, e quem mais contribuiu com imagens para se perceber a desintegração do cometa foram astrónomos amadores (ou seja, não pertencentes a qualquer instituição) até a partir da Austrália.
A NASA pouco teve a ver com o cometa Elenin, mas factos não interessam à Ravena.
Outra pergunta que nos têm feito aqui no blog diz respeito às paranóias dela sobre as imagens da NASA relativas ao Sol.
Ela queixava-se que a NASA bloqueava imagens (dos supostos 3 dias de escuridão que íamos ter há 1 mês atrás). No entanto, qualquer pessoa pode ir procurar as imagens ao site da STEREO, e antes disso convinha perceberem como funcionam os observatórios solares. Explicações para os objectos que aparecem nas imagens, incluindo quando as imagens ficam corrompidas são obviamente leituras obrigatórias para quem quer entender as imagens.
Mas o objectivo da Ravena não é compreender as imagens. O objectivo dela é dizer disparates, imaginando conspirações, baseando-se para isso na sua ignorância sobre o tema.
Se dúvidas existissem sobre a falta de lógica nos argumentos dela, pergunto-vos: faz sentido a NASA colocar tudo na internet disponível para todos, para depois bloquear algumas imagens à Ravena? É óbvio que não faz sentido nenhum. Se a NASA quisesse ocultar alguma coisa, simplesmente não metia imagens nenhumas na internet. A Ravena tem a mania que é especial, que é o centro do Universo, e por isso acha parvamente que a NASA iria divulgar todas as imagens (sem precisar de o fazer) mas iria bloquear algumas só para a Ravena não poder ver.
Enfim…
Após um dos nossos colaboradores lhe ter dito que as imagens estavam online e não eram as mesmas que ela tinha dito, então ela mudou de argumento. Passou a dizer que as imagens que ela viu eram diferentes das imagens actuais. Passou a dizer que a NASA falseou as imagens.
A partir do momento em que alguém lhe mostra contradições nas ideias dela, ela imediatamente passa para outro disparate qualquer, e vê nisso uma prova de como a conspiração então é ainda maior do que ela imagina! Enfim… típicos problemas mentais.
Como disse um dos comentadores: qual será mais plausível? Que a NASA falseou imagens após a Ravena ver as supostas imagens originais OU a Ravena andar a mentir sobre aquilo que imagina que vê?
Eu ajudo-vos:
– a NASA não precisa disponibilizar as imagens. Daí que o que a Ravena diz não faz qualquer sentido. Segundo ela, a NASA, que poderia nem disponibilizar imagens, anda a divulgar imagens falseadas que facilmente se dá pela troca. É pura parvoíce.
– existem diversas sondas a “olhar” para o Sol. Algumas delas estão a ser controladas por outras agências espaciais que não a NASA, como a europeia ESA e a japonesa JAXA. Logo, se ela diz que a NASA anda a falsear imagens, ela pode ver imagens de outras agências espaciais. Como se percebe, a NASA não poderia esconder coisas no Sol ou próximas do Sol, porque outras agências veriam!
– existem centenas de milhares, ou quiçá milhões, de astrónomos amadores (ou seja, que não pertencem a qualquer instituição) por todo o mundo. Muitos deles tiram fotografias ao Sol e estão atentos ao que se passa no Sol e ao redor do Sol. Basta entrar nas comunidades de amadores por todo o mundo, e vê-se obviamente imensas imagens do Sol. Se a NASA trocasse imagens porque queriam esconder algo próximo do Sol, os próprios amadores poderiam dar pela trafulhice.
Claro que ela pode vir agora dizer que não é só a NASA que está a mentir, mas que milhões de pessoas (incluindo amadores) mentem todos os dias, e que só ela sabe a verdade por “intuição”.
Mas neste caso só há 2 hipóteses:
– a Ravena é o centro do Universo e a vida das outras pessoas limita-se a arranjarem forma de enganar a Ravena.
– OU é a Ravena que está a mentir descaradamente no seu blog “Evoluindo Sempre”, porque sabe que quanto maior fôr a estupidez que disser, mais os mentecaptos vão acreditar nela!
Acho que a resposta é clara. Só não vê quem não quer!
E se após esta explicação lógica, ainda há quem acredite cegamente nas trafulhices dela, então é simples: façam a experiência! Comprem um telescópio, tirem diariamente fotografias ao Sol, e vejam por vocês o Sol e os seus arredores, em vez de acreditarem cegamente em puras mentiras.
Basicamente, ela inventa conspirações onde não existem, e os mentecaptos vão atrás.
O Modus Operandi dela é sempre o mesmo: inventar o maior disparate possível e divulgá-lo como se fosse uma enorme conspiração das “elites” (palavra utilizada por ela para descrever quem tem conhecimento dos assuntos). Os disparates vão mudando, mas a forma de actuar dela é sempre a mesma.
Quando as mentiras e as “intuições” baseadas na ignorância dos temas se sobrepõem ao conhecimento, então não se pode esperar um futuro positivo para a humanidade.
O blog Evoluindo Sempre está de acordo com a Idade das Trevas, assim chamada porque foi uma altura em que se dava mais valor à ignorância, aos mitos, às conspirações, ao diz que disse, às ideias mais absurdas que se arranjassem, do que ao conhecimento.
A conclusão é clara: a credibilidade desse blog é 0. Não o usem para fonte de conhecimento.
Mas é óbvio que a escolha pertence a quem visita esse blog.
Se quiserem continuar a acreditar em disparates ditos pelos chamados “vendedores de banha-de-cobra” que sempre existiram pelos séculos de modo a vigarizarem as pessoas, então obviamente que esse blog é ideal para isso, porque se dá mais valor à ignorância do que ao conhecimento.
Mas para todos esses que preferem a ignorância e os disparates, sugiro a experiência do Dawkins: atirem-se do topo de um edifício de 20 andares. Se voarem, forem apanhados por energias místicas, ou forem salvos por uma nave extraterrestre, então é porque têm razão nas vossas intuições baseadas em conspirações e na ignorância dos temas. Se se espatifarem no solo 20 pisos mais abaixo, então quem tem razão são os cientistas com os seus conhecimentos científicos sobre a natureza. É muito simples: basta fazerem a experiência e analisarem os resultados.
Enfim… parece-me claramente que, ao inventar diariamente mentiras e conspirações absurdas, a autora do referido blog sofre de problemas psicológicos… e quem visita frequentemente esse blog, acreditando cegamente nos disparates, também sofre psicologicamente.
O nosso leitor Júnior já nos disse isso também. Antes de encontrar o astroPT, andava “perdido” pelas conspirações absurdas da Ravena, e sofria pesadelos terríveis com isso, como podem ler aqui.
Sem confirmação, ele também escreveu num comentário que uma menina de 12 anos, que lia o referido blog, se suicidou porque não aguentou a pressão com medo de tudo o que lia sobre o fim do mundo.
Infelizmente, na internet não há justiça.
Este tipo de pessoas podem vigarizar à vontade, podem disseminar as mentiras que quiserem, podem burlar quem quiserem, que pouco ou nada lhes acontece.
Se bem que eu acho que o caso da Ravena seja um pouco diferente. Não me parece que o destino dela fosse a prisão… mas sim o internamento numa instituição psiquiátrica. Parece-me que ela é doente, vivendo dentro das suas próprias fantasias e paranóias, ignorando a realidade do conhecimento. Mas se só afectasse a ela, pronto, só se perdia uma pessoa. Mas o pior da internet é que é uma plataforma que permite que pessoas com problemas psicológicos, ao abrigo do anonimato, influenciem negativamente e por vezes de forma trágica um sem-número de outras pessoas. Esse é o verdadeiro perigo social destes casos de distúrbios mentais.
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(… comentário editado…)
Então, vamos lá ! A ciência intentou mandar Galileu para a fogueira do Santo Tribunal, da Santa Inquisição, da Santa Madre Igreja, porque afirmou a teoria do heliocentrismo. E, hoje, o que é mesmo que nós sabemos a esse respeito ???
A ciência afirmou que o mundo era quadrado sustentado por quatro elefantes. E, hoje, o que é mesmo que nós sabemos a esse respeito ???
Quando um médico descobriu as bactérias, e afirmou que eram responsáveis por mortes aos milhares, foi ridicularizado pelos seus pares e cientistas.
E, hoje, o que é mesmo que nós sabemos a esse respeito ???
E, assim sucessivamente …
(…)
Author
Este é um local de ciência.
Não só porque estamos na internet (feita de leis e teorias científicas, e feita por cientistas), mas porque este blog é de ciência.
Está explicado porque o seu comentário foi editado. Não aceitamos a sua má educação e os seus insultos.
É escusado entrar em conspirações e queixar-se de vítima: aqui todos os comentários são moderados.
Porquê? Porque na ciência também existe moderação.
Já percebi que na sua casa, essa moderação não existe. É pena: educação fazia-lhe bem.
Tendo os insultos sido editados, restam as parvoíces sobre a história da ciência, que demonstram bem o nível de ignorância das pessoas que defendem blogs que só mentem e que manipulam as pessoas. Se a Regina gosta de ser ignorante, o problema é seu e está no seu direito. Mas em vez de defender quem lhe mente, devia se calhar insurgir-se contra essa manipulação. Digo eu…
Então, vamos lá!
Quem intentou contra Galileu foi a Santa Inquisição – Igreja. Não foi a ciência.
Galileu não afirmou o heliocentrismo. Simplesmente deu evidências (quatro, para ser preciso) de que o geocentrismo tinha erros. Desta forma, estava a afirmar que o lugar do Homem poderia não ser central aos olhos de Deus. Daí a Igreja não ter gostado. Mas como Galileu insultou o Papa, teve “direito” a uma sentença.
Se lesse livros sobre história da ciência, poderia ter este conhecimento, em vez de perder tempo a escrever disparates…
Mas este exemplo que deu de Galileu é interessante numa perspetiva comparativa.
Galileu, cientista, o representante da ciência, mostrou evidências, mostrou como o Universo era feito. E tinha razão. Porque tinha o conhecimento.
E o que fizeram aqueles que são arrogantes ao ponto de pensar que as suas crenças estão acima do conhecimento? Perseguiram-no. Esses, os ignorantes, sentiram que as suas crenças estavam a ser atacadas, e por isso maltrataram a ciência.
É interessante que a Regina também se tenha sentido atacada nas suas crenças, que ache que as suas crenças baseadas na ignorância dos assuntos está acima do conhecimento dos especialistas, por isso apressa-se a insultar os especialistas em ciência.
A Regina e a Santa Inquisição certamente têm algumas coisas em comum…
Já eu, no meu post, só mostrei algumas evidências… tal como Galileu o fez.
Por isso, deu um excelente exemplo de como a ciência é maltratada por dizer a verdade às pessoas!
A ciência nunca afirmou que o mundo era quadrado ou sustentado por elefantes.
Isso era um mito de algumas religiões de algumas civilizações do mundo.
Mais uma vez, a ciência desmascarou os mitos.
Foi Anton van Leeuwenhoek que descobriu as bactérias. Nunca disse que eram responsáveis por mortes.
200 anos mais tarde, Ignaz Semmelweis, esse sim, disse que as bactérias eram prováveis causadores de algumas mortes no hospital em que trabalhava. Ele afirmava que as parteiras conseguiam melhores resultados (menos mortes) que os médicos que não lavavam as mãos entre os trabalhos de hospital. Ele observou isso, mas não explicou o porquê.
Obviamente, sendo a ciência cética de alegações sem sustentação, não aceitou.
Mas os cientistas (a ciência!) foram fazendo experiências.
Daí que, sem surpresa, 30 anos depois chegaram a algumas conclusões por Louis Pasteur e Robert Koch – ou seja, quem chegou ao conhecimento, como sempre, foram cientistas!
Este é o processo da ciência: avalia as alegações e chega às suas conclusões. Uns resultados dizem que as alegações são verdade (como no caso das bactérias), outros resultados mostram que as alegações são completas mentiras (como no caso do blog referido neste post).
O que hoje sabemos a este respeito?
Sabemos isto que eu disse.
E sabemos muito mais. Sabemos por exemplo como ter uma internet, toda construída por ciência e por cientistas, em que alguns idiotas utilizam não para aprender mas sim para atacar a ciência que lhes dá tudo.
Isso chama-se cuspir no prato onde come. E sim, come nesse prato, se consegue entrar na internet.
Mas pronto… não se consegue curar a hipocrisia com “limpezas espirituais” infelizmente…
Passe bem.
Author
Cara Regina,
Após perceber que fez um “Curso de Iniciações Sagradas através dos Quatro Elementos” em que a manipuladora-mor se apresenta assim: “Logo após minha iniciação como professora do curso Básico de Frequências de Brilho comecei a receber uma energia muito forte, informações que não faziam muito sentido, materiais e uma enorme conexão com as Forças da Natureza.”
E termina assim: “Neste Workshop serão utilizadas as energias da geometria sagrada dos Pleiadianos, ensinamentos xamânicos e alquímicos. Contém as energias Pleiadianas, Lemurianas, Xamânicas e do Conselho Galáctico, além da suave condução de Sai Baba sempre presente em minha vida e meus trabalhos.”
Acho que fica explicado o porquê da Regina não gostar de quem tenha conhecimento real dos assuntos…
É que os workshops dão bastante dinheiro à custa da iliteracia científica e funcional das pessoas…
Eu proponho que no seu próximo workshop peça à pessoa que lhe leva o dinheiro, que entre na internet com “energias Lemurianas”… e não através do conhecimento científico (que tanto dizem desprezar).
O DEVER DA AJUDA NA PRATICA DA VIRTUDE
Prof. Antônio Lopes de Sá
Muitos são os deveres que um profissional possui em relação aos seus colegas. Dentre todos, um dos que mais se torna importante, para o fortalecimento de uma comunidade, encontra-se aquele dever ético da ajuda.
O ajudar envolve um complexo de atitudes. Exclui, apenas, a conivência no vicio, no erro, na fraude. Isto não significa, todavia, que se deva abandonar ou condenar definitivamente um colega porque ele cometeu enganos.
Todos podemos cometer erros e é natural que os cometamos em situações de inexperiência, falta de orientação, educação insuficiente, más companhias, circunstâncias adversas, fortes desilusões, depressões mentais, problemas de saúde , em suma muitos fatores adversos podem conduzir ao rompimento com a virtude.
Ninguém deve auto julgar-se absolutamente perfeito e todos estamos sujeitos a enganos maiores ou menores. A ajuda, portanto, inclui essa especial assistência nossa ao colega para que possa reconduzir-se ao caminho do bem, para que possa retornar a virtude ou até absorver exemplos que em verdade não tinha ainda sido despertado para eles.
É normal que o ser humano possa ser vítima , e de fato o é, da inveja, da calúnia, da perseguição pertinaz, da traição, em suma de vícios de terceiros que nos atingem e que para combatê-los outros venham a ser praticados, como o de igualar-se ao malfeitor.
Partindo do principio que o semelhante com o semelhante se cura (como é o caso de injetar-se no corpo o veneno de ofídios, ou sejam as vacinas, quando a pessoa é por eles atingida) muitos outros erros se acumulam quando se revida com a prática do mal .
O referido principio que tão bem se aplica ao corpo, deixa de aplicar-se aos domínios da ética, no caso enfocado, pois, ninguém se ajuda sem ajudar o seu semelhante.
Quando um colega pratica erros, a primeira coisa que nos cabe fazer, é aproximarmos dele para contribuir com exemplos e boas palavras para que se recupere. Ninguém está absolutamente perdido se tem ainda dentro de si a capacidade de absorver a virtude e se não é infenso a orientação.”
Caro Dr. Carlos, particularmente eu não confio em ninguém que escreva em blogs sobre o sistema no qual todos nós vivemos e ao mesmo tempo estes blogueiros, dentre os quais eu incluo você, ao mesmo tempo usufrua e sobreviva às custas do próprio sistema. Trabalhei muitos anos na área de engenharia, conheci muitos pesquisadores e todos eles, sem exceção, são, em maior ou menor grau, parciais com relação aos resultados de seus trabalhos. Seja por motivos corporativistas no meio universitário, patrocinadores, politica ou interesses e dependências dos mais variados matizes. Para dizer que eu não minto sozinho, basta ver a quantidade de artigos publicados por pesquisadores brasileiros que tiveram que ser “retificados” devido a erros e plágios, por exemplo.
Com relação ao que você escreveu sobre a Ravena, Laura Botelho e companhia, filtrando a “agressividade morfossintática” que pareceu-me exagerada como a demonstrada numa situação de “marido traído”, eu concordo com você. Eu, particularmente, no geral, me divirto lendo as teorias conspiratórias. Falta embasamento? Definitivamente. Falta conhecimento? Muito. Escrevem mal? Superlativamente. São um caso perdido? Creio que não, de acordo com o texto do professor Antonio Lopes de Sa. Apesar de eu reconhecer algo parecido com a “verdade” na firmeza de sua dissertação destrinchando impiedosamente estas meninas e meninos, eu sinto compaixão e uma vontade de estender a mao e ajuda-los. Não consigo chamar a Ravena de vigarista ou qualquer outro ser humano de vigarista. Ate mesmo os reconhecidamente pela lei dos homens. Todos tem uma chance de se reafirmarem e voltarem ao caminho do bem que foi negligenciado por um desconhecimento temporário. Pessoas como você são necessárias para mostrar a milhões de Ravenas, Lauras, Rodrigos pelo mundo afora o caminho do conhecimento e da busca pela Verdade. Não a pessoal, mas a universal. Sem vaidades, orgulhos, arrogâncias e violências. Eu acredito na humanidade por mais que ela me mostre todos os dias que ela não merece compaixão apoiando, conscientemente ou não, genocídios, violência familiar, roubos, trapaças e erros de toda espécie. Muito obrigado pelo conhecimento adquirido em seu blog. Eu espero que você esteja da mesma forma receptivo à critica caso algum dia apareça alguém como você aqui no seu blog ou em algum outro dissecando e minando o seu trabalho. Um forte abraço. Joao.
Author
Caro Joao Ningishzida,
As pessoas podem ter as crenças que quiserem.
Podem até acreditar que as nuvens são coelhos.
A partir do momento em que você vende água (simples água) a alguém, por 300 euros, dizendo a esse alguém que lhe vai curar todas as doenças, sobretudo em momentos em que as pessoas estão mais desesperadas – ou seja, você aproveita-se das pessoas e da ignorancia das pessoas para um proveito material próprio – você está sendo vigarista.
Sugiro que veja onde essas pessoas fazem dinheiro.
abraços!
Caro Dr. Carlos, eu já vi propagandas de cursos ministrados e livros. Não concordo com nada do que eles fazem especialmente no que se refere a auferir renda à base da ignorância e desinformação das pessoas. E como eles existem milhares iguais pelo mundo afora… E, talvez, isto seja uma das coisas que mais me entristece na vida ao ver estas pessoas conscientemente manipulando pessoas ignorantes que, por livre e espontânea vontade, tornaram-se presas de discursos obtusos, mal intencionados. Ainda assim, eu sinto uma vontade de estender a mao, mesmo sabendo que vou ser repudiado, para ajuda-los a retornarem ao caminho do bem e de uma vida honesta e em harmonia com o criador de todos os universos. Eu já estou velho, mas a criança que existe dentro de mim me diz sempre para eu não perder a fé tanto nos velhos rabugentos como eu como nos mais jovens. Que vale a pena ser bom e que o amor e o exemplo não só podem como devem ser ferramentas de auxilio na edificação de um futuro melhor para todos.
All the best. With love. Joao Ningishzida
Author
Ainda sobre a natureza da ciência, e sobre como as pessoas acham que as suas opiniões (erradas) valem mais que o conhecimento dos assuntos, leiam esta thread:
http://www.facebook.com/astropt/posts/349779311724673
Sim, é verdade.
Mas quando excluo a presença de uma pessoa, é a presença física dessa pessoa (instrutor). Presença essa que se dá através dos livros.
No entanto, através de livros o aprendizado é de certa maneira “estático”, o que torna o aprendizado um pouco mais difícil.
Mas beleza. Valeuu.
Abraço
Opa
Dessa vez concordo uns 95% com vc. Só tenho umas ressalvas a fazer, principalmente ao que eu quis dizer e não consegui.
Espero agora esclarecer o que eu quero dizer com o “Tudo é possível”, embora vc já tenha falado algumas coisas.
Existem muitos conhecimentos dos quais ainda nem imaginamos e existem coisas que alguns já imaginam, suspeitam, ou até teorizam sobre, mas ainda não há a base que sustenta tal novo conhecimento para que ele seja realmente possível. É algo que o tempo vai dizer.
A excência do “tudo é possível” que eu quero passar é a seguinte:
É possível que eu esteja prestes a conceber um novo campo de conhecimento baseado em observações e cálculos que até o momento suportam esse tal novo campo, mesmo que ninguém ainda tenha o percebido? Sim, é possível. E também é possível que eu esteja errado.
É possível que eu morra esmagado entre um muro e parte das ferragens de um carro que estou dirigindo? Sim, basta que eu esteja em altíssima velocidade e perca o controle, ou algo assim. É possível que eu descubra uma nova forma de combater bactérias observando a reação do organismo de um paciente ao ser dado uma dose de um componenente químico A sendo que na verdade era para ser aplicado o componente químico B? Sim, é possível.
O “tudo é possível” é nesse sentido. É filosófico. E mesmo que algum dia alguém prove a existência de unicórnios voadores (embora seja uma possibilidade bem remota dado o conhecimento atual), não é disso que estive falando aqui.
O resto vc já disse e está certo.
A palavra que eu gostaria de ter usado era “Gênio” como vc disse. Raramente aparece um, mas quando aparece faz história.
E se tratando de gênio, ao meu ver, basta que ele tenha acesso à livros, laboratórios e equipamentos que ele vai longe.
No exemplo que dei do Vivien Theodore Thomas, a evolução da medicina naquele momento estava nas mãos dele. Ele teve acesso ao conhecimento facilitado devido à parceria com o Dr. Alfred Blalock, mas ele já estudava intensamente por conta própria devido ao sonho de cursar medicina.
Quanto ao que vc diz sobre o conhecimento de hoje não ser como era há 100 anos, e que hoje é mais difícil querer fazer as coisas por conta própria, concordo plenamente. Mas imagino que como o conhecimento evolui, nós também evoluímos e poderemos ser capazes de lidar com isso sem maiores problemas. Tenho observado as crianças de hoje em dia e elas parecem ser bem mais inteligentes que as de décadas atras. Isto é apenas uma especulação minha e eu posso estar completamente enganado caso esta inteligência, seja por exemplo, devido à falta de repressão dos pais de hoje em relação aos pais de antigamente. Quem sabe?
Quando digo que alguém pode aprender as coisas por conta própria, quero dizer que a inteligência pode ser trabalhada e melhorada. É claro que nisso não entram as pessoas que nunca desenvolveram nada na vida. E é bem restrito para as que desenvolveram algo difícil, técnológico, ou que pelo menos tenham uma mente voltada para isso. Também sei que desta maneira será bem massante chegar a um conhecimento de ponta como vc mesmo citou.
Mas de qualquer forma, eu nunca disse sobre alguém se tornar polivalente em áreas de conhecimento ou ser “top” em algum conhecimento específico.
E nos dias de hoje, se alguém começa a aprender as coisas por conta própria e chega no limite de apenas faltar acesso à equipamentos modernos para validar seus experimentos e chegar as suas próprias conclusões, este alguém será convidado a participar da vida acadêmica.
É isso. Abraço
Author
João,
Note o que o próprio João disse 😉
O próprio Vivien precisou dos conhecimentos e da ajuda de alguém da academia, que sabia o que fazia, para se poder tornar alguém competente. Não foi sozinho, nem foi porque soubesse de tudo, nem foi porque acordou de manhã a saber mais que os outros 😉
Teve que ler livros de pessoas com crédito elevado que lhe transmitiram o conhecimento. E teve que se basear nos seus amigos que já eram especialistas nisso.
Os génios não pensam de forma “isolada”, como os pseudos querem fazer crer.
Não é qualquer um que sozinho chega a “curas milagrosas”, contra todos os especialistas no assunto.
O Vivien não disse o contrário dos especialistas. Pelo contrário, apoiou-se neles para chegar a conhecimento mais além.
O mesmo fez Einstein, aliás.
Sem o seu amigo Besso, e vários outros, Einstein não teria sido… Einstein.
Ideias ele tinha, mas para a matemática, sobretudo, teve que pedir ajuda aos especialistas.
Novamente reafirmo que os génios não pensam de forma “isolada” nem estão contra os especialistas, como os pseudos querem fazer crer.
abraços
O ponto que eu quis levantar é que não se pode ter certeza de tudo baseado no conhecimento atual. Dizer por exemplo que a água não é importante para o surgimento da vida mas é importante para a evolução desta vida é, em outras palavras, afirmar que já conheço tudo sobre o surgimento da vida e ponto final, sendo que isso é uma verdade agora, amanhã e daqui um mês, mas pode ser que ano que vem uma nova descoberta mude isso.
Quando um primeiro pesquisador falou na possibilidade e benefícios do raio X, um outro cientista, físico se não me engano, disse que tal descoberta era uma tremanda mentira e que isso não seria possível. Outros da época devem tê-lo criticado também. Hoje temos muita coisa que no passado não passava de ficção.
Um outro exemplo bem clássico foram as ditas regiões sensoriais de gosto na língua, tão difundida no passado e hoje um mero conto.
Creio que se muito conhecimento mal explicado e cheio de suposições fossem re-experimentados, muito seria redescoberto com muito mais veracidade.
Quero dizer com isso é que temos que ser pessoas de mente aberta, não pensar e raciocinar somente no modo de comparação, que é o que a maior parte da população faz, comparações com o que já conhecem.
Se Einstein, por exemplo, não abstraísse seus pensamentos e raciocinasse somente no modo de comparação, ele não teria sido o que foi.
Se não agirmos assim agora, seremos como esses cientistas céticos do passado, duvidando do que nossa mente automática não consegue entender.
Atualmente trabalho com programação em PC e já trabalhei com eletrônica (As vezes faço algo relacionado ainda, como o meu TCC). São as duas áres de conhecimento que mais entendo. Também gosto de algumas coisas em psicologia.
O resto que sei é lendo, de várias fontes e não apenas de uma (quando o assunto me interessa claro) e imaginando como algumas coisas, que ainda não “existem”, seriam e quais as explicações pra isso. Não costumo condenar uma possibilidade mesmo que esta pareça esotérica, apenas afirmo que não tenho conhecimento para provar que não existe. Costumo dizer o seguinte: Tudo é possível até que se prove o contrário.
Creio que todos podemos descobrir e experimentar as coisas mesmo não sendo cientistas verdadeiramente. A primeira coisa necessária é vontade. Também é necessário uma dose mínima de bom senso, claro. Mas sei que a maioria esmagadora da população está sempre ocupada em seu tempo livre, assistindo televisão.
Abraços
Author
João,
Vou convidá-lo a ler os posts sobre astrobiologia e muitos dos meus comentários sobre essa matéria noutros posts.
http://www.astropt.org/?cat=6
“Dizer por exemplo que a água não é importante para o surgimento da vida mas é importante para a evolução desta vida é, em outras palavras, afirmar que já conheço tudo sobre o surgimento da vida e ponto final, sendo que isso é uma verdade agora, amanhã e daqui um mês, mas pode ser que ano que vem uma nova descoberta mude isso.”
Esta sua frase está quase certa.
Quase, porquê? Porque a última parte está errada.
Eu já escrevi um post sobre a ciência não errar:
http://www.astropt.org/2011/08/23/ciencia-nao-erra/
Onde explico que essa sua visão é errada.
A verdade de hoje não passa a ser mentira amanhã.
Einstein não deitou abaixo Newton, mas complementou-o para efeitos não “normais” (que vissemos no dia-a-dia).
O mesmo se passa nesse seu exemplo. O facto de podermos descobrir vida completamente diferente lá fora, não deita abaixo o que sabemos sobre a vida aqui. Não é o oposto. É uma informação complementar.
No resto da frase, convido-o a assistir ao meu curso 😉
http://www.astropt.org/2009/06/30/curso-de-astrobiologia/
E convido-o a ler o que diz a National Academy of Sciences:
http://www.astropt.org/2007/07/09/vida-estranha/
Sabe que os cientistas por vezes, como neste caso, já podem ter pensado nisso tudo. As pessoas é que não têm acesso a essa informação 😉
abraços
Olá.
Quanto ao que diz a National Academy of Sciences, conrcordo com a ampliação do leque de buscas de tipos de vida. Também concordo com o que você disse sobre ser estranho procurar o que a gente não conhece, e que é mais prudente basear as buscas no que temos de conhecimento de tipos de vida.
Mas ao meu ver, buscar vida de um tipo conhecido e sabendo conscientemente da possibilidade de existência de outros tipos, e da possibilidade de encontrar esse tipo de vida sem querer, faz com que os olhos dos pesquisadores estejam mais abertos a isso.
Quanto a ciência nunca errar, não concordo plenamente.
Todos os exemplos que vc deu foram de casos de complementação de conhecimento realmente. Mas o exemplo que eu dei das regiões sensorias na língua foi um erro. Provavelmente o erro foi de uma pesquisa mal feita ou conclusão antecipada. E o erro foi revelado quando alguém resolveu testar esse conhecimento novamente. Ao meu ver, o conhecimento atual que diz que a língua possui pápilas gustativas para detectarmos gostos não complementa o conhecimento antigo das regiões sensorias.
Com relação ao exemplo da grávidade, que vc comentou umas 3 vezes, realmente é isso, concordo. A gravidade existe e funciona hoje e por mais que seja descoberto novas forças, partículas, motivos externos, etc, que expliquem toda a origem da força gravitacional, o efeito dela continuará do jeito que está, salvo se algum motivo conhecido ou não, mas ligado a existência da grávidade, alterar alguma coisa nela. Mesmo numa situação dessas, as novas descobertas não alteram em nada o que a grávidade era antigamente. A força gravitacional é um bom exemplo pra mostrar a complementação do conhecimento antigo com as novas descobertas.
Mais uma vez, eu entendo como funciona a ampliação do conhecimento, mas volto a dizer, ninguém pode afirmar que algo não existe só pq não pode provar que existe, do mesmo jeito que não se pode afirmar que algo existe sem ter provas. O que devemos fazer é estar abertos a possibilidades. Seria como um terceiro nível para as coisas. Tal coisa existe se há provas, tal coisa NÃO existe se há provas. Mas se não houver nenhum tipo de prova, então essa coisa é uma possibilidade, mesmo que remota.
O que quero dizer com isso não se trata do conteúdo de alguma descoberta em si, mas sim como relatar isso aos outros.
Alguém, lá no post da ciência não errar, comentou sobre uma palavra errada poder mudar totalmente o significado. Concordo plenamente com isso. Posso até arriscar dizer que como é a mídia que passa as informações para a maioria da população, já que nem todos podem estar presentes em palestras, seminários, ou congressos, estes erros devido as palavras usadas acontecem na maioria das vezes.
Imagino um cientista falando sobre sua descoberta atual e no que ela implica com o conhecimento de agora (espero que cientistas sempre se reportem assim, mostrando que isso é o agora e não a verdade absoluta) e os jornalistas repetindo o conteúdo mas afirmando tudo categoricamente como se não houvesse o amanhã. Pelo menos é assim aqui no Brasil, os jornalistas afirmam tudo categoricamente mas uma quantidade extremamente pequena sabe o que está realmente dizendo.
É isso. Abraço
Author
Sobre imprensa:
http://www.astropt.org/category/imprensa/
http://www.astropt.org/2011/02/20/tyche-planeta-gigante-nos-confins-do-sistema-solar/
De resto penso que existe da parte do João uma má compreensão da natureza da ciência.
Não é sobre “existe ou não existe”, mas sim sobre o que é mais provável.
http://www.astropt.org/2011/05/21/profecias-da-ciencia/
Se for no seu carro a conduzir e o seu carro parar, o que faz?
Imagina que são unicórnios invisiveis voadores ou pensará que se acabou a gasolina e olha para o ponteiro?
Esse é o pensamento científico: pensa-se no mais provável, e faz-se a experiência.
Ninguém lhe diz que não existem unicórnios invisíveis voadores, mas chega-se à conclusão que o que se passou com o carro foi a gasolina acabar.
Quanto a possibilidades de vida, é o mesmo pensamento científico.
Juntamente com o exemplo das chaves e do sofá que expliquei noutro post.
Isso sim é ciência… não a caricatura que se vê.
abraços
Sobre imprensa, vc trouxe mais provas sobre o que já sei. Cada vez mais imagino os jornalistas como papagaios vestidos de gente, mas um papagaio mais evoluído, pois conseguem deturpar o assunto para o caminho que mais lhes convém.
No post sobre o planeta longínquo, concordo com o que disse.
Imagino que se o entrevistador tivesse perguntado mais sobre o motivo da crença neste planeta, a resposta seria algo sobre as várias civilizações antigas. É provável que o que dizem sobre 2012 se baseia nisso também, e nem tanto na entrevista do cidadão em questão.
Ainda no posto sobre o planeta, meu único questionamento seria no trecho “- o planeta não pode ser 4 vezes maior que Júpiter. A razão é simples: com mais de 3 vezes a massa de Júpiter, os planetas contraem-se e ficam mais pequenos. Será que um erro tão básico, que se aprende em Introdução à Astronomia para não-cientistas, foi dado por este investigador? Não.”. Esta parte sobre a contração do planeta está escrito como se fosse uma verdade absoluta imutável. Seria melhor dizer que para o tal planeta ser 4 vezes maior que Júpiter, uma nova explicação sobre como o planeta não se contraiu (já que é o que determina o conhecimento atual) teria que ser dada.
Perceba que não mudei o conteúdo, apenas o escrevi de uma maneira que a explicação não se torna uma verdade absoluta.
Ao contrário de algumas respostas direcionadas a mim, no post sobre as profecias da ciência, você escreveu de uma maneira bem mais próxima do que eu já disse aqui, tanto é que no exemplo do carro parado na estrada, não foi descartado a possibilidade do unicórnio (foi considerada esta possibilidade mesmo que extremamente remota). Aliás, como este exemplo é preferido por vc Carlos, já o li várias vezes, vou começar a sonhar com tais criaturas.
Resumindo. Já percebi que vc sabe sobre o que estou dizendo aqui, sobre não afirmar como sendo verdade absoluta. Esta afirmação vem embutida na frase. É como eu disse para o Cavalcanti, sempre mostrar (através da escrita ou da fala) que um conhecimento qualquer é o que temos para o momento e que isso pode mudar com novas descobertas, é impedir que futuramente alguém diga que todo o conhecimento antigo em questão estava errado devido à afirmações absolutas.
Espero que eu tenha escrito agora de uma forma que eu me faça entender.
Abraço
João, parei por 5 minutos a fim de observar melhor seu comentário.
Antes de dirigir uma pergunta à você, permita-me uma ressalva: o que vocês chamam de céticos, se trata de prudência científica. E esta prudência científica forma o caráter de pessoas que te deram a tecnologia que você usa todos os dias. Que te deu desde o computador (ou notebook) que está à sua frente até manter os aviões no ar – que te levam pra qualquer lugar de maneira rápida e eficiente.
Diante de tanta prova cabal, faço um convite à reflexão: qual o problema em ser “cético”? (coloquei entre aspas, pois essa expressão não se aplica à ciência)
Por vezes, vejo que vocês se referem ao Einstein. O que vocês esquecem é que o Einstein, quando revolucionou o mundo com suas descobertas, fez CIÊNCIA e não PSEUDOCIÊNCIA, como faz o Nassin, David Icke e tantos outros que vigarizam em custa da boa fé das pessoas.
Por que a Teoria da Relatividade de Einstein nunca falhou? Porque o mesmo não saiu afirmando que existem unicórnios voadores, fada-dos-dentes, Flash Gordon na Constelação de Draco e muitos outros disparates. Todos os PhD’s que se enveredaram para a pseudociência se mostraram equivocados.
O Einstein não o fez porque ele sabe que muitas baboseiras simplesmente não existem.
Sim, temos que manter a mente aberta. Mas não ao ponto de cair o cérebro. (James Oberg)
A contradição pseuda é tão grande que um cidadão tem um sítio na internet; acusa a NASA de não ser confiável, mas tem o cinismo de inserir o símbolo desta em seus projetos. Por vezes acusam a agência, mas ficam olhando através dos seus telescópios, se utilizando de sua tecnologia. Se estão sempre a acusar quem faz ciência, faça um favor a si mesmo: desligue o computador, pegue suas coisas e vá morar em uma caverna. A partir daí, estes terão mais créditos pra atacarem os cientistas e/ou especialistas.
A NASA esconde segredos? Vai lá saber… . Quem não esconde? Em caso afirmativo, se faz necessário sabermos acerca destes? Asteróides, planeta chupão, extraterrestres?
Portanto, essa questão de que somos agarrados em fatos científicos (que vocês chamam de crenças) não se sustenta, pois como muito bem afirma Carlos: “a ciência não se faz de crenças”.
Já agora, faz-se de fatos.
😉
Note que esse trecho:
“(…) Se estão sempre a acusar quem faz ciência, faça um favor a si mesmo: desligue o computador, pegue suas coisas e vá morar em uma caverna. A partir daí, estes terão mais créditos pra atacarem os cientistas e/ou especialistas.”
Não estou a me referir sobre o João e sim em outros cidadãos.
Abraços.
Não há problema nenhum em ser cético se não tivermos nada de conhecimento na cabeça (mesmo que a palavra “cético” não se aplique à Ciência) . Acreditando ou não, buscando por provas ou não, não fará diferença para quem não raciocina. Aliás, isso nem seria possível pra quem não raciocina. Uma pessoa assim não saberia nem por onde começar.
Mas o que eu quis dizer com um cientista ser cético em relação à descoberta de outro cientista, é que este primeiro não deve dizer que é mentira ou é impossível sem ter provas. Estou falando sobre possibilidades plausíveis, como a existência de vida que não necessite de água para sua existência.
Um cientista, mesmo não entendendo a descoberta de outro, deve estar aberto as possibilidades, necessitando apenas das explicações para tal possibilidade se tornar real para ele. Isto ao meu ver é ter prudência (científica ou não).
Acima respondi ao Carlos e explico sobre minha visão de aceitar possibilidades e de como isso entra junto com o conceito de existe / não existe.
Quando comentei sobre Einstein, eu também falava sobre possibilidades plausíveis. Ele em algum momento pensou na possibilidade de existir conhecimentos que não “existiam” na comunidade cientifica da época e buscou pelas explicações que davam base para suas descobertas. Ele saiu do modo de comparação com o conhecimento atual e abstraiu seus pensamentos.
Mais uma vez digo que são possibilidades cabíveis, NADA de querer mudar meu cérebro da cabeça para a barriga com a força do pensamento e tentar achar explicações pra isso.
Na resposta acima também falo sobre o modo como a imprensa costuma passar a informação. O que pode gerar os motivos para que digam que cientistas também erram.
Abraço
João, apenas uma ressalva no seu comentário. 😉
O que você afirmou a própria ciência já faz. Qualquer cientista sério, a princípio, está aberto à novas ideias. Ou não tens convicção que qualquer cientista obteria recursos financeiros se não descobrisse nada? Como manteria seu instituto de pesquisa, por exemplo? Agora, o que é “descoberto” na ciência mostra-se à prova pela comunidade científica. Se entrar em voga, será aprovado. Senão, será aperfeiçoado, otimizado ou descartado.
O problema dos pseudos é que estes não admitem um não como resposta – por mais que já tenha se mostrado à prova que tal fato não subsiste. Veja a problemática da Teoria “M”: a Física ainda está a teorizar a possibilidade de outros Universos. A pseudociência já afirma que não existem somente n-universos (pegando carona nas ideias científicas), como também existem seres de outras dimensões a nos visitarem. A ciência cria uma nota musical, a pseudociência faz um ruído horroroso aos nossos ouvidos. Você poderia até perguntar:
“Sim, mas essa possibilidade de extraterrestres de outras dimensões a nos visitarem não pode existir? 😉 ”
É isso que estamos vendo? Extraterrestres dotados de tecnologia superior, vencendo distâncias astronômicas ou possuindo tecnologia para recriar e controlar buracos-de-minhoca (pelo que sei até o presente momento, só existe em teoria, mas pode tornar-se real devido às observações), vindo em naves que piscam mais que o trenó do Papai Noel, a abduzir-nos na calada da noite?
Não existe nenhum “portal” ao lado do Sol. Mas alguns que seguem a pseudociência dizem que seres extraterrestres estão vindos através destes “portais”. Veja as palestras do pseudo Nassim Haramein. Ali é o mestre dos disparates. Mistura coisas já científicas com as baboseiras dele, que não se tornam fatos concretos – tal como foi as descobertas de Einstein. Percebes a diferença? Existe lugar em coisas totalmente aparvalhadas? O Elenin foi a maior prova disso: o coitado levou tanto nome, tanta especulação, que talvez seus destroços nem queiram mais passar por aqui. Pior, até mesmo um Engenheiro chileno meio aparvalhado afirmou que o Elenin seria um buraco negro. Caso fosse, o Sol não estaria já lá fora iluminando tanto gregos quanto troianos. 😛
Não se engane: os maiores entusiastas pelas descobertas totalmente inimaginadas vêm deles – dos cientistas a serviço do bem (que não são todos, infelizmente) que nesse exato momento estão a deixar suas famílias em suas casas, e se dedicando à sua pesquisa – quando poderiam estarem descansando. 😉 Mas estes têm a prudência e a responsabilidade em não levar à público coisas totalmente mentirosas.
E quanto à pseudociência, lembre-se: esta não acerta nunca sobre coisas científicas.
Sim, vamos ter a mente aberta. Mas não ao ponto de cair o cérebro. (James Oberg)
Abraços.
Pela sua última esposta, creio que desta vez me fiz entender. 🙂
Se cientistas sérios realmente possuem esse comportamento, aí o problema de dizerem que a ciência erra está em como as novas descobertas, mesmo que não concluídas totalmente, é divulgada pela mídia para a população, afirmando tudo como se fosse a última verdade irrefutável.
Se um cientista já mostra suas descobertas e frisa que é o que se tem observado até o momento, e que mais cedo ou mais tarde isso pode mudar ou evoluir, não sobra espaço para ninguém dizer que o cientista em questão errou já que ele nunca teria afirmado que sua descoberta era a verdade plena.
No final das contas, o problema mesmo é de comunicação.
No trecho “…(pelo que sei até o presente momento, só existe em teoria, mas pode tornar-se real devido às observações)…” vc escreveu a excência do que eu tentei passar nas respostas anteriores.
Abraço.
João,
Repare quando você diz que qualquer um pode por conta sair por aí experimentando e descobrindo coisas, ok, mas conhecer e saber todas as coisas, ou exatamente qualquer coisa em níveis avançados, não, isso não é real, isso não depende só da vontade.
Uma coisa é aprender eletrônica para montar, desmontar, consertar aparelhos de tv e rádios, aprende-se uma teoria muito básica de como funcionam os componentes, aprende-se de diagramas de placas e como analisar sinais e consertar, basta não ser um analfabeto funcional. Mas muito diferente é a vontade de projetar o chip que decodifica o sinal de tv, mesmo que tenha a maior vontade do mundo, sozinho você nem ninguém aprenderia a projetá-lo. nem que tivesse acesso a todo conhecimento para tanto.
Você sozinho nem com livros nem com a internet, mesmo morando dentro de uma biblioteca de faculdade de Medicina conseguiria ser um médico. Nem um engenheiro.
Para saber Mecânica Quântica para gerar teorias que depois vão ser comprovadas ou não, na parte experimental, você precisaria de um conhecimento avançadíssimo de Matemática e de Física, mais do que os engenheiros sabem. Pergunte a qualquer pseudo que se diz conhecedor de Mecânica Quântica se ele sabe resolver uma equação diferencial ou integral. Se ele geralmente nunca ouviu falar disso, nunca chegará a saber nada do mundo quântico, pois demosntrou que não sabe nada da Matemática que precisa para validar suas teorias.
Repito, não há como pessoas comuns nem os pseudos saberem ou elaborarem altas teorias quânticas sem saber uma Matemática avançadíssima, que não se aprende sozinho por vontade, nem em quarenta anos. Mas você pode comprar uma luneta e aprender como encontrar planetas e cometas no céu, o conhecimento básico está aí, existem softwares que ajudam, mas novamente, para chegar no nível de ser um astrônomo profissional vai ter de cursar a escola da área, vai ter de fazer pós-graduação, não tem jeito, pois precisa conhecer muitos assuntos e provar que sabe. Os pseudos demonstram ter um parafuso frouxo quando ouvem um físico conceituado numa série do Discovery falando de Mecânica Quântica como “um mundo onde tudo é possível e paradoxal”, e os pseudos pegam esse chavão e acham que as teorias que saem das cacholas deles se justificam e estão certas, porque se realiza na afirmativa de que “tudo é posível”, e se estão certos, e sempre estão certos, a NASA e todo o meio científico mentem porque não chegaram nem divulgam as conclusões “brilhantes” deles. Não lhe parece isso uma disfunção da mente cognitiva? Não parece, é.
Enfim, qualquer conhecimento não pode ser assimilado por qualquer um, mesmo que tenha a maior vontade do mundo.
Se ninguém pudesse fazer nada sozinho, nada existiria, pois o primeiro que pesquisou sobre algo o fez sozinho.
Vontade é a primeira coisa necessária. Uma pessoa que queira fazer algo, pode esbarrar sim em outras questões, mesmo tendo vontade.
Vc deve ter usado o exemplo da eletrônica pq realmente existentes técnicos que consertam TVs e rádios aos montes por aí, e a maioria nem conclui os estudos básicos. Nunca gostei de conserto, prefiro criar as coisas. Já fiz circuitos pra várias coisas e meu trabalho final da faculdade é um aparelho, um produto para controle industrial. Nada de novo confesso, é apenas uma versão mais barata das existentes. Mas mesmo já existindo, estamos criando nossa própria versão.
Criar um chip não é muito diferente para quem cria um circuito, pois um chip nada mais é do que um circuito integrado em uma pastilha.
Entenda que não estou dizendo que quem passa a vida assistindo televisão, de uma hora para outra vai criar algo só pq teve vontade, menos ainda teorias sobre um novo conhecimento.
Entretanto, generalizar que ninguém é capaz sem ter frequentado faculdade, mesmo que este alguém leia, experimente, e conclua por si só ou valide as conclusões já existentes sobre um tema, é um pensamento bem limitado.
Óbvio que este alguém precisa ter acesso ao conhecimento e hoje em dia isso é mais fácil cursando faculdade, fazendo mestrado, etc. Mas nada impede que isso possa ser feito em outro ambiente.
Cai mais uma vez no que eu falei sobre possibilidades nas várias respostas que dei. Tudo é possível sim, basta que tenhamos as explicações corretas e válidas para isso. Agora realmente sonhar com algo e sair dizendo que é possível só pq sonhou, não torna esse algo possível.
Seu comentário não está errado se vc não generalizar e mostrar as exceções. Eu concordo que para realizar algo com conhecimento tecnológico é para poucos. E que criar algo novo do nada é para menos pessoas ainda. Mas generalizar não é correto pois vira e mexe aparece uma exceção. Mas esta exceção é claro não será mais um zumbi da sociedade, isso é fato.
Já ouviu falar sobre Vivien Thomas? Este senhor é um belo exemplo não acha?
João,
Os exemplos que citei foram muito claros e pontuaram o contexto que você bem poderia captar para perceber outras situações.
Quem tem generalizado é você, quando agora mesmo acabou de repetir a generalização ao dizer “tudo é possível, sim”.
Mais uma vez digo, é uma visão muito equivocada a sua, porque “tudo” aí envolve conhecimento estratificado e diverso em muitidisciplinas e muiltiprofissões, que se expande além do horizonte imaginado em várias direções, estando o topo do conhecimento (do qual nada se sabe publicamente) nas pesquisas nas universidades, laboratórios de empresas farmacêuticas, na NASA, ESA, em grandes empresas como IBM que está desenvolvendo computadores quânticos confiáveis, por exemplo. E ninguém faz nada sozinho quando se está num conhecimento de ponta. Vacinas, LHC, robôs para Marte, DNA, células tronco, colonização de Marte, são muitas e muitas pessoas trabalhando em grupos nessas situações por um motivo muito simples, o conhecimento é complexo e precisa de apoio de multi-áreas (pessoas novamente) para a coisa avançar.
Quando você diz “tudo” você está generalizando para todo o espectro do conhecimento, mas não tem como sabê-lo ou conhecê-lo por conta. É humanamente impossível aprender uma pontinha do conhecimento mais especializado se não se passar pelas escalas de aprendizado bem definidas, e por isso é que existem instituições que ensinam o conhecimento “em escala”. Saímos do básico passando pelo ensino médio, alcançando o superior e depois as pós-graduações, e por fim os laboratórios e instituições de ponta, que não vão aceitar ninguém para apreender e trabalhar o conhecimento de ponta sem que se tenha passado por todas as escalas anteriores, provando que se está apto, pelos títulos, para avançar até o topo. Quase nada hoje na área técnica, humanas, sociais, ou qualquer coisa de base científica que precise de altas matematica e fisica prescinde de formação educacional oficial acompanhados por instrutores capacitados (nunca é sozinho, sempre tem orientação de gente que mais sabe), seguindo currículos disciplinares para elevar o nível de conhecimento de acordo com uma metodologia.
Fora desse mundo oficial de formação você só tem acesso a conhecimento “merreca”, aliás, em conta gotas, ali ou acolá, e por isso você terá limitações definitivas para avançar, mesmo porque não encontrará ninguém plenamente gabaritado que o ajude fora das instituições, nem conseguirá montar laboratórios caríssimos e complicados. Você não vai aprender a fazer trabalho de campo de Arqueologia sem estar no campo com pessoas que sabem, dentro do grupo como aluno de graduação ou de pós, sendo orientado, muito menos você tem condições de aprender “tudo” pela internet ou dentro de uma biblioteca lotada de livros de qualquer área de interesse, com a vontade de por conta construir e programar um computador quântico ou aprender medicina, bioquímica, neurociência, mecânica quântica, astronomia profissional, farmácia, ou qualquer outra profissão de nivel superior, de forma completa, você não vai conseguir por conta. Isso já escrevi noutro post mas não custa repetir, porque parece que você não entendeu a dimensão da coisa e da complexidade do conhecimento do mundo atual.
Sinto muito, você está muito equivocado nesse “tudo”, não é realista. Desça das nuvens. Sua ideia só tem uma consequência, tentar validar a visão dos pseudos de que se pode fazer ciência e ter e fazer conhecimento de qualquer jeito. Nada disso. Tem pseudo com nível de Física de ensino médio que lê um livro do Hawking sobre buracos negros e não só acha que aprendeu como acha que sabe tudo do assunto e ainda que é capaz de criar nova teorias. E nunca resolveu uma equação integral. Um absurdo.
E se você sabe que 75% da população brasileira é analfabeta funcional, que significa que não sabe compreender o que diz um manual de instruções, você saberia por consequencia que nem todos estão minimamente aptos para avançar nas escalas de aprendizado por conta, exatamente porque não se avança para o próximo nível de conhecimento sem estar todo o anterior pronto e bem aprendido. Mas mesmo que uma pessoa não seja analfabeta funcional, com formação média completa, cairia nas limtações das situações expostas acima.
O conhecimento a ser aprendido de forma eficiente e correta está nas escolas, faculdades e nas instituições que pesquisam, e é assim mesmo porque o conhecimento não está no mesmo nível “rasteiro” e “simplista” de 500 anos atrás, nem de 100 anos atrás. E quanto mais para a frente, mais difícil ainda será aprender algo por conta sem estar dentro das instituições formadoras, a não ser que apareça um novo conhecimento que crie uma máquina conectada no cérebro que empurre conhecimento direto para as área de memória e aprendizado em algum momento do futuro.
Enquanto esse mundo não chega é muito importante e cada vez mais importante a educação formal, quem não estiver participando e aprendendo dentro das “escalas” de instuituiçoes de aprendizado e formadoras de conhecimento estará mal formado e mal empregado, bem como já acontece há muito tempo. O que você vai conseguir aprender sozinho estará num nível técnico ou de conhecimento muito baixo, quase desprezível frente a “tudo”.
Sempre há exceções, mas as exceções se chamam gênios e eles, mesmo eles, hoje, não prescindem aprender o conhecimento atual por instituições de ensino oficiais, porque também precisam de instrutores apontando os caminhos da mesma forma.
[…] ver um desses exemplos, aqui. Um resumo/tradução está aqui. Mas vou usar o texto da nossa já conhecida ignorante Ravena, que não só colocou esse artigo, mas teve cerca de 50 comentários de respostas a esse post, cada […]