No Limite do Amanhã

Edge_of_Tomorrow_Poster

Edge of Tomorrow é um excelente filme, especialmente visto em IMAX.

Num futuro próximo, a Terra é invadida por uma impiedosa raça alienígena conhecida como Mimics (miméticos). Ao longo da guerra de 5 anos, os humanos percebem que é impossível ganhar.

A grande vantagem dos alienígenas é que eles conseguem viver novamente após serem mortos pelos humanos. Assim, têm um suplemento constante de combatentes.

O Major William Cage é relações públicas das Forças Armadas dos Estados Unidos. No entanto, o inexperiente Cage é obrigado a ir para a frente de combate numa missão suicida.
Inexplicavelmente, consegue o poder dos alienígenas (depois fica a perceber que é devido a ter sido exposto a sangue extraterrestre), e sempre que morre, volta a viver… repetindo as ações a partir do dia anterior à guerra.
A repetição temporal fá-lo lutar e morrer vezes sem conta, mas vantajosamente também lhe permite treinar cada vez mais e aperfeiçoar-se nas técnicas de combate. Ele passa a combater cada vez melhor.

Por outro lado, como ele passa a conhecer o futuro, passa a ter uma vantagem enorme sobre todos os outros.
Cage sabe o que vai acontecer e o que os outros vão fazer, mesmo antes deles o saberem.

O Dr. Carter, especialista em biologia dos miméticos, explica a Cage que Rita Vrataski também tinha o mesmo poder de repetição temporal na batalha de Verdun, em França, e por isso é que os Humanos ganharam essa batalha (não foi devido aos exoesqueletos mecânicos chamados “Jackets”, como os militares pensaram).
O especialista também explica que os alienígenas são controlados por uma única entidade chamada “Omega”, que consegue controlar o tempo. Ao entrar em contato com o sangue de um mimético de nível superior, conhecidos como “Alpha”, Cage ganhou este poder também. Rita, contudo, perdeu o seu poder quando sofreu um ferimento grave e teve sangue humano transferido para o seu corpo, salvando-a da morte mas anulando o seu poder.
Cage fica também a saber que devido a ter sangue dos miméticos, os alienígenas tentarão encontrá-lo, mas por outro lado esse sangue permitir-lhe-à ter visões do paradeiro de Omega. Cage fica a saber que Omega está por baixo do Museu do Louvre, em Paris.

No entanto, Cage tem um acidente, é-lhe feita uma transfusão de sangue que lhe permite sobreviver, mas perde o seu poder de loop temporal.
De qualquer modo, ele, Rita e um grupo de soldados resolvem ir atrás de Omega. No Louvre, Cage consegue matar o Omega, mas o seu sangue envolve Cage.

Cage volta a ter o poder de repetição temporal, os extraterrestres são desativados, e os Humanos ganham a guerra contra os invasores alienígenas.

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O filme é muito bom.
Tem muita ação, sentido de humor e uma boa representação por parte dos atores.

Gosto sobretudo da ideia subjacente ao filme: de que tornamos a viver e a repetir os eventos.
É uma forma de imortalidade, mas não sei se será apreciada.
É um filme com uma premissa semelhante ao filme Groundhog Day – Feitiço do Tempo.
É uma premissa também muito semelhante aos video-jogos. Os jogos de computador utilizam muito esta ideia: quando perdemos, fazemos reset e tornamos a jogar. Quando voltamos a jogar, aprendemos com os erros passados e jogamos melhor. Um gamer faz isto consecutivamente até conseguir ganhar. O filme é precisamente isto.

O filme tem assim a mensagem: “Vive… morre… repete… vive… morre… repete… vive… morre… repete… vive… morre… repete…” e assim sucessivamente.

No entanto, não é só voltar a viver. É também viajar para trás no tempo e voltar a repetir os mesmos eventos.

Como é definido o momento em que a pessoa faz reboot?
Num jogo de computador, a pessoa volta ao início do jogo ou do nível. Mas no filme, como é definido esse “início de nível”?

Não entendo porque ao fazer isto – voltar atrás no tempo – a consciência/memória pessoal também não faz reset.

Não entendo como o sangue alienígena pode fornecer visões do paradeiro de Omega. Não faz sentido…

Não percebo porque no início ele é enviado para a frente de batalha.

Também não entendo porque os alienígenas perdem no final.
Afinal, é só um soldado humano com essa vantagem contra milhares de soldados alienígenas com essa mesma vantagem (o facto do Omega ter morrido não faz com que os Alphas percam o sangue).

5 comentários

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  1. O filme tem uma premissa interessante. Digamos que é mais que o Groundhog Day em várias questões. Quanto às questões que não fazem sentido… bom, é um filme, não tem que ter rigor científico.

    Ah… e mais uma coisa… esse trailer do All The Options… LOOOOOOOOOOOOL

    PS: Já fizeram ou pensaram fazer uma análise do Transcendence? Era interessante debater até que ponto é que a velocidade com que certas coisas acontecem no filme tem fundamento ou não. Parece-me uma narrativa bastante sólida à luz dos conhecimentos que temos hoje.

    1. Falei do Transcendence antes dele sair nos cinemas… mas ainda não o vi 😉
      http://www.astropt.org/2013/12/23/transcendence/

        • Pedro Tomás on 18/07/2014 at 19:48

        Aconselho vivamente.
        Apesar de alguns plot holes e falhanços monumentais (como uma IA que tem acesso a câmaras no mundo todo, mas não a imagens de satélite, por exemplo), está muito bem pensado, nomeadamente naquilo que a meu ver será o futuro da nanotecnologia e da biotecnologia. 😉

      1. ok. Obrigado 🙂

  2. Um filme que enche a vista, mas não a cabeça…
    Para variar o mal está na Europa, mais propriamente na França, debaixo da “infame” pirâmide do Louvre. Brrrr, que grandessíssimos pagãos!
    Olhando para o passado, no século XX, o mal veio pelo menos duas vezes do continente Europeu…
    O argumento do filme não me convence.

  1. […] of Tomorrow é um mockbuster do filme Edge of Tomorrow. Um mockbuster é um filme criado com o propósito de “andar às cavalitas” de outro […]

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