Raiva contra o egoísmo dos anti-vacinas

O Reino Unido tem uma grande taxa de pessoas totalmente vacinadas (70%), mas podia ser melhor.
Tal como nos EUA, têm sido administradas as doses de reforço a um bom ritmo.
No entanto, não tem sido alargado o leque de pessoas vacinadas. Ou seja, as doses de reforço têm sido dadas, mas as pessoas que se recusam a vacinar continuam acima de 25% da população.

Assim, sem surpresa, as hospitalizações e as mortes estão a aumentar exponencialmente, sobretudo em pessoas não-vacinadas.

Devido a isto, os hospitais estão novamente a encher e os profissionais de saúde estão a começar a sentir-se exaustos.

O jornal Daily Mail traz hoje uma carta de um médico intensivista (dos Cuidados Intensivos de um hospital), que, segundo ele, o seu testemunho estende-se à maioria dos profissionais de saúde que trabalham em hospitais no Reino Unido.

O médico indica a sua frustração e sobretudo a sua raiva para com os não-vacinados, que enchem as camas nos Cuidados Intensivos (90% são não-vacinados).
Ele chama-os de egoístas, porque por sua responsabilidade estão a utilizar recursos hospitalares que poderiam ser usados por outros doentes (que precisam desses cuidados e não os têm, devido às crenças irracionais dos não-vacinados).

Nas suas palavras:
“And let me be blunt: while the Hippocratic Oath obliges me to do my level best for every non-vaccinated patient, it is difficult not to feel impotent fury at the impact their irresponsibility has had on my colleagues and everyone else.
As doctors, we cannot choose who to treat. But the fact is every bed taken by an unvaccinated Covid patient could instead be occupied by someone who requires life-saving treatment or surgery and who no jab could help.
While some unvaccinated individuals are merely ignorant, others are deeply selfish.

Of course, in a free society, every adult has a right to refuse medical treatment, even if it could save their life, but it is clear to me that those who do refuse the vaccine should expect to face consequences.”

“Deixem-me ser claro: o Juramento de Hipócrates obriga-me a tratar o melhor que posso todos os doentes, incluindo não-vacinados. Mas é difícil não sentir fúria pelo impacto que a sua responsabilidade tem sobre os meus colegas (profissionais de saúde) e sobre todas as outras pessoas.
Como médicos, não podemos escolher quem tratar: tratamos todos por igual. Mas cada cama utilizada por um paciente não-vacinado poderia ser utilizada por alguém em perigo de vida que nada fez para se colocar nessa situação.
Enquanto alguns indivíduos não-vacinados são meramente ignorantes, outros existem que são profundamente egoístas.

Claro que, numa sociedade livre, todos os adultos têm o direito de se recusarem a tratamentos médicos (como as vacinas), mesmo que lhes possa salvar a vida. No entanto, quem recusa a vacina médica devia também recusar os outros tratamentos médicos. Quem recusa a vacina, devia esperar ter consequências por essa sua opção.”

Ele conta que ele, e muitos dos seus colegas, tiveram que dormir no hospital na última grande vaga COVID-19, porque não tinham sequer tempo de ir para casa.

Na carta, ele também conta histórias de não-vacinados que se arrependeram de não se terem vacinado.
E afirma que essas palavras ditas no leito da morte, deveriam envergonhar os conspiradores que continuam a disseminar mentiras sobre as vacinas.
Aliás, ele diz mesmo que esses que partilham mentiras sobre as vacinas têm “sangue nas suas mãos” e deveriam ser responsabilizados por essas mortes.

Podem ler todo o artigo/carta, aqui.

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