Tempo de Agir – natureza

O Canal Discovery criou pequenos anúncios publicitários sobre mudarmos a nossa vida, para melhorarmos a “saúde do planeta”.
São segmentos impactantes e emocionantes.
Podem vê-los, aqui.

Os vídeos Change Drivers: Time to Act mostram pessoas que dedicaram a sua vida a tentar fazer a diferença positiva no mundo. Cada uma das pessoas combate um problema atual diferente. Mas todas as pessoas têm uma qualidade: paixão pelo que fazem.

Cada episódio foca-se numa pessoa diferente e num problema ambiental distinto.
Elas lideram pelo exemplo.

O objetivo é inspirar as pessoas.

Crédito: Discovery

Neste episódio, vemos Paul Hilton, que é um foto-jornalista de conservação da natureza.
Ele documenta o melhor e o pior das interações humanas com o mundo natural.
A sua missão é transmitir às pessoas as poderosas imagens que ele vê em diferentes partes do mundo.

Para Paul, a maioria das pessoas ignora o que se passa no mundo (por exemplo, o sofrimento dos animais às mãos humanas ou a destruição da natureza devido ao capitalismo e egoísmo humano), porque não vê o que se passa. Ao verem as fotografias, as pessoas compreendem que é necessário mudar alguns comportamentos humanos.

Durante o seu segmento, Paul diz que uma das piores coisas que viu, é a forma como os Humanos tratam ursos enjaulados, para lhes retirar a bílis diariamente, porque a bílis de urso é muito utilizada na pseudo-ciência tradicional chinesa.
Ele termina o testemunho dizendo que as pessoas, quando se sentam para comer, deveriam pensar no sofrimento que foi causado aos animais, para as pessoas terem um momento de consumo.


(podem colocar legendas automáticas em português)


Eu respeito estes argumentos a favor do vegetarianismo e do veganismo.

No entanto, para mim, são argumentos que se baseiam em retirar os Humanos da natureza. É como se estivéssemos de fora, a avaliar/julgar comportamentos de predadores. Um leão também faz sofrer gazelas e um tubarão também faz sofrer golfinhos. Isso faz parte da natureza: é a natureza.

A única diferença é que nós temos consciência do mal que fazemos (nós não matamos somente para alimentação ou por nos sentirmos ameaçados). Mas biologicamente não evoluímos: continuamos a ser predadores, como seres que precisam consumir carne. Biologicamente (a forma como trabalham os nossos órgãos), não somos animais herbívoros.

Devido a termos essa consciência, poderemos no futuro ter substitutos perfeitos para a carne e quiçá até poderemos evoluir ao ponto de não ser necessário consumir tanta carne. Nessa altura, quiçá até poderemos ser meros observadores da natureza, e não faremos parte dela.
Mas essa meta não será atingida brevemente (nos próximos séculos), nem sequer sei se gostaria de viver num mundo onde os Humanos serão meros espetadores, não fazendo parte da natureza que os envolve (viveremos em redomas esterilizadas?).

Isto das redomas esterilizadas não é um extremismo de pensamento.
Da mesma forma que atualmente temos consciência da maldade que fazemos aos animais e que há 500 anos não tínhamos (a forma como tratávamos cães e gatos domésticos na altura, por exemplo), imagino que daqui a 500 anos veremos o “limpar teias de aranha”, por exemplo, como uma influência negativa nos projetos de sobrevivência (de apanhar alimentos) das aranhas. Assim, nessa altura, limpar uma teia de aranha pode ser visto como maus-tratos das aranhas. Outros exemplos podem ser pensados: ter animais domésticos fechados em pequenos apartamentos, calcar plantas em florestas como faz o Paul Hilton para tirar fotografias, etc, podem ser considerados comportamentos anti-natureza. Milhares de outros exemplos similares podem ser imaginados, porque não sabemos como estará a nossa consciência social/ecológica nessa altura.
No limite, só estando em redomas esterilizadas podemos pensar que não há forma de influenciarmos negativamente a vida existente na Terra.

1 comentário

    • Jonathan Malavolta on 04/07/2022 at 21:06
    • Responder

    Algumas observações:

    1 – Achei este sujeito muito parecido (de fisionomia e de corpo/ estrutura ósteo-muscular) com o renomado físico brasileiro Marcelo Gleiser;

    2 – No Brasil também temos um fotógrafo da natureza que luta pela preservação do meio ambiente através de suas fotografias (internacionalmente premiadas) e de um extenso trabalho de conscientização ambiental das pessoas: Salgado Filho (já chegou inclusive a recuperar sozinho, pagando do próprio bolso, a nascente de água encontrada em estado de desertificação na fazenda herdada de seu pai);

    3 – De minha parte, sou ovolactovegetariano, mas essa para mim não é uma questão de consciência ecológica, é meu paladar que é diferente mesmo. Eu tinha por volta dos 4 a 5 meses quando minha mãe começou a alternar minha alimentação entre leite materno e frutas amassadas (misturadas com farinha de aveia, que aliás detesto). Alguns meses depois, já próximo de 1 ano (talvez um pouco depois de meu primeiro aniversário, não sei precisar com exatidão), alimentos sólidos (mastigáveis) começaram a ser introduzidos na minha alimentação. Me lembro como se fosse hoje, o primeiro pedaço de carne que foi posto em minha boca (filé mignon, cortado em pedaços bem pequenos) eu simplesmente cuspi fora, e nunca mais deixei minha mãe me dar carne novamente. Em meu paladar, senti como se estivesse comendo algo podre (não sei explicar o porquê). Já com ovos, leite e derivados esse problema não ocorre, consumo tranquilamente.

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