Pôr-do-Sol

Crédito: Carlos Oliveira

Recentemente, estava a ver este pôr-do-Sol e a pensar na percepção que temos de tempo e dos movimentos cósmicos.

O Sol demorou imenso tempo para “atravessar o céu” (a ir de um lado ao outro da imagem).
No entanto, quando se começou a “pôr”, rapidamente desapareceu.
A minha percepção foi de um movimento com uma rapidez extrema…
O tempo é relativo… nas nossas percepções.

O que me surpreendeu bastante foi que à medida que fui vendo o Sol, assumi sempre que era o Sol a “andar”.
Só após o pôr-do-Sol, é que me lembrei que eu não estava a ver um pôr-do-Sol, um movimento absoluto do Sol, mas estava a percepcionar sim o movimento de rotação da Terra. O movimento solar permitia-me perceber que a Terra estava a rodar.
Os nossos sentidos, muitas vezes enganam-nos. E mesmo quando temos o conhecimento do assunto, podemos ser temporariamente “enganados” pelas maravilhas da natureza (e pelas nossas palavras): eu estive a ver o movimento de rotação da Terra.

2 comentários

    • Jonathan Malavolta on 15/10/2022 at 14:28
    • Responder

    Nesta sexta, dia 14, o Globo Repórter apresentou uma reportagem a respeito de óleos essenciais. Adorei a resposta da química quando a jornalista perguntou: “Então isto já está cientificamente provado?”
    E a química: “Olha, o que eu provei na verdade foi como nós percebemos pelo olfato o cheiro característico de cada essência.”

    Infelizmente a espécie humana é arrogante e cinicamente contraditória, uma vez que adora se vangloriar de ser a única espécie animal racional (pensante) mas, assim como as outras, se deixa enganar por efeitos placebo e nocebo desencadeados por nossos sentidos e por como nós utilizamos cada um deles (exemplo claro de arrogância e contradição), bem como padece do clássico cinismo (também ligado à contradição) utilizado para distorcer publicações científicas (ajudando mais ainda no engano que nossas percepções nos causam).

    A reportagem leu no artigo de uma química brasileira: “Está comprovado como percepcionamos essências florais”; porém, e mesmo diante da química, afirma no corpo de sua reportagem uma distorção do artigo científico: “Está provado cientificamente como as essências florais funcionam.”
    Não, não está provado como essências florais funcionam, o que provou-se de fato – prova esta oferecida por uma química brasileira, diga-se de passagem – é a forma como nós, seres humanos e através de nossos sentidos, percebemos essências florais e seus óleos específicos.

    Repórteres e jornalistas, por favor, aprendam a ler e interpretar publicações científicas antes de elaborar reportagens ao público a respeito, do contrário, incorrerão no mesmo erro de sempre, transmissão de informação equivocada ao público em geral (como fazem aliás com acidentes aéreos, entre outras coisas).

    #ForaSensacionalismo
    #JornalismoSério

    1. Infelizmente, temos alguns artigos sobre isso:

      https://www.astropt.org/tag/mau-jornalismo-2/

      https://www.astropt.org/?s=%22mau+jornalismo%22

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