Os chamados retiros espirituais por vezes escondem realidades pouco espirituais…
Existem retiros espirituais, com auto-proclamados gurus, onde há assassinatos em massa (exemplos: EUA, Índia, etc), homicídios, assassinatos, abusos sexuais de mulheres e crianças, etc.
Obviamente, estes são os casos mais graves, onde sob a capa da espiritualidade se praticam crimes hediondos.
Para mim, que sou muito terreno, os retiros espirituais são só uma forma de se “vender sonhos inexistentes” em troca de uma boa quantia de dinheiro.
Afinal, há sempre um guru que se auto-proclama de algo, normalmente sem ter habilitações para isso, que declara uma data de “frases feitas” vazias de conteúdo para um público sedento de alegados “ensinamentos espirituais”.
Atualmente, o marketing destas coisas até é feito por auto-proclamados influencers, que influenciam uma data de pessoas que se limitam a seguir os outros, independentemente da validade dos atos.
E como estas coisas são cada vez mais suspeitas (basta ver o curriculum de algumas pessoas que organizam), é normal que cada vez se realizem mais no chamado “fim-do-mundo”, longe dos olhares inquisidores das autoridades policiais.
Vem esta minha reflexão a propósito deste artigo na revista Sábado, que começa assim:
“Uns são retiros da moda, mas outros revelam-se perigosos.
As influencers apostam em práticas mais suaves, a rondar os 400 euros por três dias e esgotam as vagas em horas. A procura vem das seguidoras. (…)
(…) iriam à descoberta de algo num sítio isolado, ao anoitecer. Mas o quê? Não sabiam. A surpresa do retiro (…) Até lá, conduziram por estradas de alcatrão e de terra batida (…). Chegados à floresta, depararam-se com uma fogueira – cenário que deixou Marta apreensiva. “Senti-me insegura. Ninguém da família sabia onde estávamos, não tínhamos rede de telemóvel” (…)”
1 comentário
Pedro Bial (jornalista) adora pegar casos desses auto-denominados gurus espirituais (alguns prometendo inclusive “cirurgias mediúnicas”) para mostrar ao público. Um desses casos já era conhecido há pelo menos 30 anos, mas cadê que as autoridades investigavam? Somente em 2017, quando o “Conversa com Bial” (Rede Globo) entrevistou algumas mulheres vítimas de estupro cometidos pelo tal João de Deus é que esse estrupício auto-proclamado médium foi finalmente investigado pela justiça de Goiânia e preso, afinal! Agora, essa semana (segunda quinzena de abril de 2024), o mesmo Pedro Bial mostra um outro caso desses, em outro programa da mesma Rede Globo (“Linha Direta”): Jair Tércio, grão-mestre da Maçonaria aqui no Brasil, grau 33 (o último grau maçon, até onde conheço do assunto), que produzia falsos retiros, onde deixava suas vítimas incomunicáveis, isoladas do mundo, e as estuprava enquanto fazia várias alegações, entre elas a de “reversão de homossexualidade”. Assim que começou a ser acusado, antes mesmo do “Linha Direta” desta semana ser produzido, Jair Tércio deu no pé e já integra a lista de foragidos, de acordo com o sistema judiciário brasileiro.